GENEALOGIA - JOSÉ LUIZ NOGUEIRA 
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HISTÓRIAS DO PAQUETA - VILA RIO BRANCO
HISTÓRIAS DO PAQUETA - VILA RIO BRANCO

Paquetá e suas histórias - O maior bairro de Itapetininga 

Há anos que venho pesquisando a História de Itapetininga.

São tantas informações que resolvi escrever um livro, principalmente quando descobri que sou descendente dos fundadores Domingos José Vieira e Salvador de Oliveira Leme, o Sarutayá.

Em 2005 lancei o primeiro livro da série GENEALOGIA DE UMA CIDADE – volume I – ITAPETININGA.

Contando as origens de nosso município e seu desenvolvimento, bem como a genealogia de seus fundadores.

Em 2008 lançamos o livro II com destaque para os Distritos e os municípios que se desmembraram de Itapetininga.

Depois veio o livro III – Sarapuí, o livro IV – Pilar do Sul, livro V – Itapetininga novamente e agora o livro VI – Alambari.

E a cada livro lançado vamos armazenando mais informações.

Agora o nosso foco são os bairros de Itapetininga. Vamos aos poucos contando a história de cada bairro. Para isso contamos com os depoimentos de diversas pessoas gravados em fita cassete pelo MIS-Museu da Imagem e do Som de Itapetininga. Graças a cortesia do seu presidente Dr. Roberto Soares Hungria estamos tendo acesso a todas as gravações.

Hoje vamos começar contando o que apuramos sobre a Vila Rio Branco, antes chamada de Paquetá.

Alí temos dois cemitérios. Antigamente atrás dele tinha um campo de aviação.

Está localizado na parte oeste de Itapetiniga, começando onde temos a Avenida 5 de Novembro e a Rodovia Raposo Tavares (SP-270) sentido Angatuba.

"Paquetá" é uma palavra com origem na língua tupi. Significa "muitas pacas", pela junção de paka (paca) e etá (muitos).

De acordo com o IBGE toda a região da Vila Rio Branco possui 40 mil habitantes, distribuídos entre as 15 vilas que ocupam uma área de 150.000 m².

Veja o que publicou MARCO VIEIRA DE MORAES do site Cidade Itapetininga sobre o nosso Paquetá.

A área começou a ser ocupada quando, há mais de 40 anos, Flávio Soares Hungria começou a vender lotes, oferecendo aos interessados carência de dois anos para começar a pagar as 36 prestações em que geralmente o imóvel era vendido. Hungria (pai do João Flávio Soares Hungria, ex-vice prefeito de Itapetininga) também oferecia 10 mil tijolos de uma olaria de sua propriedade.

Entre os principais bairros estão: Vila Rio Branco, Vila Regina, Vila Hungria, Vila Reis, Vila Sônia, Vila Alves, Vila Palmeira, Jardim Leonel, Parque Athenas do Sul e Jardim Shangrilá. Nos últimos anos, novos empreendimentos imobiliários têm surgido na região que é um importante polo comercial do município.

O empresário Itapetiningano Zecaborba Soares Hungria afirma que valeu a pena investir na região. “Tenho muito carinho por aquele lado da cidade”.

Zecaborba Soares Hungria começou com uma mercearia no Mercado Municipal (área central da cidade) e nos anos 80 iniciou um processo de expansão, instalando uma unidade nas proximidades da estação rodoviária e em seguida na Vila Rio Branco e depois na Vila Regina, dois bairros que estão localizados na região do Paquetá. Zecaborba, como o empresário é conhecido, lembra que há 50 anos toda a região era conhecida apenas como Paquetá.

“O Paquetá era muito conhecido na época. Por causa do cemitério; ia muita gente pra lá. Outros bairros eram pouco visitados”, recorda o empresário, acrescentando que “ainda não existiam as vilas Regina, Hungria e Reis. Depois, um grupo de empreendedores, como Flávio Hungria e Durval da Rocha Reis e outros foram investindo e criando os bairros”.

Carinho e crescimento

“O Paquetá é um bairro muito simpático e cresceu muito. Tenho muito carinho por aquele lado da cidade”, afirma Zecaborba, “o bairro mudou muito e para melhor”, acrescenta. Ele lembra que o bairro possui até uma unidade do SESI (Serviço Social da Indústria).

O empresário ressalta que Itapetininga “tem crescido por todos os lados. Eu ando pela cidade e vejo isso. Quando você asfalta as ruas de um bairro, isso chama o desenvolvimento, é uma maravilha”.

Com espírito empreendedor, Borba continua investindo naquele lado da cidade. Foi lá que se instalou o Vencedor, empreendimento atacadista que conta com a participação do empresário. “É preciso dizer que os prefeitos Aleixo e Fernando Rosa fizeram melhorias no bairro, assim como a prefeita Simone está fazendo”.

Para o empresário, valeu a pena investir no Paquetá. “É um bairro tradicional. Existem famílias que moram há 80 anos na Vila Rio branco; são tradicionais na cidade”, finaliza Borba.

O Cemitério São João Batista, inaugurado em 1898, é o principal de Itapetininga. Ao seu lado temos o Cemitério do Santíssimo Sacramento que foi transferido da Avenida Peixoto Gomide para o Paquetá.

Raízes no bairro

Como se pode notar, o negócio era atrativo para muita gente. E foi assim que a família do professor de Educação Física Florival Batista se mudou para a Vila Regina, há mais de cinquenta anos, quando uma grande parte da vila ainda era ocupada por eucaliptos.

Passadas mais de cinco décadas, a família de Flori, como o professor é conhecido, fincou raízes na vila, possuindo imóveis e comércio no bairro. 

Com boa infraestrutura e comércio, o complexo proporciona praticamente tudo a seus moradores. “Lá tem tudo: açougue, padaria, farmácia. A gente quase não precisa vir para a cidade”, disse Flori. Mas nem sempre foi assim, de acordo com o professor. “Antes, não tinha nada. Mas o bairro foi crescendo e hoje é o mais completo da cidade, atraindo muita gente”.

A Vila Regina tem esse nome em homenagem a filha do proprietário, Regina Soares Hungria. A vila possui 427 lotes, 12 ruas e estradas e seis praças. Antes da vila ser formada, havia no local um cemitério destinado a portadores de hanseníase (lepra), identificado por duas paineiras.

Em 1977, João Flávio Hungria permutou uma área do loteamento com outra, posteriormente doada para a construção da escola Elisiário Martins de Mello.

A Vila Regina fazia divisa com o antigo aeroporto de Itapetininga, que depois deu lugar à hípica. 

Até 1984, o final do bairro era só mato. O hábito de vender em várias prestações persistiu até o final dos anos 80, como lembra Luis Flávio Terra Hungria, filho do proprietário. “Meu pai chegou a vender em até 100 prestações fixas. Aí veio o plano Collor e as pessoas vinham pagar com centavos. Não dava mais para continuar assim”.

A fábrica de sabão e velas, além da olaria da família, ficavam onde até recentemente funcionava a padaria Padoca.

A Rua Benedito Soares Hungria, é a principal via da Vila Regina, que tem esse nome em homenagem a filha do antigo dono da área, Flávio Soares Hungria.

 

 https://cidadeitapetininga.com.br/entre-itapetininga-e-a-raposo-tavares-uma-cidade-chamada-paqueta/

Hoje temos ainda o Corpo de Bombeiros na Av. 5 de novembro.

Na Av. Waldomiro de Carvalho temos uma unidade do Posto de Saúde da Vila Rio Branco.

O CRAS da Vila Regina.

Na Avenida Padre Antônio Brunetti temos o IML-Instituto Médico Legal de Itapetininga, o FUNCRAF, a Escola e Teatro do SESI. Duas escolas Estaduais: Escola Estadual Professor Alceu Gomes Da Silva e Escola Estadual PEI Sebastião Villaça. O Conjunto Habitacional na Vila Sônia.

O Centro Municipal de Lazer "Fausto Tavares Ramalho", localizado na Vila Hungria.

O Jardim Leonel ficou dividido em pequenas vilas que receberam os nomes das filhas do proprietário Mauro de Mello Leonel. Vila Maria Luiza e outras.

A Av. Padre Carlos Regatieti é quase que totalmente residencial. O Parque Athenas do Sul e o Jardim Shangrilá também são bairros residenciais.

Veja ainda aqui histórico da Paróquia de São Roque:

 https://diocesedeitapetininga.org.br/paroquia-sao-roque/

Saiba também sobre o SESI acessando o site:

https://itapetininga.sesisp.org.br/sobre-a-unidade

Veja esta matéria da TV TEM de Itapetininga mostrando um pouco da Vila Rio Branco:

https://www.youtube.com/watch?v=-w7EWxqAkmw&t=75s

Veja ainda esta matéria do Milton Cardoso que foi publicada no Jornal Correio de Itapetininga.

Até 1950, os itapetininganos não transpunham os acidentes geográficos da zona urbana. “Mesmo os bairros mais antigos como as Vilas Aparecida, Olho d’Agua, Santana e Cubatão não atravessaram até essa época os respectivos córregos (atualmente ribeirões do Chá e dos Cavalos). Só houve uma exceção: o Paquetá”.

Com aproximadamente 1 km de distância da catedral, o Paquetá teve suas origens em meados do século 19 com um pátio denominado São Francisco “que tem no fim da Rua das Casinhas junto ao Ribeirão”, segundo ata da sessão da Câmara do município de 1856. “Próximo da cidade e de águas claras e em abundância, era o lugar ideal para o descanso das tropas que vinham do Sul com destino à Feira de Sorocaba, assim denominada por ser ‘um lugar de campo, capão e mata propício à caça de pacas’”, indica.

A pesquisa desmitifica a errônea ideia de que, até o começo da década de 1950, só existisse no bairro um cemitério municipal e uma Vila de Leprosos, engano compartilhado até mesmo por Oracy Nogueira, autor do livro “Família e Comunidade” (1962).

“Por Onde Pisaram os Imortais” clarifica que “documentos oficiais e relatos de historiadores dão conta de outra realidade. Em 1885 foi aprovada na Câmara Municipal de Itapetininga a proposta de abertura de uma ladeira na continuação da Rua da Constituição, que deveria levar ao Bairro já que existia, para a Estrada Real do Sul, um acesso bem mais fácil, que era a Rua dos Prazeres (Quintino Bocaiúva). Em 1878, o Paquetá é citado na obra de Manuel Eufrásio de Azevedo Marques como ‘um Bairro no Município de Itapetininga onde foi criada uma cadeira de primeiras letras pela Lei Provincial de 1876’. Essa cadeira havia sido proposta ao Governo Provincial no ano anterior pelo Inspetor Escolar do Distrito, Manoel Afonso Pereira Chaves, chefe local do Partido Conservador, justificando a reivindicação pelo fato de o lugar ‘possuir mais de 40 fogões e que vai em progressivo aumento’”.

E complementa: “Durante esse período, a maior ocupação, no mesmo estilo da cidade – casas geminadas de taipe e com um só telhado – acontecia no lado direito de quem subia o Páteo São Francisco (hoje praças Sebastião Garcia e Oswaldo Cruz) em um grande triângulo, cujo vértice se localizava na passagem pelo Ribeirão Itapetininga. A partir daí as casas iam se espaçando cada vez mais rumo oeste até encontrarem chácaras de conhecidos itapetininganos, como Elias Augusto Ferreira, José Camargo e o alemão Johonn Adolf Schrihtzmeyer (que passou a ser conhecido como João Adolpho), que, em 1891, solicitou da Câmara Municipal um terreno nas proximidades de sua chácara para implantar uma indústria de cerâmica movida a vapor”.

Segundo mostra a pesquisa, o desenvolvimento do Paquetá foi interrompido quando, em novembro de 1894, o bairro foi indicado a receber o novo cemitério municipal, o São João Batista, inaugurado cinco meses depois, fato que levou à queda de interesse em morar na localidade.

“Por Onde Pisaram os Imortais” explica que, além da existência do cemitério, outros fatores fizeram que os itapetininganos deixassem de residir na região. Entre elas, a fama de alojar valentões e ladrões. “Se isso não bastasse, o bairro tinha também a fama de abrigar praticantes de ‘feitiçaria’”. Essa reputação é antiga, já que, em 1888, o jornal “Itapetininga” publicou em suas páginas uma matéria intitulada “Mais Feiticeiros”, na qual informava que existiam no subúrbio “dois ou três deles [feiticeiros] instalados no bairro do Paquetá a menos de um quilômetro do centro da cidade”.

A denominação Vila Rio Branco veio com a Proclamação da República. “Uma homenagem dos legisladores republicanos de Itapetininga ao Barão, destacado na época por suas ações diplomáticas. Mesmo com a nova denominação, a Vila Rio Branco esteve praticamente estagnada durante quase 50 anos, só vindo a ser ocupada efetivamente a partir da implantação do DER – quando os funcionários de cargos e funções mais subalternas passaram a residir na Vila”, conclui a pesquisa.

Em tempo: Paquetá significa, em tupi, “Muitas pacas”. A paca é um dos maiores roedores do Brasil, chegando a medir até 70 cm.

“[…] Assim, a expansão da cidade para sudoeste fez com que se revalorizassem as áreas mais próximas do “centro”, até então inaproveitadas para edificação, pela ocorrência de obstáculos naturais que as tornavam materialmente menos acessíveis.
Em direção oposta à da expansão urbana até aqui des¬crita, isto é, em rumo sudoeste, descendo-se a depressão que leva ao ribeirão e transpondo-se este, no sentido de quem se dirige ao cemitério, onde, no começo deste século, apenas existiam a cidade dos mortos e a vila dos leprosos, que se extinguiu por volta de 1930, nota-se, desde mais ou menos 1945, o desenvolvimento de novas vias públicas, ao longo das quais as habitações se vão multiplicando em ritmo que se acentua de um ano para o outro.
Aí, também, existe uma capela, dedicada a São Roque, e já se fez sentir a necessidade de um grupo escolar.
A população dessa (…) Vila Rio Branco é constituída, principalmente, de trabalhadores do Departamento Estadual de Estradas de Rodagem” – TRECHO do livro “Família e Comunidade”, de Oracy Nogueira, páginas 216 e 217.

https://correiodeitapetininga.com.br/reportagens/desvendando-o-surgimento-do-paqueta/

Se voce que está lendo sobre as histórias do Paquetá e tem mais informações, favor enviar para nosso email que teremos o máximo prazer em publicar. Obrigado.

jlnogueira.ihggi@yahoo.com

 

 

 

 

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JOSÉ LUIZ NOGUEIRA

 

 

 

 




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