Sobrenome de proveniência espanhola, e de origem geográfica, tomado ao solar da família, o Castilho Pedroso, no reino de Astúrias (Espanha) - castilho em espanhol é o castelo português. Forma espanhola: Castillo.
A família provem de Sancho Afonso de Venero, senhor de casa e solar de Venero, partido judicial de Santonha, prov. de Santander (Espanha) que foi rico-homem de D. Bermudo I e D. Afonso II, reis de Leão, de 788 a 842 (Antenor Nascentes, II, 66; Anuário Genealógico Latino, I, 31; Carrafa, XXV, 92).
Felgueiras Gayo principia esta genealogia em Diogo Sanches de Castilho, nat. de Trasmieira, na Montanha de Castilhos, que teve Solar no Vale da Veiga de Miranda. Homem do séc. XV. Do seu cas. com Mécia de Neiva, da Casa de Ribal, foram pais de João de Castilho, que junto com seu meio-irmão Diogo de Castilho, foram os primeiros que passaram a Portugal, no tempo de D. João III, Rei de Portugal em 1385 (Gayo, Castilhos, Tomo IX, § 1).
Brasil: Numerosas foram as famílias, que passaram com este sobrenome para diversas partes do Brasil, em várias ocasiões. Não se pode considerar que todos os Castilhos existentes no Brasil, mesmo procedentes de Portugal, sejam parentes, porque são inúmeras as famílias que adotaram este sobrenome pela simples razão de ser de origem geográfica, ou seja, tirado do lugar de Castilho.
O mesmo se aplica no campo da heráldica. jamais se pode considerar que uma Carta de Brasão de Armas de um antigo Castilho, se estenda a todos aqueles que apresentam este mesmo sobrenome, porque não possuem a mesma origem.
No Rio de Janeiro, entre as mais antigas, encontra-se a de Manuel de Castilho [c.1565 - 1643,RJ], que deixou larga descendência, a partir de 1595, com Catarina Pinto [c.1575 - a.1622] (Rheingantz, I, 325).
Rheingantz registra mais 11 famílias com este sobrenome, nos sécs. XVI e XVII, que deixaram numerosa descendência no Rio de Janeiro.
Em São Paulo, entre as mais antigas, está a de Maurício Castilho [c.1604, Portugal - ?], sertanista que tomou parte na bandeira de 1628 ao Guairá, filho de Manuel Lourenço Valença e de Ana de Castilho.
Deixou numerosa descendência de seu cas., c.1628, com Maria de Quadros, filha de Bernardo de Quadros, patriarca da família Quadros (v.s.), em São Paulo (Silva Leme, IV, 520; CF, Dic., 114).
No Rio Grande do Sul, entre outras, de origem portuguesa, distingue-se a família de Antônio Joaquim da Silva Maia [c.1785, Porto - ?], que deixou geração de seu cas., c.1810, com Maria Libania de Castilhos [c.1789, Guarda - ?], pela qual corre o sobrenome Castilhos.
Em Santa Catarina, cabe registrar, entre outras, a família de Carlos Moreira de Castilho, natural de Lajes, SC, que deixou numerosa descendência do seu cas. com Felipa Néris da Conceição, natural de Santo Antônio da Patrulha.
Entre os descendentes do casal, registram-se:
I - Francisco Ferreira de Castilho [c.1834, Santo Antônio da Patrulha -], de quem descendem os Prates de Castilho (v.s.), do Rio Grande do Sul.
No Espírito Santo, registra-se a de Manuel Lourenço Valença, que deixou geração, em Vitória (ES), depois emigrada para São Paulo, do seu cas., c.1613, com Anna de Castilho.
Na Bahia, entre outras, cabe registrar a família de Antônio Mendes Bravo, que viveu nos meados do séc. XVIII, filho de outro Antônio Mendes Bravo e de Maria Gaspar, patriarcas desta família Mendes Bravo (v.s.), da Bahia.
Do seu cas. com Mariana de Jesus, filha de Duarte Ximenes e de Maria de Campos de Oliveira, tiveram oito filhos, dos quais, cinco deles, os homens, assinavam-se Castilho.
Foram pais, entre outros, do Cap. Francisco Xavier de Castilho, nat. da Bahia, Familiar do Santo Ofício [1789].
Linha Africana: No Rio de Janeiro, entre outras, registra-se a de Salvador Castilho, que deixou geração, em 1717, com Joana Rodrigues, «parda forra»(Rheingantz, I, 191).
HeráldicaI - João de Castilho: um escudo em campo verde um castelo de prata com 3 torres, com portas e frestas de negro, encimado por uma flor-de-lis de ouro, nas ilhargas do castelo dois galgos de prata com coleira vermelha, levantados, afrontados, e presos por cadeias de ouro que saem das ameias do castelo.
Timbre: um dos galgos (Sanches Baena, II, 40);
II - outros, usam um escudo xadrezado de quinze peças de ouro e azul (Anuário Genealógico Brasileiro, IX, 285).
Século XVI: Antônio de Castilho, natural das montanhas do reino de Biscaia.
Brasão de Armas datado de 16.02.1561.
Registrado na Chancelaria de D. Sebastião, Livro II, fl. 44v um escudo em campo verde, com um castelo de prata, com as portas e frestas e lavrado de preto, e em cima da torre do meio uma flor-de-lis de ouro, e na porta do castelo, duas lebres de prata olhando uma para a outra, com coleiras vermelhas, e presas, por umas cadeias de ouro que saem das bombardeiras.
Elmo de prata, aberto, guarnecido de ouro. Paquife de ouro, prata e verde.
Diferença: uma merleta de ouro, Filho de João de Castilho(Sanches Baena, Archivo Heraldico, I, 35).