GENEALOGIA - JOSÉ LUIZ NOGUEIRA 
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WALDOMIRO DE CARVALHO
WALDOMIRO DE CARVALHO

                        O Farmacêutico WALDOMIRO DE CARVALHO nasceu em PARAISÓPOLIS, no sul do Estado de Minas Gerais, aos quatro de março de 1.897, filho do também farmacêutico José Batista de Carvalho Neto e de D. Presciliana Maria de Carvalho. Nascido depois de duas irmãs, numa prole de 14 filhos.  Desde tenra idade, passou a trabalhar na farmácia de seu pai.

                        Ainda jovem mudou-se para S. Paulo, onde passou a estudar e trabalhar no ramo farmacêutico.

                        Em 1.917 veio para Itapetininga, aqui instalando a ‘PHARMÁCIA S. JOSÉ ‘, em prédio próprio, na Rua Campos Sales, 475, onde hoje está a loja do Magazine Luiza, e em 1924 casou-se com a professora Alzira Alves de Carvalho.

                        Mercê de seus conhecimentos da ciência farmacêutica, desde logo se destacou na profissão, tornando-se conhecido, respeitado e solicitado em toda a região. Desde Itararé, Itapeva, Capão Bonito Apiaí, Tatuí e outras cidades da região, vinham pessoas para consultá-lo. Era considerado verdadeiro médico das classes menos favorecidas, às quais sempre assistia gratuitamente.

                        Na Pharmácia S. José, onde também trabalhei desde criança, havia três Práticos de Farmácia para preparar as fórmulas  dos remédios a serem vendidos.  Um deles era só para preparar os remédios que Waldomiro fornecia gratuitamente .para quem não podia pagar, e que eram inúmeros.

                        Desde cedo se integrou na sociedade itapetiningana, elegendo-se, em 1.928, com apenas 31 anos de idade, Presidente do Clube Venâncio Aires.

                        Nesse Clube, Waldomiro de Carvalho já se revelou muito bom administrador.

 

                        Vejamos seus trabalhos:

 

                        Durante sua primeira administração (1928) procedeu a grandes reformas na sede social e outras dependências, reformando e adquirindo novo mobiliário, cortinas, tapetes de acordo com a posição  do clube que representava o melhor da sociedade itapetiningana e região. Ampliou a biblioteca adquirindo novos livros e coleções, novas revistas e assinaturas de novos jornais. Na mesma ocasião foram adquiridas quatro mesas e bilhar jogo muito em voga à época.

                        A par de seus trabalhos, tratou especialmente do problema da necessidade da compra de novo piano, eis que o antigo, adquirido em 1901, já estava muito usado e necessitando de grandes reformas e, tendo em vista que a despesa para tais reparos não compensaria o benefício, o presidente adquiriu um piano novo, de maior categoria e à altura do clube.

                        Assim adquiriu um belíssimo piano de cauda, de fabricação alemã, da marca Grotrian-Steinweg Brauzing, em 16 prestações, talvez o único piano de cauda existente em Itapetininga até hoje.

                         Tal piano, segundo informam os conhecedores do assunto, existem hoje apenas outros dois deles no Brasil. O do clube permanece guardado em local especial protegido e usado, somente em ocasiões especiais para ser tocado por mãos hábeis em espetáculos especiais.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                         

 

                        Ainda nesse clube voltou a exercer a presidência em 1.933 e 1.942. Pertenceu também a outras diretorias em cargos como vice-presidente – 1.946 – 1.952/54 – 1.954/56  - 1º-tesoureiro – 1.940 - e membro do Conselho de Administração (Presidente) - 1964/66.

                        Em sua segunda administração, em 1.933, reformou o Regimento Interno, mudou o horário das atividades, com abertura da sede transferida do meio-dia para as duas horas da tarde e fechamento às duas horas da manhã, restabeleceu o uso de uniforme pelos empregados, com o uso de boné contendo o emblema do clube, e outras providências; demoliu o antigo prédio que sediou o inicio do clube, em 1.888, adquirido pela administração anterior. Tal imóvel ficava ao lado da Igreja, hoje Catedral, na rua D. Joaquim.

                        No terreno conquistado com a demolição, o presidente Waldomiro de Carvalho, construiu duas quadras de tênis, que foram as primeiras em Itapetininga, incentivando a prática desse esporte entre os sócios, resultando em grande sucesso e formação de esportistas dedicados a esse jogo que passaram a competir com outros clubes inclusive  da Capital do Estado.

                        Tais quadras situavam-se no terreno limítrofe à Rua D. Joaquim onde, anos mais tarde o ex-presidente Darci Vieira 1.950/52 construiu a piscina para competições oficiais de natação e recreação dos venancianos, com trampolim de concreto, de 4 metros de altura.

                         Hoje, nessa área o ex-presidente Arlindo Calux – em 1.996 – iniciou a construção de novo salão de festas, até o momento inacabado, com uma piscina térmica de tamanho menor que a anterior, no subsolo.

                        Em 1942 -  Alguns meses antes da data da eleição de nova diretoria, aconteceu um caso inédito: o presidente Floriano Peixoto de Paula Ferreira, no intuito de atender as reivindicações da parte dos associados praticantes do jogo de futebol, resolveu oficializar esse esporte junto à Federação Paulista de Futebol, visando a participação do Clube Venâncio Ayres nos campeonatos oficiais  da Federação, eis que o time do clube já se destacava nos jogos amistosos do município.

                        Assim promoveu mudanças no Estatuto do Clube possibilitando seu registro no Departamento de Esportes do Estado de São Paulo.

                        Só não sabia que para isso teria que modificar grandemente seus Estatutos. Na época estávamos sob a ditadura de Getulio Vargas e o mundo envolvido em uma conflagração geral, com o Brasil envolvido nela declarando guerra à Alemanha, Itália e Japão

                        Assim, o Departamento de Esportes exigia que, no novo estatuto, na diretoria não poderia haver a participação de pessoas naturais da Alemanha, Itália e Japão, nem mesmo aquelas naturalizadas que tivessem a mesma origem.

                        É claro que a maioria dos sócios não iria aceitar aquela imposição!                         Diante dessa situação a diretoria deliberou adiar provisoriamente a eleição já marcada e a direção se autotransformou em Junta Administrativa Provisória, com mandato até a nova eleição, a ser marcada oportunamente.

                        Dessa forma, em 24 de maio de 1942, a maioria dos sócios derrubou a Junta Provisória e elegeu a nova diretoria presidida por Waldomiro de Carvalho que restabeleceu as condições anteriores e como sempre promoveu grandes melhoramentos e festividades.

                         Uma delas, com grande repercussão, foi a visita oficial do Ministro de Aeronáutica Dr. Salgado Filho com a comitiva composta das seguintes autoridades e acompanhantes: Julio Prestes de Albuquerque,  Fernando Prestes Neto, Assis Chateaubriand diretor do Diários Associados, Brigadeiro do Ar  Gervásio Duncan Comandante da 4ª Zona Aérea tenente–coronel Aviador Julio Américo dos Reis Chefe do Gabinete do Ministro da Aeronáutica, e outras autoridades, que foram recebidos com grande coquetel e reunião, na sede social do clube.

                        A referida Comitiva viera até Itapetininga para o batismo, entrega e recebimentos dos aviões “Fernando Prestes” e “Venâncio Ayres” que a cidade e Região estavam doando para a Campanha Nacional da Aviação, chefiada pelo Dr. Salgado Filho e Dr. Assis Chateaubriand.

                        Tais aviões serviriam para a instrução de novos pilotos e seriam distribuídos: O “Fernando Prestes” para o Aeroclube de Corumbá, de Mato Grosso de Sul e o “Venâncio Ayres”, para o Aeroclube de São Luiz Gonzaga, no Rio Grande do Sul.

                        Waldomiro de Carvalho desempenhou ainda funções importantes na ASSOCIAÇÃO COMERCIAL desta cidade.

                         Durante a REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA de 1.932, foi designado diretor dos setores de ASSISTÊNCIA FARMACEUTICA e de ABASTECIMENTO ÀS TROPAS DA FRENTE SUL, tomando todas as providências necessárias para organizar a arrecadação dos elementos necessários à manutenção, alimentação, transporte e remessas às tropas envolvidas nos combates.

                        Em virtude dessa participação ativa na Revolução, a Assembléia Legislativa do Estado, o agraciou, em  1966,  com a “ Medalha da Constituição “ e, postumamente, em 9 de Julho de 1982, com a “ MEDALHA DO CINQUENTENÁRIO “                   Fez parte ainda do CONSELHO DIRETOR DA ESCOLA DE FARMÁCIA, então em funcionamento em Itapetininga; tendo sido ainda membro da “Comissão de Construção “do prédio da Faculdade, à Rua Silva Jardim (onde atualmente funciona o Colégio Geraldo Martins de Melo ).

                        Em 1.947, após vitoriosa campanha política, ganhou a eleição para Prefeito do Município de Itapetininga. Vencendo o importante candidato oposicionista João Batista de Macedo Mendes, conhecido em toda a região como Jango Mendes, que é o patrono da sala da OAB, no fórum local, com a maior porcentagem de votos até hoje ocorrida.

                        Tomou posse em 1.948, constituindo-se no primeiro Prefeito eleito em eleição direta, depois da queda do ditador Getulio Vargas e sob a égide da nova Constituição de 1.946.

                        Os Prefeitos anteriores eram todos nomeados pelo Interventor do Estado, na época de Getúlio, sem tempo de mandato dependendo apenas da vontade do interventor, e antes dele, eram eleitos pela Câmara Municipal, com mandato de apenas um ano.

                        Esse curto espaço de tempo para administrar a cidade, impediu aos Prefeitos de então, qualquer planejamento de obras e outras providências para melhorar a cidade, razão pela qual

a Prefeitura era carente de meios para progredir conforme as necessidades.

                        Com um mandato de 4 anos, Waldomiro de Carvalho planejou uma série de atividades para que a cidade progredisse

                        Sua administração destacou-se pela construção de novas estradas municipais, seguindo como preconizava o ex-presidente da República Washington Luiz: “Governar é abrir estradas”.

                        Para tanto, conseguiu com o governado Adhemar de Barros, um empréstimo para comprar a primeira motoniveladora para a prefeitura e possibilitar a melhoria das estradas municipais e sua ampliação, bem como dar melhores condições de trânsito às ruas da cidade que não eram calçadas.

 

                         Assim, melhorou as estradas existentes, que até então eram, quando muito, carroçáveis. Ou seja, apenas para carroças, animais e tropas.

                         Com a aquisição da primeira moto niveladora do município, deu início ao programa rodoviário, sendo que, dos 212 quilômetros que encontrou, deixou cerca de 830 quilômetros, com as respectivas obras de arte, com 32 pontes e pontilhões.

                        Destas, a de maior importância foi a ponte de Rechã, sobre o rio Itapetininga, com vão de 60 metros, construída inteiramente de madeira, com mão de obra municipal e pequena verba do Estado  e a ponte da Vila Olho D água, no fim da Rua Fernando Costa.

 

 

 

                        Hoje em dia as pontes, além de certo tamanho, são feitas pelo governo do Estado que fornece todo o material e a Prefeitura entra apenas com a mão de obra.

                        Nessa época adotou um procedimento especial para a fiscalização das obras nas estradas e sua conservação que foi o seguinte: quinzenalmente percorria com seu automóvel particular e como motorista, também particular, este que vos fala e mais o encarregado do Departamento de Obras da Prefeitura, Sr. Dimas Pichi (hoje seria o Secretário de Obras do Município)

                        Repito, percorria para fiscalizar, vários trechos das estradas municipais que foram construídas, tomando nota dos quilômetros percorridos, anotando os pontos onde as enxurradas tivessem as suas saídas obstruídas e necessitando de reparos, da mesma forma as pontes e pontilhões com defeitos exigindo reformas, árvores ameaçando cair ou atrapalhando a vista ou o trânsito, verificando a altura das redes elétricas que eram ultrapassadas sobre elas, etc.

                        As anotações detalhadas ficavam com o Sr. Dimas, para tomar as providências necessárias. Dali 15 ou 30 dias dependendo da quantidade delas, o Prefeito Waldomiro, eu e o citado Dimas, voltávamos a percorrer a mesma estrada, munidos dos apontamentos anteriores, para conferir os trabalhos de melhoria e consertos realizados, para aprovação, ou não do Prefeito Waldomiro de Carvalho.

                        Desde então, nunca vi qualquer dirigente municipal agir dessa forma. O costume é, aguardar as reclamações para depois agir !

                         Dessa malha de estradas de rodagem deixadas pelo Prefeito Waldomiro.  Atualmente existe cerca de pouco mais que 1.000 quilômetros, várias delas asfaltados pelo Estado, ficando a conserva e manutenção para a Prefeitura. Outro dia vi uma notícia que o município teria 4.000 km. de estradas, entretanto, esse número não é verdadeiro e nem a área do município comportaria esse número.

                        Na parte do saneamento básico, destacou-se por construir, com ajuda do Estado em 1.950, o SERVIÇO DE ABASTECIMENTO E TRATAMENTO DE ÁGUAS, tornando Itapetininga uma das primeiras cidades do Estado de São Paulo, com esse melhoramento.

                        Os reservatórios de água, laboratório, Estação de Tratamento, com decantadores, filtros, etc., a torre, para a distribuição da água tratada para a parte alta da cidade, construídos pelo Prefeito Waldomiro ainda permanecem funcionando.

                        Posteriormente o Prefeito Walter Cury,     procedeu uma ampliação e hoje a estação é operada pela SABESP,  na rua Dr. Virgilio de Rezende, no bairro da Aparecida.

                        Ao mesmo tempo, construiu a estação de captação de água, no rio Itapetininga, com bombas hidráulicas de alta capacidade e pressão, para recalque e elevação do líquido até a altura da cidade, cuja rede para conduzir o líquido até a estação de tratamento mede 8 km, com tubos de 12 polegadas de diâmetro.

 

                         Na mesma oportunidade substituiu a rede antiga de distribuição de água nas Ruas Campos Sales, Silva Jardim, Bernardino de Campos, Saldanha Marinho, Monsenhor Soares Venâncio Ayres e outras da parte central da cidade. por outra mais resistente e de maior diâmetro – 8 polegadas -  para suportar ao aumento de pressão e volume do líquido tratado,

                         Com isso, Itapetininga é, ainda hoje, uma das poucas cidades que não tem problemas de abastecimento de água tratada, mesmo na maior seca como a que atingiu todo o Estado de São Paulo e grande parte do Brasil, em 2014, considerada a maior em 80 anos, causando grandes prejuízos e desabastecimento do precioso líquido em importantes centros como São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Sorocaba, Itu, Piracicaba e outras cidades importantes.

                        Pavimentou, com mosaico “português“ formando desenhos sinuosos, as calçadas da Avenida Peixoto Gomide, que eram de terra batida...

                        Ao mesmo tempo, mandou investigar a morte de diversas das figueiras centenárias que formam a Avenida Peixoto Gomide, na parte fronteira ao lado oposto às Escolas, descobrindo-se uma doença que era transmitida pelas raízes delas, obrigando o sacrifício de um trecho das plantas, que vai da esquina da rua Benjamim Constant até a esquina da rua Bernardino de Campos, razão pela qual as árvores ali existentes são de espécies diversas das figueiras centenárias.

                        Na parte educacional, construiu oito escolas municipais amplas, distribuídas em diversos bairros do município contendo, de um lado, a sala de aula, de outro lado a residência do professor (a) com quarto, cozinha e banheiro completo.

 

 

                        Isso porque, nessa época, não havendo linhas de ônibus que ligassem os bairros e nem os veículos que atualmente buscam os alunos para trazê-los às escolas da cidade, os professores moravam nos bairros e assim foram construídas essas escolas, com residência para os mestres, para o maior conforto deles e melhor ensino aos alunos.

                         Adquiriu vários caminhões para serviços da Prefeitura e coleta de lixo e ampliou a iluminação pública, calçou, a Rua Alfredo Maia inteira, o início da rua Virgilio de Rezende e a ladeira da rua General Carneiro e outras.

                        Na esfera política, aproveitando a amizade pessoal com o governador Adhemar de Barros, conseguiu a construção do atual prédio da Escola Major Fonseca que o mesmo governador  veio participar da sua inauguração, lavrando-se ata que foi enterrada em caixa de metal lacrada, e colocada sob o busto do Major Fonseca.

                        Da mesma forma, conseguiu a eletrificação da linha férrea da Estrada de Ferro Sorocabana de Tatuí para Itapetininga, possibilitando a chegada à nossa cidade, das composições de passageiros e carga pelas máquinas elétricas com maior conforto e eficiência.

                        E uma conquista inusitada que muita gente ainda, mesmo os mais antigos, desconhecem e que foi a inauguração da linha aérea da VASP – S.Paulo –Itapetininga- Ourinhos- Maringá.

                        Ocorreu o seguinte: certo dia, em 1950, o Prefeito Waldomiro estava no Palácio dos Campos Elíseos, em audiência sobre problemas municipais, com o governador Adhemar, quando adentraram na sala: o presidente da Vasp, o presidente da Companhia de Terras do Norte do Paraná e mais dois assessores. Ao vê-los o governador interrompeu da audiência e em seguida passou a atender aos novos personagens.

                         O assunto era o convite ao dr. Adhemar para a inauguração da nova linha aérea de S. Paulo- Ourinhos-Maringá e outros detalhes do assunto. A Cia de Terras Norte do Paraná ( Companhia de capital inglês) que havia lançado a cidade de Londrina com todo o sucesso, agora desejava promover a cidade de Maringá que havia sido lançada anos antes e já estava se desenvolvendo.

                        Na conversa sobre o assunto o presidente da Vasp comentou que a linha passaria sobre Itapetininga, em direção a Ourinhos, para depois ir à Maringá.

                        Aproveitando esse detalhe o prefeito Waldomiro pediu ao Gov. Adhemar que incluísse Itapetininga nessa linha beneficiando nossa cidade. 

                        Ao que o Gov. disse que não daria certo porque Itapetininga está muito próxima de S.Paulo e não haveria passageiros para uma viagem de avião tão curta. Era mais fácil ir de automóvel. É como Jundiaí, Sorocaba, São José dos Campos, Campinas e outras cidades próximas de S.Paulo.

                        Nesta altura dos comentários, o presidente da VASP disse que Itapetininga poderia ser incluída na linha, mesmo porque não haveria nenhuma despesa a mais a não ser um pouso do avião na cidade.

                        Todos de acordo, marcou-se o dia da inauguração. Nesse dia, com banda de música, rojões, boa quantia de populares, e autoridade locais  o avião da VASP pousou no nosso modesto aeroporto ao lado do cemitério do Santíssimo, hoje ocupado pelo SESI, Sabesp, policia militar e muitos prédios.

                        Depois dos visitantes darem entrevistas à imprensa local, lá foi o avião para Ourinhos e Maringá.

                        Como disse o dr. Adhemar, era mais fácil e barato ir à S. Paulo de carro que de avião. Nunca apareceu passageiro para ir de avião à Capital.

                        Waldomiro de Carvalho foi o único Prefeito Municipal que ao término de sua administração, saiu mais pobre que quando iniciou seu governo.

                        Dono de inúmeros imóveis nesta cidade, situados na área central e muito valorizados que a maioria dos presentes conhece, vendeu os seguintes:

            1-o prédio assobradado da rua Saldanha Marinho  onde funcionava o cartório do 1º Ofício e 1º Tabelião, posteriormente demolido  hoje fazendo parte da sede da Organização Bandeirante, sob o nº 238,         

             2- o estacionamento anexo ao prédio do Banco do Brasil, à rua Saldanha Marinho,

             3- o sobrado à rua  Saldanha Marinho, nº 466  -       4- o salão comercial à rua José Bonifácio nº 481,

             5– o prédio situado na esquina do Rua Saldanha Marinho  com a rua Pedro Marques;

            6 – dois imóveis gêmeos situados na rua Virgílio de Rezende, onde hoje situa-se o Hotel Iporã.

                        Todos foram vendidos para fazer face à perda de receita da Pharmácia S. José, decorrente à dedicação à Prefeitura Municipal e despesas de viagens à capital paulista em busca de conquistas para a cidade em companhia de muitos vereadores, cuja estadia em São Paulo, no mínimo por 2 dias, em hotéis, restaurantes e taxis era paga pelo Prefeito eis que não havia verba para isso, nem na Câmara.

                         Os vereadores não ganhavam nada e a Câmara só tinha dois funcionários: o Diretor e a funcionária da limpeza (hoje tem 90 funcionários) e nem na Prefeitura existia verba para isso.

                        Da mesma forma, a maior parte das despesas dos comícios, bandas de música, transportes de eleitores, gasolina, impressos, propaganda, etc. era na conta pessoal do Prefeito Waldomiro de Carvalho.            

 

                        Foi um dos mais estimados cidadãos de nossa comunidade. Faleceu em 30 de dezembro de 1.968.

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JOSÉ LUIZ NOGUEIRA

 

 

 

 




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