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IGREJA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO
IGREJA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO

IGREJA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DOS HOMENS PRETOS

 

A Igreja do Rosário, a mais antiga da cidade, inaugurada em 24 de agosto de  1873 foi construída com donativos da população tendo Antônio Florêncio de Azevedo, o “Mestre Florêncio”, como o maior incentivador. Seria esta igreja uma verdadeira relíquia do passado se tivesse sido restaurada, pois seu estilo era genuinamente colonial. As diversas reformas que sofreu provocaram mudanças externas e internas que destruíram a “arte pura”.

Esse templo serviu de modelo para a construção da segunda Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Prazeres, mas com a planta bastante ampliada. Segundo o vigário atual, Monsenhor Mário Donato Sampaio, quando foram construídas as torres da segunda Matriz, optou-se pela forma cônica.. Tempos depois, ao reformarem a Igreja do Rosário, cujas torres eram quadradas, resolveram copiar as da Matriz, descaracterizando completamente a obra.

 

Igreja do Rosário na década de 1950

 Após a abolição da escravatura, tornou-se o templo preferido dos homens de cor para suas orações . Por vários anos realizavam-se no dia 24 de agosto, festa em louvor a Nossa Senhora do Rosário. Mais tarde, não se sabe porque, essas festas foram transferidas para o dia 25 de dezembro. Tais festejos ocorriam no Largo do Rosário, hoje praça Rui Barbosa, durante toda uma semana. Além das concorridas quermesses realizavam-se também as tradicionais “Congadas” e “Moçambiques”, que com seus cânticos e danças esquisitas  percorriam as ruas e bairros da cidade, anunciando as festas em louvor à  santa padroeira dos homens de cor.
Mas esta tradição não foi conservada, pois um dia o vigário da cidade tomou a direção da igreja da irmandade dos homens de cor, acabando com essas famosas e tradicionais festas do Rosário.

 

(Marisa Moraes Monteiro)

A mais antiga construção em taipa de pilão, dentro da arquitetura religiosa de Itapetininga, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos foi inaugurada em 15 de agosto de 1873, tendo como grande responsável pela sua concretização o Mestre de Obras Antonio Florêncio de Azevedo.

No entanto, a existência de uma telha com os dizeres "enfornada em 1840", descoberta na reforma de 1934 trouxe algumas dúvidas para os nossos historiadores.

Pesquisas mais recente dão algumas pistas para a solução do impasse de datas. No local, quando da elevação de Itapetininga à categoria de Villa, existia no local um cemitério e junto uma pequena capela construída provavelmente no início do século XVIII, denominada de Capela de Santa Cruz.

Atas da Câmara Municipal de Itapetininga, no primeiro quartel desse século afirmam a existência dessa capela no final da Rua da Imperatriz. atual Rua Venâncio Ayres. Comparando aspectos da construção constata-se que a parte posterior da atual Igreja tenha sido a primeira capela, com os negros construindo um novo corpo para o templo.

Até meados do século XIX negros e brancos participavam juntos das cerimônias litúrgicas da Igreja Católica, na pequena capela de Nossa Senhora dos Prazeres, o que causava um certo constrangimento para os homens brancos devido ao fato de não haver nenhum espaço de separação entre eles.

Surgiu então a ideia de se construir uma Igreja dedicada a Nossa Senhora do Rosário para as celebrações aos negros.

Liderados pelo mestre de obras Antonio Florêncio de Azevedo, os escravos em suas poucas de folga foram gradativamente construindo a nova capela, defronte a antiga Capela de Santa Cruz, praticamente desativada após a transferência do cemitério para outro local. (Largo da Santa Casa e Avenida Peixoto Gomide)

Após alguns anos de trabalho, no dia 15 de agosto de 1873 foi inaugurada a nova Capela. Outros historiadores informar que foi no dia 24 ou 25 de agosto que foi inaugurada.

O historiador Antonio Galvão Júnior baseado em registros de seu pai, Antonio Galvão, assim relata a grande festa de inauguração:

" O ato da inauguração contou com a maior parte da população. As dezessete horas, acompanhada de uma procissão, a imagem de Nossa Senhora do Rosário foi introduzida no belo templo que estava intensamente iluminado. Os foguetes estouravam no ar e uma Banda de Música tocava em frente a Igreja. Após a reza, apraça foi tomada por centenas de escravos, que cantaram e batucaram até a madrugada, em homenagem à milagrosa santa."

 (José Luiz Ayres Holtz - Grilo)

Nossa Senhora do Rosário

A devoção ao Rosário e a Nossa Senhora do Rosário

 

A palavra rosário deriva do latim rosarium, que significa "buquê, série de rosas, grinalda".

Historicamente o Rosário teve origem com os Monges irlandeses no século VIII, que recitavam os 150 Salmos.

Os leigos da redondeza apreciavam o costume, mas não podiam acompanha-los porque não sabiam ler.

Os monges ensinaram a rezar 150 Pai Nossos, que mais tarde foram substituídos por 150 Ave Marias. Assim, a devoção, começou a se espalhar pelo mundo. Eram orações expontâneas, visto que ainda não existiam regulamentação da Igreja, e a piedade começou a espalhar-se .

A História do Rosário é um longo seguimento de maravilhas, graças e bençãos, concedidas a todos que o recitem.

A devoção à Nossa Senhora do Rosário tem sua origem entre os dominicanos.

São Domingos de Gusmão, fundador da Ordem dos Dominicanos, foi o grande propagador do Rosário no início do século Xlll. A Igreja lhe conferiu o título de Apóstolo do Santo Rosário. Naquela época havia muitos hereges que desviavam os fieis da Igreja Católica. São Domingos, com a prática da oração do Rosário, a pedido de Nossa Senhora, começou a combater as heresias dos albingenses, que crescia vertiginosamente na França.

O Papa mandou vários missionários para combater os hereges, mas nada conseguiram. Somente São Domingos, com a criação de sua ordem e com a insistente oração do Rosário, é que conseguiu acabar com esses hereges. São Domingos dizia que em todas as orações do Rosário pedia a intercessão de Maria Santíssima para converter os hereges e com o passar dos anos conseguiu.

No Brasil ela foi adotada por senhores e escravos, sendo que no caso dos negros ela tinha o objetivo de aliviar-lhes os sofrimentos infligidos pelos brancos. Os escravos recolhiam as sementes de um capim, cujas contas são grossas, denominadas "lágrimas de Nossa Senhora" e montavam terços para rezar.

 

 Os primeiros anos da Igreja

Em seus primeiros tempos, dada a separação existente, através do piso da nave (para os negros) e das galerias (para os brancos) a igreja passou a ser frequentada por ambos. Isto perdurou durante todo o tempo em que a nova Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Prazeres estava sendo construída pelo Padre Francisco de Assumpção Albuquerque (Padre Chiquinho).

Nesse período houve um branqueamento da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, fato este que perdurou até 1885, quando foi inaugurada a segunda Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Prazeres, quando os brancos passaram a frequentar a nova Igreja, deixando a do Rosário para os pretos.

Pesquisas recentes dão conta que quando desse período de 1873 a 1885, parte dos negros, proibidos de praticarem seus ritos sincréticos, assumiram a pequena Capela da Cruz do Negro, hoje a Igreja de Nossa Senhora das Estrêlas.

 

As festas - as congadas - a igreja atual

Descaracterização da Memória

Fonte: Jornal Falando D - Itapetininga - 19/8/2006 - página 8

 

 

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