GENEALOGIA - JOSÉ LUIZ NOGUEIRA 
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FERNANDO PRESTES DE ALBUQUERQUE
FERNANDO PRESTES DE ALBUQUERQUE


Fernando Prestes de Albuquerque nasceu no dia 26 de junho de 1855 em Angatuba-SP. Espírito Santo da Boa Vista, atualmente município de Angatuba.

Filho do Cel. Manoel Prestes de Albuquerque e de dona Ignácia Francisca Vieira.

Seus primeiros estudos foram feitos em Itapetininga. Posteriormente, estudou em Campo Largo da Serra, hoje Araçoiaba da Serra.

Regressando à cidade de Itapetininga, que tinha como sua terra natal, dedicou-se quase que exclusivamente à lavoura.

Casou na Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Prazeres em Itapetininga, no dia 9 de setembro de 1874 com Olímpia de Sant’Anna, filha de José Joaquim e de Generosa de Santana, de Angatuba, nascida no dia 23 de julho de 1860 e falecida em 20 de março de 1901, também sepultada no cemitério do Santíssimo Sacramento em Itapetininga.

Eles tiveram 9 filhos:

i. Elisa Prestes de Albuquerque nasceu em Itapetininga-SP. Elisa casou-se com Coronel Avelino Cezar, filho de Antonio José Gonçalves do Amaral e Flora Margarida Sagalerva. Avelino nasceu em Sarapui-SP. Advogado provisionado em Itapetininga.

ii. Olimpia Prestes de Albuquerque. Olimpia casou-se com Luiz de Campos Maia, filho de Maia. Luiz nasceu em Pindamonhangaba-SP. Foi Promotor Público em Itapetininga.


iii. Maria da Penha Prestes de Albuquerque. Faleceu solteira.


iv. Dr. Júlio Prestes de Albuquerque nasceu 15 de março de 1882 em Angatuba-SP. Ele faleceu 9 de fevereiro de 1946 em São Paulo-SP e foi enterrado em Itapetininga-SP. Como político ocupou cargos de grandes responsabilidades como: Deputado Estadual, Deputado Federal, ocupando sempre a cadeira de líder. Foi eleito Presidente de São Paulo até 1930, foi quando rebentou revolução chefiada pelo Dr. Getúlio Vargas, eleito Presidente do Brasil, não chegou tomar posse, devido ter-se exilado para Portugal. Júlio casou com Alice Viana, filha de Dr. Abilio Viana e Maria Isabel de Barros Viana.

v. Olívia Prestes de Albuquerque. Olívia casou com Desembargador Francisco Bernardes Júnior, filho de Francisco de Paula Bernardes e Ana Hough, em 1911. Francisco nasceu 28 de setembro de 1887 em Inglaterra. Ele faleceu 02 de maio de 1960.

vi. Dulce Prestes de Albuquerque. Dulce casou-se com Dr. Antonio Paiva Azevedo, filho de Dr. Antonio de Paiva Azevedo e Elisa de Oliveira Borges.

vii. Dr. Alceu Prestes de Albuquerque. Aparece como Diretor da Faculdade de Direito em Itapetininga no ano de 1935 - (Tribuna Popular). Alceu casou com Ana de Lourdes Piedade (Nicota), filha de Olegário Eugênio da Piedade e Francisca Cerqueira Leme.

viii. Dr. Alcides Prestes de Albuquerque. Alcides casou-se com Silvia Heil, filha de Alfredo Heil e Adelaide Schritzmeyer Heil.

ix. Prof. José Prestes de Albuquerque. José casou-se com Maria Aparecida de Albuquerque, filha de João Nepomuceno de Albuquerque e Maria das Dores Fogaça.

 

Republicano histórico, consagrou toda a energia em favor da causa democrática, fazendo de Centro de Propaganda o Clube de Itapetininga, fundado por Venâncio Ayres.

Quando em quinze de novembro de 1889, foi proclamada a República, era, na zona Sul de São Paulo, um dos chefes republicanos de maior prestígio. Inteiramente devotado ao regime republicano, foi eleito Deputado Estadual, Ocupando a vice-presidência da Câmara; Deputado Federal em três legislaturas, exercendo, com elevado critério e patriotismo, os cargos de chefe da Bancada Paulista e de líder da maioria; Senador Estadual, em três legislaturas, Vice-Presidente de São Paulo, em dois quatriênios e Presidente para preencher o quatriênio do Dr. Campos Sales, governou novamente o Estado, durante o impedimento do Dr. Albuquerque Lins. 

O coronel Fernando Prestes de Albuquerque, foi presidente de São Paulo entre 1898 e 1900.

Esse pedido de voto para o Coronel foi publicado no jornal O Commércio, de Itapetininga, em 21 de setembro de 1913.

A Itapetininga, terra de gloriosas tradições cívicas, coube, em seu exuberante passado de brasilidade, servir de berço a grandes mestres do civismo pátrio, dentre os quais se alteia a figura inconfundível do Cel. Fernando Prestes de Albuquerque.

Foi em uma de suas paragens, então denominada Espírito Santo da Boa Vista, que, aos 26 de junho de 1855, o futuro patriarca da grei bandeirante veio ao mundo, enriquecer, com a sua integérrima energia moral, o patrimônio cívico de sua florescente cidade natal, do glorioso Estado de São Paulo e da Nação brasileira.

Concluídos os primeiros estudos, em conceituados colégios do Lageado e de São Paulo, voltou às lides agrárias, enobrecedoras de tantos valores da humanidade e forjadoras da grandeza da pátria. Fixando-se na cidade, a Itapetininga que tanto engrandeceu, formou, desde logo, ao lado dos nossos maiores, lutando, com Joaquim Leonel, Matias Klein, Edmundo Trench e Joaquim Fogaça, pela libertação da escravatura.

Pouco depois, batia-se  pela extinção do regime monárquico, tendo encontrado campo propício ao seu espírito combativo no Clube Republicano, presidido por José Leme Brisola, e no Gabinete José de Alencar, futuro Clube Venâncio Aires, que congregava a elite social, cultural e cívica de Itapetininga. Proclamada a República, o Coronel Fernando Prestes fez parte do governo provisório local com o Dr. Coutinho, Xisto Brisola, Joaquim Fogaça e Major Fonseca, e da intendência que a sucedeu, com José Leme Brisola, José Rolim, Belmiro Amaral e Sivleira Garcia.

Em 1891, foi dos primeiros a se manifestar em oposição ao Presidente da República Marechal Deodoro da Fonseca, que vinha de golpear o regime recém estabelecido com a dissolução do Congresso Nacional.

Suas atitudes desassombradas, enérgicas, porém conscientes e patrióticas, levaram o seu nome a transpor os umbrais de Itapetininga, que já o elegera seu representante na Câmara Estadual. Encontrou-o lá a Revolta de 1893, porém, o seu caráter aguerrido levou-o a trocar as armas da paz pelas da luta, assumindo o comando da Zona Sul, de Itapetininga à Itararé.
Tão assinalados serviços prestou à defesa da legalidade, que, cumulando com as da Guarda Nacional, recebou do governo da República as honras de Coronel do Exército Brasileiro. De volta à Câmara Estadual, foi eleito seu vice-presidente, cargo que veio a renunciar para representar São Paulo no parlamento nacional em 1897. No ano seguinte, o seus concidadãos foram buscá-lo para assumir o governo do Estado, em quanto Campos Sales se candidatava à presidência da República.

Na notícia abaixo , o Coronel sendo eleito para a maçonaria: Como grande democrata que era, registra a história, queria revestir-se da serenindade necessária para governar com justiça e a coberto das paixões partidárias. Eis porque se afastou da Comissão Diretora do Partido Republicano Paulista enquanto durou o seu mandato. Nesses poucos anos em que manteve, em suas sempre honradas mãos, as rédeas do governo, em uma fase das mais delicadas da vida econômica do Estado, em que senão podia fazer um governo brilhante, mereceu os aplausos e a gratidão dos paulistas.

Como disse um comentarista na época: “” Se há mérito em governar bem em situações normais, o mérito é imensamente maior quando a situação é realmente difícil e espinhosa”.

A dois problemas capitais deu imprescindível solução. Conseguiu normalizar as finanças, sem paralisar as obras e melhoramentos públicos, e dispensou à higiene os cuidados necessários, principalmente no eficaz combate á peste bubônica, que ameaçava as populações de Santos e São Paulo, e a febre amarela, que grassava em Sorocaba. Ao deixar o governo, foi reeleito deputado federal, em duas legislaturas consecutivas, liderando a bancada paulista e depois a maioria.

Não se pode, nesta altura, omitir em lance emocionante de sua existência. Custodio José de Melo, julgando-se ofendido em sua honra, desafia Valois de Castro a bater-se em duelo. Ante à gravidade do incidente, antes que Valois decidisse entre os deveres de sacerdote e o brio da raça paulista, uma voz se agigantou. Era Fernando Prestes que, como líder da bancada, assumia a responsabilidade da ofensa, aceitando o desafio do Almirante. Custódio, porém, retirou a luva. Nunca admitiu qualquer desconsideração a São Paulo, repelindo sempre, com energia, as ofensas assacadas, ostensiva ou veladamente, á sua terra.

Homem de luta, era, entretanto, Fernando Prestes, bem o símbolo da lealdade. Nas questões internas do Partido, em geral, o seu caráter prudente e conciliador a tudo punha cobro. A sua austeridade impunha respeito aos adversários.

E, quando alguém, menos avisado, se excedia, a sua atitude ia até ao estremo. Contava-se que, líder da bancada na Câmara Federal, “provou ao sr.Varela que os bordados de um oficial não se ofendem impunemente.” Não tendo, no momento, a sua espada, cujos copos trazem as águias de muitas vitórias, fez de um tinteiro arma de guerra e, da cara do sr.Varela, alvo firme e bem seguro.”

A trajetória de sua longa existência, que alguém já disse ter sido das mais belas que já foram vividas neste mundo, está toda ela sulcada de gestos e atitudes nobres, sempre lembrados com respeito e comoção. Soube-se, após a sua morte, que se fez derrotar nas eleições de janeiro de 1906, a fim de não sacrificar um companheiro de chapa. È um dos exemplos de desprendimento, incomum, que freqüentemente se aponta aos sequiosos de posições.

Pouco depois, ao ser eleito senador estadual obteve, juntamente com Bernardino de Campos, a maior votação do Estado, que lhe assegurava um mandato de 9 anos. Porém, em 1908, já era eleito vice-presidente do Estado e, ao findar-se o quatriênio, veio a assumir o governo, precisamente no ardor da campanha civilista, em substituição a Albuquerque Lins, que concorria a vice-
presidência da República. Fervoroso adepto de Rui Barbosa, colocou-se, embora, acima das injunções partidárias, agindo com moderação, sem dar ouvidos a companheiros exaltados que pleiteavam a demissão de funcionários declaradamente Hermistas.

Nas duas vezes em que exerceu a suprema magistratura do estado, caracterizou-se a sua atuação pela absoluta ausência de arbitrariedades. Jamais foi responsabilizado, mesmo por adversários, por atos de violência.

Outra face de sua personalidade de escol foi o acentuado escrúpulo nas questões financeiras, a perfeita lisura com que se houve no trato dos dinheiros públicos, qualidade, aliás, inerente á sua reconhecida probidade. Terminado o mandato de vice presidente, retirou-se à sua fazenda em Itapetininga, a fim de retemperar-se dos exaustivos encargos e naturais abrolhos da vida político-administrativa.

No ano seguinte, 1913, entretanto, o voto consciente de seus concidadãos reconduziu-se ao senado estadual, ao mesmo tempo em que o Partido Republicano Paulista fazia-o retornar à sua comissão Diretora. Em 1922, no governo Washington Luiz, ocupou novamente a vice-presidência do Estado, eleito em substituição ao coronel Virgilio Rodrigues Alves.

Ao terminar esse mandato, em novo e belíssimo pleito, escolheu-o o povo para ocupar, mais uma vez, esse cargo, agora em companhia do presidente Carlos de Campos. Foram empossados em maio de 1924. Ao governo que se iniciara, há alguns meses apenas, se opuseram militares e outros revolucionários, que, sublevando a ordem publica, atacaram o palácio dos Campos Elísios.

Isolado o Presidente pelos revoltosos, Fernando Prestes não vacilou em assumir a defesa da legalidade, sediando-a em Itapetininga. Imediatamente recebeu apoio das cidades vizinhas e de homens públicos, entre os quais Washington Luiz e Ataliba Leonel, que constituíram, com Fernando e Julio Prestes, a grande resistência da luta. Ia, em meio a revolução, quando, certo dia, chamado ao telefone, Fernando Prestes foi surpreendido com um convite do general Isidoro Lopes para, sob a garantia dos rebeldes, assumir a Presidência do Estado. A sua resposta foi imediata, simples e enérgica: “Receberia a presidência transmitida espontaneamente pelo dr. Carlos de Campos; de uma junta revolucionária nunca!”

Os batalhões patrióticos, que organizaram e comandaram pessoalmente, após duríssimos embates, conseguiram assegurar a vitória governamental, possibilitando o restabelecimento da tranqüilidade na vida administrativa de São Paulo. Antes de se findar o quatriênio, Carlos de Campos foi, tão prematuramente, arrebatado ao convívio dos compatriotas e ao governo de sua terra.

Fernando Prestes, já idoso e com a saúde combalida, excusou-se de assumir a Presidência, renunciando ao seu cargo e retirando-se para Itapetininga. Foi quando, como que impossibilitado de se conformar com o inevitável dos acontecimentos, o povo paulista chamou Júlio Prestes para o seu governo, entregando as excelsas qualidades do filho que a benemerência do pai tanto auxiliou a construir. Durante os longos anos em que empregou a sua energia e civismo de bandeirante ao serviço da Pátria, jamais olvidou os companheiros da cidade natal, nos quais sempre encontrou, também, a maior dedicação, pois nele depositavam incomensurável confiança, rara admiração e grande respeito. Jamais descuidou dos deveres de chefe de partido, ou melhor, diríamos, de chefe da família itapetiningana, que se orgulhava e ainda se orgulha hoje, de ter uma bandeira com o nome impoluto de Fernando Prestes de
Albuquerque.

Aquela figura, ao mesmo tempo austera e afável, era o ídolo de sua gente. A acessibilidade era um dos traços de seu caráter e de suas atitudes, que guardamos com especial carinho. Quantas vezes, ele deixou, por momentos, a companhia de influentes políticos, para ir abraçar, do outro lado da rua, um rústico caboclo ou um velho preto, que não tinha pejo em conservar como amigos.

O que mais se lhe admirava, diz Cândido Mota Filho, era a coragem cívica e a bravura pessoal.

Na verdade, em todas as passagens de sua vida, em que se puseram á prova as suas qualidades, avultaram exemplos de civismo e destemor. Sobrevindo a revolução de 1930, afastou-se definitivamente das lides políticas.

Entretanto, não o conseguiu fazer das atividades públicas, pois o seu experimentado tino de administrador fez com que amigos ainda o retivessem na direção de importantes empresas. Exerceu, assim, com grande proficiência, os cargos de diretor do Banco Noroeste do Estado de São Paulo e da Companhia. Mogiana de Estradas de Ferro.

Faleceu na madrugada de 25 de outubro de 1937 em São Paulo, aos 82 anos.

Toda a população itapetiningana orgulha-se desse chefe republicano, pois sua vida foi a expressão inconfundível de brasilidade, de amor à causa pública e à democracia.

O seu sepultamento no Cemitério do Santíssimo Sacramento em Itapetininga no dia 26 de outubro de 1937, constituiu autêntica consagração popular.

Em meio à torrencial chuva que caia, era comovedor ver-se a multidão que ansiava por prestar-lhe as últimas homenagens.

 

Fonte: Livrinho da Câmara Municipal de Itapetininga: Fernando Prestes de Mauro de Mello Leonel

Veja também em https://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_Prestes_de_Albuquerque

 

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