É a rua das Tropas, onde em meio a porcos, galinhas e cachorros, compradores e comerciantes trocam seus réis por dezenas de produtos.

           Como a maioria das cidades formadas por tropeiros e à beira de estrada, Itapetininga tem sua rua do comercio, mais larga do que as demais e com grande movimento de carros de bois, carroças, charretes, cavalos de raça, mulas e tropeiros, onde se localiza a maioria dos estabelecimentos comerciais.

             É a rua das Tropas ou do Gado, que após a independência recebeu o nome oficial de Rua dos Prazeres, embora pouca gente a conhecesse assim.

       Foi nesse trajeto da Estrada, que o comercio, agora um pouco mais especializado em produtos para a agricultura e pecuária, se instala para ficar por mais de um século.  Foi também nessa rua que foi criado, nos meados do século XIX, o primeiro mercado da cidade, também conhecido como “cazinhas”. Era assim denominado por se tratar de um amplo barracão de taipa de pilão, dividido em pequenos “boxes” onde pequenos agricultores vendiam seus produtos. Quem vem vender, também vem comprar e nas suas proximidades surgiram médios e grandes estabelecimentos de mercadorias utilizadas pelos ruralistas, como sal, fumo, açúcar e ferramentas. “As cazinhas” e a rua da Quitanda ficavam bem ao meio da rua das Tropas, onde hoje é a esquina das ruas Quintino Bocaiúva e José Bonifácio. 

     Os grandes fazendeiros eram, sem sombra de dúvida, os maiores comerciantes, mas de forma alguma, concorriam com os vendedores do mercado pois, poderiam perder seus clientes.  Sua produção era vendida no atacado e em grandes quantidades.

     A rua das Tropas tem o burburinho da capital da Província, escreve um viajante, bem diferente do calmo “Largo da Matriz e do Largo da Cadea”. Foi aí que se estabeleceram famosos estabelecimentos como a tradicional Casa Zebu.

VOLTAR