O espírito desbravador dos primeiros viajantes criou a estradas e os pousos.

E, em cada pouso, sem dúvida, um ponto de venda.

            A história de Itapetininga se confunde com a história de seu próprio comercio. Mesmo antes de se pensar em uma Vila, nas proximidades do Rio Itapetininga, hoje Bairro do Porto, existia uma passagem, onde aventureiros, degredados, caçadores de índios, ouro e pedras preciosas e, em especial, tropeiros, armavam seu pouso.  No mesmo local, um aventureiro mais antigo que tomara posse dessas terras, instalou a seu “ponto de venda”, onde negociava os excessos de sua produção agrícola e mesmo alguns animais.

            Era a “Nova Estrada Real”, que não passava de uma trilha ou picada com destino ao sul da Colônia, passando pela Vila de Nossa Senhora dos Pinhais de Curitiba, iniciada em 1727, por Francisco de Souza Faria, e percorrida, pela primeira vez por Cristóvão Pereira, em 1733.

            Itapetininga, pouso aquém de Escaramuça e além da famosa feira de Sorocaba, sem muitos reconhecimentos por parte dos Governos Gerais, tinha a sua participação: contava as tropas e aproveitava as longas distancias entre um pouso e outro para, no caminho, comercializar os produtos da terra em excesso.

Assim, os primeiros moradores encontraram na agricultura e pecuária o sustento da família e a atividade comercial ia se concentrando ao longo da estrada. Capitalizados e com o comercio de mulas do sul para a região centro oeste dando certo, muitos itapetininganos decidiram ingressar nesse ramo de negócio e passaram a tropear fazendo o trajeto Rio Grande do Sul – Sorocaba.

Foram esses tropeiros os grandes responsáveis pelo crescimento de Itapetininga.

Tropeiros itapetininganos no Rio Grande do Sul - 1930

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