GENEALOGIA - JOSÉ LUIZ NOGUEIRA 
ERNESTO EUGÊNIO DA PIEDADE
ERNESTO EUGÊNIO DA PIEDADE

Ernesto Eugênio da Piedade nasceu no dia 13 de novembro de 1830 em Guarulhos - SP.

Filho do português Capitão Francisco Cândido Sagalerva e Manoela Angélica de Cerqueira Leme.

Foi batizado em 8 de dezembro de 1830 na Igreja de Guarulhos - SP.

Ernesto casou com sua prima Anna Brandina de Jesus, filha de José João Gonçalves Bueno e Virginia Maria de Cerqueira Cesar, em 1862 em Sarapui - SP. Anna nasceu no dia 3 de janeiro de 1840 em Guarulhos - SP. Ela faleceu em 8 de agôsto de 1907 em Sarapui - SP.

Ele retomou o sobrenome Piedade de seu bisavô materno Português, Alferes Jose da Piedade Soares.

 

Ele faleceu no dia 21 de janeiro de 1911 em Sarapui - SP.

 

 

Ernesto e Anna tiveram os seguintes filhos:

 

 i. Vicente Eugênio da Piedade (Tico) 

ii. Brigida Piedade faleceu em 6 fevereiro 1861 em Sarapui - SP. Falecimento encontrado no microfilme          1154501 - óbitos paroq. Sarapui - vol.n.1 - pág. 26v - 


iii. Leopoldo Eugenio da Piedade nasceu no dia 2 de setembro de 1863 em Sarapui - SP e foi batizado em 12 de setembro de 1863 em Sarapui - SP. Ele faleceu no dia 20 de janeiro de 1868 em Sarapui - SP. 

Nasc.obtido no microfilme de batizados de Sarapui nB 1154056 vol 3 pag.83v, test: Jesuino de Cerqueira Cesar e sua mulher Maria Clara de Cerqueira Cesar. Falecimento encontrado no microfilme 1154501 -Óbitos Paroq.Sarapui - Vol.n.1 - pág.42v c/ 5 anos=

 

iv. Brandina Piedade nasceu em 5 junho 1866 em Sarapui, SP e foi batizada em 10 de junho de 1866 em Sarapui, SP, Brasil . Ela faleceu em 12 junho 1866 em Sarapui, SP, Brasil. Nasc.obtido no microfilme de batizados de Sarapui nB3 - pág.116 do microfilme 1154056, sub conditione em casa de Federico Augusto Holtz, Padrinhos Antonio Gonçalves do Amaral. Falecimento encontrado no microfilme 1154501 - óbitos paroq. Sarapui - vol.n.1 - pág. 37v - c/6 dias, filha de Ernesto Eugenio dsa Piedade e Anna Brandina de Jesus


v. Olegário Eugênio da Piedade nasceu em 10 novembro 1867 em Sarapui-SP e foi batizado em 17 de novembro de 1867 em Sarapui-SP. Ele faleceu em 2 dezembro 1942 em Itapetininga-SP de colapso cardiaco e insuficiencia cardio renal - uremia. Olegário casou com Francisca Cerqueira Leme "Chiquinha", filha de Manoel Cerqueira Leme e Placedina Vieira de Medeiros, em 19 julho 1890 em Sarapui, SP, Brasil. Chiquinha nasceu em 6 novembro 1876 em Sarapui-SP e foi batizada em 18 novembro 1876 em Sarapui-SP . Ela faleceu em 9 dezembro 1950 em Itapetininga-SP. Tinha sítio no municipio de Itapetininga e casa residencial na cidade. Falec. encontrado no microfilme 2076005 - Óbitos - Itapetininga - Indice n. 4 - pág. 196v - Lavrador Deixa 7 filhos maiores. Sepultado no cemitério Imandade do Santíssimo. Nasc.Falec. encontrado no cemiterio de Itapetininga - Santssimo - com data em 13 maio.

 

Deixou 6 filhos maiores. Foi madrinha em 1890. Tinha stio no municipio de Itapetininga e casa residencial na cidade.

 

Nasc.obtido no microfilme - batizados de Sarapui vol.5 pag.11, Padrinhos: Claudino Pedro Sagalerva e sua mulher idalina de França    Sagalerva. Cas. encontrado no microfilme 1154359 -- Cas. Sarapui - Indice 2 - pág. 45v - Casamento encontrado no microfilme 1366146 - reg. civil nasc. Sarapui - Indice n.2 - pág. 1

Falesc. encontrado no microfilme 2076005 - Óbitos - Itapetininga - Indice n. 4 - pág. 196v - Lavrador Deixa 7 filhos maiores. Sepultado no cemitério Imandade do Santíssimo

Microfilme:1154057- Batismos - Sarapui-pág.46 - Padrinhos: Claudino Sagarleva e Idalina

Ordenanças e batismo encontrado No batch number C685271 - MICR.1154057
Casamento encontrado no microfilme 1366146 - reg. civil nasc. Sarapui - Indice n.2 - pág. 1
Falesc. encontrado no microfilme 2076005 - Óbitos - Itapetininga - Indice n. 6 - pág. 182

 

Microfilme:1154057- Batismos - Sarapui-pág.46 - Padrinhos: Claudino Sagarleva e Idalina
Ordenanças e batismo encontrado No batch number C685271 - MICR.1154057
Casamento encontrado no microfilme 1366146 - reg. civil nasc. Sarapui - Indice n.2 - pág. 1
Falec. encontrado no microfilme 2076005 - Óbitos - Itapetininga - Indice n. 6 - pág. 182
Deixa 6 filhos maiores. Foi madrinha em 1890.

 

vi. João Eugênio da Piedade nasceu em 1870 em Sarapui-SP. João casou com Sophia Rosa da Silva em 20 junho 1891 em Sarapui, SP, Brazil. Sophia nasceu em 1868. Ela faleceu 23 de maio de 1961 em Piracicaba-SP.

 

Casamento localizado por Bernadete Ribeiro do CHF de Sorocaba no microfilme 1154359 - Livro de casamentos da Paróquia de Sarapui - Indice 2 - pág. 47v. Testemunhas: Francisco José da Rosa Gomes - Casamento encontrado no microfilme 1366146 - reg. civil nasc. Sarapui - Indice n.2 - pág. 14V. Falecimento encontrado no mesmo microfilme - 3B Subdistrito de Piracicaba - Livro n.11, reg. n.8.568, fls.124

 

Foi padrinho estando solteiro em 1886 - microfilme 1154057 - batismo de Sarapui - pag.36. Casamento encontrado no microfilme 1154359 -- Cas. Sarapui - Indice 2 - pág. 47v.  Test: Francisco José da Rosa Gomes - Casamento encontrado no microfilme 1366146 - reg. civil nasc. Sarapui - Indice n.2 - pág. 14V. Foram padrinhos de casamento em 1896.

vii. Anna Eugenia da Piedade nasceu cerca de 1873 em Itapetininga, SP, Brasil. Padrinhos de casamento em 1896. Anna casou-se com Antonio Fogaça das Dores em 1890 em Sarapui, SP, Brasil. Antonio nasceu cerca de 1870 em Itapetininga-SP.

viii. César Eugênio da Piedade (Nhô Cezar) nasceu no dia 7 de fevereiro de 1876 em Sarapuí-SP. Ele faleceu no dia 14 de maio de 1960 em Itapetininga-SP de senilidade - colapso cardiaco e foi enterrrado 15 de maio de 1960 em Cemitério do Santíssimo Sacramento em Itapetininga - SP.

                                                Filme 1154057-Batismos - Sarapui-(1874-1880 )- pag.29-livro 1- Padrinhos: Frederico Augusto Holtz e Antonia de Cerqueira Cesar - Falecimento encontrado no microfilme 2076005 - Óbitos - Itapetininga - Indice n. 10 - pág. 131. 

Deixa 3 Filhos maiores. Comerciante. Viuvo. Era possuidor de vasta área de pastagem junto com Elesbão Ayres da Silva e de idêntica profissão: Tropeiros. Adquiriam animais xucros no sul e aqui traziam para suas invernadas formando meses depois a chamada "tropa solta". Esta, com menor numero de cabeças seguia para o oeste paulista, para "picar" isto é, vende-las a retalho em Tatui, Tietê, Itu e Piracicaba.

Sarapui - suas historia e seus antepassados. 

Dono de Tropas. Juntamente com seu filho Luiz Piedade ia buscar mulas em Itararé para vender aqui na região de Itapetininga. Conta seu neto Lauro que o avô Cesar era um grande negociante. Ele não parava com nada. Morou em diversas propriedades. Comcprava e já tendo alguma vantagem financeira, já passava pra frente.Foi dono de muitas casas em Itapetininga. Durante toda a vida lidou com leite, faziam queijo. Investia seu dinheiro em Imóveis. Teve mais de cem propriedades em Itapetininga. Aquela casa na rua Gal. Carneiro, onde morou a dona Aparecida Prestes, ainda tem as iniciais dele no Solar da porta. A casa da esquina da rua Júlio Prestes, onde está prédio onde funciona o Colégio Geraldo Martins de Mello, também foi dele. Em frente a Casa Weis, enfim, em diversos pontos de nossa cidade e na área rural.

Naquela época não tinha inflação, então o lucro era bom. Fez um bom patrimônio, garantindo o futuro de seus filhos e netos. Seu neto Lúcio lembra que seu avô, já em idade avançada, uns oitenta anos, viajou para Poços de Caldas e lá comprou uma mula muito mansa, um belo porte, marchadeira, com um topete no meio das duas orelhas e que fez um sucesso assim quer chegou em Itapetininga. Essa mula veio de trem. Algum tempo depois essa mula foi vendida para o Chico Bento de Angatuba.Cézar Eugênio da Piedade é nome de rua em Itapetininga, no Jardim Itália. A antiga rua 2 passou a ter o seu nome a partir de 27 de janeiro de 1961, objeto da lei Municipal nð 712/61.

              Filme 1154057-Batismos - Sarapui-(1874-1880)-pag.29-livro 1- Padrinhos: Frederico Augusto Holtz e Antonia de Cerqueira Cesar Casamento encontrado em microfilme1154359 - índice n.2 - pág. 55. 

Testemunhas: Antonio César e Ernesto Eugenio da Piedade

Casamento encontrado no microfilme 1366146 - reg. civil nasc. Sarapui - Indice n.2 - pág. 45v.
Falecimento encontrado no microfilme 2076005 - Óbitos - Itapetininga - Indice n. 10 - pág. 131

Deixa 3 Filhos maiores. Comerciante. Viuvo - Era possuidor de vasta área de pastagem junto com Elesbão Ayres da Silva e de idêntica profissão: Tropeiros. Adquiriam animais xucros no sul e aqui traziam para suas invernadas formando meses depois a chamada "tropa solta". Esta, com menor numero de cabeças seguia para o oeste paulista, para "picar" isto é, vende-las a retalho em Tatui, Tietê, Itu e Piracicaba. Sarapui - suas historia e seus antepassados. Seu nome consta na Galeria dos Prefeitos de Itapetininga - Ano 1923.

César casou com Umbélia Augusta do Amaral Vieira (Nhá Zica) "Nhá Zica", filha de Major Lúcio Manoel Vieira e Maria do Sacramento Cavalheiro do Amaral, em 10 novembro 1894 em Sarapui, SP. Nhá Zica nasceu 1 de setembro de 1878 em Sarapuí-SP. Ela faleceu 14 de março de 1952 em Itapetininga-SP.

Casamento encontrado no microfilme 1366146 - reg. civil nasc. Sarapui - Indice n.2 - pág. 45v.
                                 Falec. encontrado no microfilme 2076005 - Óbitos - Itapetininga - Indice n. 6 - pág. 50v. Tambem escrito    como Umbelina - Casamento encontrado no microfilme 1366146 - reg. civil nasc. Sarapui - Indice n.2 - pág. 45v.                                            Falec. encontrado no microfilme 2076005 - Óbitos - Itapetininga - Indice n. 6 - pág. 50v. Tambem escrito como Umbelina.

ix.  Ubaldino Piedade nasceu em 20 março 1878 em Sarapui - SP. 

Batismos-Sarapui-pág.80v- Padrinhos:Ubaldino Alves Rodrigues e Raphaela de Almeida Rodrigues

x.  Pedrina Piedade nasceu em 30 agôsto 1889 em Sarapui-SP. Ela faleceu em 20 setembro 1889 em Sarapui, SP - de Vermes. 

Falecimento encontrado no microfilme 1366147 - Óbitos Sarapui - Vol.3 - pág. 14v

 Mais referências:

Familia de Guarulhos. - (genealogia Paulistana). Testemunha de casamento em 1865.

                                 Nascimento encontrado no microfilme 1251703 - Batismos Guarulhos - índice n.11 - pág.15verso.                                             Padrinhos: Cel. Joaquim José de Cerqueira César e sua mulher Maria Josepha de  Alencastro, fregueses da Sé. No registro paroquial consta como 08/12/1830

Dados de nasc. e falecimento encontrado no Cemitério Municipal de Sarapui. 
               No cemiterio consta a data 13/11/1830.                                                                   

Foram padrinhos em Sarapui em 1875 de Ana nasc. 10/feb/1875 filha de Eugenio Cosme Machado Pereira e 
Francisca Christina de Jesus (será essa parente da esposa? - 00063)

Falecimento encontrado no microfilme 1366147 - Óbitos Sarapui - Vol.3 - pág. 162v - reg. n. 3. reg. dia 22/01/
1910 - negociante, viuvo por óbito de Anna Brandina de Jesus. Deixa fls maiores de idade.

 

Nasc. encontrado no microfilme 1251703 - Batismos Guarulhos - índice n. 11 - pág.101verso.                                                                                                                                                                            Padrinhos: Bento Alves de Siqueira Bueno e sua mulher Maria Candida de Cerqueira Leme, aqueles fregueses de Tatuhy e estes fregueses 
desta, aqueles residindo nesta por enquanto.
Dados de nasc. e falecimento encontrado no Cemitério Municipal de Sarapui.

 

Coronel Ernesto Eugênio da Piedade

 Texto de Luiz Rafael Néry Piedade

Nascimento em 13 de novembro de 1830, no município de Araçoiaba da Serra, São Paulo, Brasil. Dados encontrados no site da Family Search, da Igreja dos Mórmons[1]. No Registro Paroquial de Batismo, localizado na cidade de Guarulhos, consta como nascimento o dia 08 de dezembro de 1830[2].

Batismo encontrado no microfilme 1251703 – Batismos Guarulhos – Índice n.º 11 – página 15, verso. Batizado em 08 de dezembro de 1830 com 25 dias na cidade de Guarulhos, São Paulo, Brasil – Padrinhos: Coronel Joaquim José de Cerqueira César e sua mulher, Maria Josepha de Alencastro, Fregueses da Sé[3].

Filho de Francisco Cândido Sagalerva e de Manoella Angélica de Cerqueira Leme (Cerqueira César em alguns documentos), Ernesto é filho de tradicionais famílias. Digno de menção é o inventário de sua avó Maonela da Piedade Soares realizado no 1º Ofício da Família e das Sucessões da cidade de Guarulhos São Paulo, processo n.º 309, iniciado em 1855 e finalizado em 1856, que foi mencionado na Dissertação de Mestrado de Patrícia Garcia Ernando da Silva:

“Ao verificar inventários post-mortem de dois senhores que morreram pouco tempo depois de terem registrado suas últimas vontades constata-se que o número de cativos arrolados no processo é superior ao mencionado no testamento. Manoela da Piedade Soares, em seu testamento, citou 15 escravos e em seu inventário, feito 4 meses após a redação de suas últimas vontades, foram arrolados 39 cativos.

(...)

Da mesma forma, que o orçamento da partilha dos bens da supracitada senhora aponta, por meio do registro da distribuição de cativos entre os legatários e herdeiros, a separação de Felicia de sua mãe e irmãos, embora tivesse mais de 12 anos, o registro da transmissão dos bens deixados por Manoela da Piedade Soares também explicita o apartamento de membros de família escrava.

Em 1855, no espólio da inventariada, puderam ser reconhecidas 5 famílias de cativos, sendo que alguns dos membros de uma delas foram separados – (As famílias identificadas no arrolamento de bens foram: 1) o casal Victorianno e Pasqua e seus filhos Gertrudes de 12 anos, Petronilha de 4 anos e Silveria de 8 anos; 2) o casal Benedito e Cecilia e seus filhos Rosita de 18 anos, Mariana de 10 anos, Virgilia de 7 anos, Serafim de 4 anos e Ritta de 2 anos; 3) o casal Sebastião e Maria e seus filhos Marcianno de 8 anos, Pedro de 4 anos, Thome de 3 anos e Gracianno de 1 ano; 4) os irmãos Beraldo de 8 anos e Emilia de 7 anos e 5) os irmãos Candido de 18 anos e Generosa de 7 anos). – Ao passo que os integrantes de 4 famílias cativas foram legados a apenas um indivíduo, os componentes da família de Benedito e Cecília foram distribuídos a vários legatários e herdeiros. Com exceção do casal que permaneceu unido como propriedade de Matheus Cândido Sagalerva, morador na Freguesia da Conceição de Guarulhos, os demais membros foram repartidos entre diferentes beneficiados na partilha. A Jesuíno Serqueira Cezar, também residente na freguesia da Conceição de Guarulhos, tocou por herança a cativa Virgilia. 

A menor Ritta constava entre os bens recebidos por Ernesto Eugenio da Piedade e a infante Mariana pertencia ao legado de Claudino Pedro Sagalerva, porém estas crianças separadas dos pais, pelo menos, não ficariam distantes uma da outra já que seus novos senhores moravam na Fábrica de Ferro São João de Ipanema em Sorocaba.

Já o menor Serafim entraria nos bens que tocaram a Claudina Angelina de Cerqueira Leme, moradora também de Sorocaba, mas, não se pode afirmar que esta morasse junto com seus outros irmãos, mesmo porque ela era casada e não estava sob a tutoria de seu pai Francisco Candido Sagalerva.

Por conseguinte, pelo que indica a distribuição dos bens, não houve preocupação em manter a família reunida, tendo sido separados dos pais que morariam em Guarulhos os menores de 12 anos, Ritta, Mariana e Serafim que, provavelmente, residiriam com seus novos senhores em Sorocaba. – (Rosita, de 18 anos, também era irmã destes cativos, mas infelizmente por falta de uma folha do inventário post-mortem não foi possível identificar a quem ela foi legada na partilha da herança). –

Não obstante, nos bens da inventariada haviam sido arrolados 38 cativos, o que, possivelmente, viabilizaria a não desagregação de nenhuma família caso essa instituição tivesse primazia para os beneficiários neste processo. Sob esse prisma, caso se conhecesse as relações de parentesco entre cativos, por meio da leitura do testamento, já se teria a impressão de que não era propriedade para a senhora preservar unidos entes familiares, já que não doava os cativos com relação de parentescos aos mesmos beneficiados. – (Como já problematizado, podia ser que estes beneficiados morassem juntos, o que não acarretaria inicialmente a separação entre irmãos. Porém, ainda que essa situação fosse concreta na época em que a senhora fez o testamento, poderia se alterar mais tarde casamentos ou deslocamento dos contemplados nas doações). – Conforme os últimos desejos da proprietária, os irmãos Beraldo e Emilia deveriam ser legados, respectivamente, a Jesuino Serqueira Cezar e Antonia e os irmãos Candido e Generosa a Jose Alves Cerqueira Cesar e a Matheus Candido Sagalerva.”[4]

 

Casamento ao redor de 1862 (com 31 anos de idade) com Anna Brandina de Jesus, na cidade de Sarapuí, São Paulo, Brasil. Tiveram 10 (dez) Filhos[5]:

 

1 – Brígida Piedade( Sarapuí, 06 de fevereiro de 1861);

2 – Leopoldo Eugênio da Piedade (Sarapuí, 02 de setembro de 1863 – Sarapuí, 20 de janeiro de 1868 – com 4 anos);

3 – Brandina Piedade (Sarapuí, 05 de junho de 1866 – Sarapuí, 12 de junho de 1866 – com 7 dias);

4 – Olegário Eugênio da Piedade (Sarapuí, 10 de novembro de 1867 – Itapetininga, 02 de dezembro de 1942);

5 – João Eugênio da Piedade (Sarapuí, 31 de agosto de 1870 – Piracicaba, São Paulo);

6 – Vicente Eugênio da Piedade (Sarapuí, 12 de abril de 1873);

7 – Anna Eugênia da Piedade (Itapetininga, ao redor de 1873);

8 – Coronel César Eugênio da Piedade (Sarapuí, 07 de fevereiro de 1876 – Itapetininga, 14 de maio de 1960);

9 – Ubaldinho Piedade (Sarapuí, 20 de março de 1878) e;

10 – Pedrina Piedade (Sarapuí, 30 de agosto de 1889 – Sarapuí, 20 de setembro de 1889 – com 21 dias).

 

Viveu em Sarapuí, casado com sua parenta Anna ‎Brandina de Jesus (prima)‎. Vale mencionar que ele retomou o sobrenome Piedade de seu bisavô materno Português, Alferes José da Piedade Soares.

 

Ernesto Eugênio da Piedade era acionista da estrada de ferro que ligaria Sorocaba à cidade de Itu[6] juntamente com seus cunhados Jesuíno Cerqueira César e Antonio César. Coronel Ernesto Eugênio da Piedade fez parte da comissão nomeada para tomar ações para a estrada de ferro de Sorocaba, na cidade de Sarapuí[7].

 Através do trabalho escrito por Celso Machado de Araújo Filho (Elaborado para registro da Genealogia da Família Cerqueira César), foi possível localizar a seguinte transcrição:

“Alguns parentes próximos de Madrinha, de vez em quando, vinham de Itapetininga ou arredores, para se hospedar na Rua do Carmo – todos gente simples, boa: tia Flora, sua irmã, bem mais moça, cujo marido, tio Antônio, era irmão de D. Mariquinhas (acompanhante de Madrinha) – e seus numerosos filhos; tio Ernesto, único irmão de Madrinha – um cavalheiro alto, magro, ossudo, muito parecido com D. Quixote, que assim como alguns de seus filhos, ainda ganhavam suas vidas da mesma forma que seu falecido parente, o digno tropeiro Seu Bento. Havia ainda a mãe de D. Mariquinhas, de setenta e cinco anos, cujo belo rosto de madona e olhos maravilhosos, profundos e tristes, o tempo tinha respeitado.”[8] (Madrinha: Era Maria Cândida de Cerqueira Leme, irmã de Ernesto Eugênio da Piedade) (g.n)

Localizado registro do Coronel Ernesto Eugênio da Piedade no Jornal “Correio Paulistano” de 8 de fevereiro de 1865, ano XII, nº 2613 (Responsável e proprietário Joaquim Roberto de Azevedo Marques), pg. 1, acerca do cargo ocupado como Juiz de Paz do Distrito de Sarapuí:

“Ao juiz de paz mais votado do corrente quadriênio de Sarapuhi – Tendo o 3º Juiz de paz desta parochia, Ernesto Eugenio da Piedade, representado a esta presidência em officio de 15 do corrente sobre a falta commettida pela camara municipal de Itapetininga que deixou de remetter-lhe o competente livro de qualificação de votantes o que deu motivo a não poder-se instala a respectiva junta no dia prescripto pela art. 25 da lei n. 387 de 19 de agosto de 1816, recomendo a vme. que proceda as formalidades estatuídas no art. 4º da lei citada, para que tenha logar na segunda dominga do mez de Março próximo futuro, fica designada a reunião da referida junta; ficando vme. na intelligencia de que nesta data determino á camara de Itapetininga que remetta a mesma junta o respectivo livro de qualificação.” [9]

Localizado também, o registro no Jornal “Correio Paulistano” de 16 de julho de 1868, ano XV, nº 3632 (Responsável e proprietário Joaquim Roberto de Azevedo Marques), pg. 1, atestando que o Coronel Ernesto Eugênio da Piedade exerceu o cargo de Inspetor da Instrução Pública do então Distrito, atual município, de Sarapui:

“Instrucção Publica – Foi concedida ao dr. Antonio Pereira Pinto Junior, a exoneração, que pedia, do cargo de isnpector da instrucção publica do districto de Santa Ephigenia, bem como a Ernesto Eugenio da Piedade a de igual cargo no districto de Sarapuhy”[10]

Foi vereador na cidade de Sarapuí no quatriênio 1877 a 1881, conforme ata da 1ª Seção da Câmara Municipal de Sarapuí, realizada no dia 15 de janeiro 1877 – livro de atas (fls. 36)[11].

Foi Presidente da Câmara Municipal (Mandatos 1890, 1892, 1898 a 1900) e Prefeito (Intendente nos mandatos de 1888, 1899 e 1900[12]).

Um dos Fundadores do Clube Venâncio Aires da cidade de Itapetininga[13] [14] ao lado de José Xavier Toledo, Tenente Mathias Kein, Major Francisco Pereira Gomes, Prof. José Roberto de Mello Franco, Prof. José Carlos Dias, Joaquim Fogaça de Almeida, João Paulo Ferreira, Olympio de Morais Rosa, Tenente Antonio Rolim de Oliveira Ayres, Advogado Manoel Cardoso, José Mariano de Morais, Egydio Pereira de Morais, Antonio Paulino da Silveira Garcia, Christiano de Morais Rosa, Fernando de Albuquerque, Odorico de Arruda, Dr. Francisco de Paulo Oliveira Coutinho, Antonio Theodoro de Camargo, Coronel Joaquim Leonel Ferreira, Dr. Plínio Mendonça Uchôa, Tenente Cezário Leonel Ferreira, D. Maria Benedicta, Tenente Mariano José de Oliveira Fróis, Admundo Trench Júnior, Antonio Manoel de Oliveira, Alberto Dias Baptista Prestes, Antonio Augusto da Fonseca, Capitão Francisco Geraldo Xavier, Capitão José Leme Brisolla, Belmiro do Amaral Castro, Gabriel de Oliveira Ayres, Capitão Tobias de Almeida, Edmundo Trench, Thomaz Dias B. Prestes, Procópio de Almeida Leme, Possidonio Rolim Brisolla, Xisto Leme Brisolla, Amador Bueno, Prof. Procópio Augusto Ferreira, Capitão José Soares Hungria, Clementino Mathias de Oliveira, Joaquim Gabriel Ramos de Toledo, Benedicto Brisolla, Lúcio Manoel Vieira, Tenente Coronel José Pedro Strasburg, Capitão José Ignácio da Silva Garcia, Capitão João Jacintho de Almeida, Eloy de Almeida Mello, Honorato José de Oliveira, Urbano da Rosa e Silva, Boaventura de Castro Ferreira, Francisco Olliva de Mello Franco, João Kortz, Francisco Carneiro de Oliveira Lobo, Tenente João Evangelista de Almeida, Francisco Raimundo Ferreira, Tenente Coronel Benedito Rolim de Oliveira, Coronel Ernesto Eugênio da Piedade, Galdino Fernando do Nascimento, João Soares Hungria, Capitão Francisco Geraldo Xavier, Manoel José Teixeira (Rio de Janeiro), Antonio Miguel Rodrigues (S. Paulo), Antonio Manoel de Albuquerque, Major Jesuino Manoel da Silva, Manoel da Costa Brisolla, Tenente Coronel Manoel Affonso Pereira Comes, Antonio Pires do Amaral (Sorocaba), Tenente João Monteiro de Carvalho.

Em 1905 é citado no Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial do Rio de janeiro e Indicador para 1905[15], como Fazendeiro de Café que assim dispõe:

“Sarapuhy – Villa por lei provincial n. 11 de 13 de março de 1872. Este Município fica ao S. do Estado e divide-se com os municípios de Itapetininga, Sorocaba e Piedade. Comprehende as parochias de N. das Dores de Sarapuhy e Pilar. População 8388 habitantes.

Fazendeiros de Café:

Olympio de Moraes Rosa, ten-cor., fazenda da Varzea.

Ernesto Eugênio da Piedade, cor., idem de Sarapuhy.

Antonio César, idem da Floresta. (...)”(g.n.)

Falecimento em 21 de janeiro de 1911 (com 80 anos de idade), na cidade de Sarapuí, São Paulo, Brasil[16].

Em pesquisas realizadas na internet, encontrei uma Rua em São Paulo, na Vila Medeiros que recebeu seu nome. Na cidade de Sarapuí, também foi homenageado com uma Rua que recebeu seu nome: Rua Coronel Ernesto Eugênio da Piedade.

Família de Guarulhos. Genealogia Paulistana. Testemunha de Casamento em 1865. Foram padrinhos em Sarapuí em 1875 de Ana. Nascimento em 10 de fevereiro de 1875, filha de Eugenio Cosme Machado Pereira e Francisca Christina de Jesus.

‎Falecimento encontrado no microfilme 1366147 - Óbitos Civil de Sarapuí – Volume nº 3 – página 162, verso – reg. n.º 3. Reg. dia 22 de janeiro de 1910 – negociante, viúvo por óbito de Anna Brandina de Jesus. Deixa filhos maiores de idade[17].

Ernesto Eugênio da Piedade é citado no Livro Genealogia de uma Cidade – Volume I – Itapetininga, página 20, Edição Setembro de 2005, Gráfica Regional de Itapetininga, José Luiz Nogueira.

Seus dados genealógicos podem ser encontrados nos sites[18] [19] [20].

Texto Escrito em 03 de julho de 2013, por Luiz Rafael Néry Piedade.

[2] Dados extraídos da página eletrônica acessada em 13 de agosto de 2013:

http://holtzgen.com/individual.php?pid=I662&ged=bernadete.ged

[3] Dados extraídos da página eletrônica acessada em 13 de agosto de 2013:

http://holtzgen.com/individual.php?pid=I662&ged=bernadete.ged

[4] SILVA, Patrícia Garcia Ernando da. Últimos desejos e promessas de liberdade: os processos de alforrias em São Paulo (1850 – 1888). Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, para a obtenção do título de Mestre em História Econômica.

[5] Dados extraídos da página eletrônica acessada em 10 de junho de 2013:

http://holtzgen.com/individual.php?pid=I662&ged=bernadete.ged

[6] Jornal  “O Sorocabano”, nº 2, pg. 2, de 20 de fevereiro de 1870.

[7] Jornal “O Sorocabano”,  nº 8, pg. 1, do dia 3 de abril de 1870.

[8] MESQUITA, Esther. Um Livro de Memórias Sem Importância. Ed. em português. Livraria Duas Cidades, 1982, pg. 47. Esther Mesquita, a “Teté” (1884-1963), que escreveu o seu testemunho franco sobre a família, originalmente em inglês com o título “An Unimportant Book of Memoirs”, e que traduzido por sua sobrinha Lúcia Portugal de Salles Oliveira recebeu o título “Um Livro de Memórias sem Importância”.

[9] Jornal Correio Paulistano de 8 de fevereiro de 1865, ano XII, nº 2613 (Responsável e proprietário Joaquim Roberto de Azevedo Marques), pg. 1. Página eletrônica acessada em 03 de julho de 2013: http://memoria.bn.br/DocReader/hotpage/hotpageBN.aspx?bib=090972_02&pagfis=4748&pesq=francisco+sagalerva&url=http://memoria.bn.br/docreader

[10] Jornal Correio Paulistano de 16 de julho de 1868, ano XV, nº 3632 (Responsável e proprietário Joaquim Roberto de Azevedo Marques), pg. 1. Página eletrônica acessada em 03 de julho de 2013:

http://memoria.bn.br/DocReader/hotpage/hotpageBN.aspx?bib=090972_02&pagfis=4748&pesq=francisco+sagalerva&url=http://memoria.bn.br/docreader

[11] Dados extraídos da página eletrônica acessada em 10 de junho de 2011:

http://jlnogueira.vilabol.uol.com.br/pafn120.htm

[12] HOLTZ, Hélio. Sarapuí suas Histórias e seus Antepassados. pg. 36.

[13] Dados extraídos da página eletrônica acessada em 15 de maio de 2013:

http://www.clubevenancioayres.com.br/fundadores.php

[14] História do Clube Venâncio Ayres extraída de sua página da internet em 15 de maio de 2013: “O CLUBE VENÂNCIO AYRES, fundado em 2 de fevereiro de 1888, é, sem dúvida, o clube mais antigo do Interior do Estado de S. Paulo e, talvez, do próprio Estado de S. Paulo incluindo a Capital (agradecemos a quem possa provar o contrário). Assim, desde aquele ano (1888) vem funcionando, ininterruptamente, até o presente, em sua sede social no centro da cidade de Itapetininga e, desde 1978, também em sua sede de campo, à 5 km. do centro. Seu primeiro Presidente foi o Dr. JOSÉ XAVIER DE TOLEDO, juiz de Direito à época e, posteriormente, Desembargador e Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de S. Paulo e patrono de rua central da Capital. O clube teve ainda como Presidente (na mesma época em que governava o Estado de S. Paulo) o Cel. FERNANDO PRESTES DE ALBUQUERQUE, que se candidatou para trazer a paz entre duas alas de sócios que disputavam a Presidência a ponto de rompimento. Teve também como Presidente o médico CLÁUDIO DE SOUZA, posteriormente eleito membro a Academia Brasileira de Letras. Além disso, vários Presidentes do Clube foram Prefeitos desta cidade. O Clube congrega vasto número de sócios da melhor sociedade da região e da Capital. Seu patrono é o Itapetiningano VENÂNCIO AYRES (1841-1885) – advogado e deputado Provincial pelo partido Conservador, atuando, com destaque, na Convenção Republicana de ITU, em 1873. Lutador incansável pela libertação dos escravos, destacando-se ainda pela grande pregação pela causa republicana, no Rio Grande do Sul, onde faleceu aos 40anos, em Santo Ângelo. É tão importante seus trabalhos e sua luta, que é nome de rua em várias comunidades gaúchas, inclusive dá seu nome a uma delas, considerada a Capital do Mate.”

[15] Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial do Rio de janeiro e Indicador para 1905, Obra Estatística e de Consulta, fundada em 1844 por Eduardo Von Laemmert. Reformada e Organizada por Arthur Sauer, Director da Companhia Typographica do Brazil, 62º Anno. Editora e Proprietária: Companhia Typographica do Brazil.

[16] Dados extraídos da página eletrônica acessada em 13 de agosto de 2013:

http://holtzgen.com/individual.php?pid=I662&ged=bernadete.ged

[17] Dados extraídos da página eletrônica acessada em 13 de agosto de 2013:

http://holtzgen.com/individual.php?pid=I662&ged=bernadete.ged

 

 

 

 

 

 

 

 

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