A reunião de comerciantes em um só local para o comercio de seus produtos é uma tradição inclusive em Itapetininga. O primeiro mercado, se assim poderia ser chamado, foi instalado pela Câmara Municipal, em meados do século XIX, na rua Quintino Bocaiúva. Eram pequenos cômodos que, mediante uma taxa, eram alugados a produtores rurais e pequenos comerciantes. Eram denominadas casinhas. Dada a sua intensa movimentação chegou até a dar a conhecida rua Quintino Bocaiúva o nome de Rua das Casinhas, isso antes do auge do Ciclo Muar que a denominou de Rua das Tropas.

O espaço se tornou pequeno para suas finalidades e os tempos modernos pediam novas instalações. Com o mesmo objetivo de abrigar produtores rurais da região para que eles vendessem suas mercadorias diretamente ao consumidor, o prefeito Darci Vieira, concretizou o sonho do novo mercado que foi inaugurado no dia 7 de setembro de 1959.

Mas a população não atendeu a oferta da demanda já que tinha costume de freqüentar e comprar na Feira Livre da Peixoto Gomide. Com a transferência das linhas interurbanas para a nova Rodoviária o movimento no, agora, velho mercado, também caiu. Atualmente os duzentos boxes originais não existem e uma diversificação foi instalada desfigurando os objetivos iniciais.

Mas não há duvidas de sua importância para a história do comercio. Nele iniciaram ou desenvolveram suas atividades comerciais inúmeros nomes de destaque no segmento como a primeira Mercearia do Borba, as Mercearias Yayá do Arnaldo e Dino Barretti e os que ainda teimam em continuar no local como o jornalista Alberto Isaac e Tócio Kira. Alberto é proprietário da Loja 66 que iniciou suas atividades em 19 de novembro de 1959 no ramo de armarinhos e confecções. Tem na sociedade sua esposa Terezinha Abrão Isaac. Tócio Kira também se encontra no Mercadão há mais de quarenta anos no ramo de Tabacaria.

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