THOMÉ RODRIGUES NOGUEIRA DO Ó - OUTRAS INFORMAÇÕES
Capitão mór. provedor dos quintos, fundador de Baependi-MG.
Tomé Rodrigues Nogueira do Ó é o "ilhéu" em cuja casa o Conde de Assumar foi recebido "com magnificência", lá pernoitando, como consta do diário da viagem do conde, transcrito no apêndice.
(jbcultura - cláudio fortes)
Filho de antônio Nogueira e Francisca fernandes do vale.
Neto paterno de Manoel lopes nogueira e de dona sebastiana osório.
Neto materno de Manoel rodrigues e de dona maria fernandes.
Bisneto paterno de João manoel e de dona maria góes. bisneto de antonio rodrigues e de dona bárbara fernandes.
Terceiro neto de Pedro rodrigues e de dona Margarida Gonçalves
Deixou testamento com data de 3 de outubro de 1741 e neste mesmo ano foi inventariado. em seu livro “história de minas e memórias de nogueira da gama”, pedro calmon cita a respeito de thomé nogueira do Ó que o capitão josé de sousa Gonçalves, português de viseu, com 78 anos, em processo de genere disse:
"era pessoa esclarecida muito de bem e de muita honra e respeito, sendo por isso que todos lhe queriam geralmente e altamente o estimavam e amavam por ser também ele conhecido por bom".
Segundo Pedro Calmon, na obra referida acima, foi nomeado pelo conde de assumar - em 30 de abril de 1718 - provedor dos qus do distrito do caminho velho até a mantiqueira.
Ainda segundo pedro calmon foi nomeado provedor da real fazenda no registro do rio de Baependi, hoje da mantiqueira.
Para José Guimarães, em 4 de fevereiro de 1711, em são joão del rey apresentou, para quintar, 52 oitavas e meia de ouro. no período de 1717 a 1721, foi nomeado sargento-mor e, logo em seguida, provedor dos qus. conforme documentação guardada no arquivo público mineiro, fez os lançamentos de dízimos do distrito do caminho velho relativos aos anos de 1718 e 1719.
Para pedro calmon, em seu livro “história de minas e memórias de nogueira da gama”, nogueira do Ó veio para o brasil quando começava a arrancada de paulistas e forasteiros para as serras do cataguazes.
Fixou-se em Taubaté, de que se lembrou em seu testamento de 1741, pedindo que lhe rezassem missas no convento de franciscanos da localidade. passou à região de guaratinguetá, onde aliou-se a bandeirantes e contraiu matrimônio com maria leme do prado, filha de Antonio da rocha leme e neta de pedro leme da silva, tio dos famigerados irmãos leme.
Fato histórico: em 1710 foi defender parati, como certificou, a 1º de novembro, o capitão francisco de seixas: “o mestre de campo do terço de infantaria do rio de janeiro, gregório de castro moraes o despachara para organizar a resistência a seis naus francesas que se tinham aproximado da barra e acabaram arribando à ilha grande”. de guaratinguetá partiu “o capitão tomé rodrigues nogueira com 27 homens de sua companhia e sete escravos todos armados e chegou aqui aos 12 de setembro e saiu a 1o. de novembro do dito ano por terem saído já estes inimigos destas costas”.
Foi por isso eleito pelos oficiais da câmara de guaratinguetá capitão da ordenação do distrito da piedade, em janeiro de 1711. iludindo o governador francisco de castro moraes, que os esperava por mar, os franceses desembarcaram em mangaratiba e por terra atacaram a cidade, o que foi pior para eles: os que escaparam do combate capitularam no trapiche da rua direita.
Para josé guimarães, em seu trabalho “o fundador de baependi”, thomé rodrigues nogueira do Ó, em 13 de janeiro de 1711, recebeu a patente do posto de capitão de infantaria, da ordenança do distrito da piedade, em que tinha sido eleito pelos oficiais da câmara da vila de guaratinguetá. seguiu para baependi, em 1715, localizando-se no engenho, quando, então foi nomeado sargento-mor e provedor dos qus.
Promovido a sargento-mor, foi tomé rodrigues nogueira nomeado pelo conde de assumar - em 30 de abril de 1718 - provedor dos qus do distrito do caminho velho até a mantiqueira. em 19 de janeiro de 1736 foi designado, pela primeira vez, com seu nome inteiro, guarda-mor de baependi. segundo pedro calmon, no livro citado acima, foi eleito, pelos oficiais da câmara de guaratinguetá, capitão da ordenação do distrito de piedade, em janeiro de 1711.
Em 1710 era morador no caminho velho. em busca do ouro: atraído pelas notícias das descobertas de ouro nas gerais, partiu com as bandeiras, que, vindas de são paulo, seguiam pelo caminho do vale do rio paraíba, em demanda àquelas regiões, passando por taubaté, atravessando a serra da mantiqueira e atingindo as nascentes dos grandes rios, grande, sapucaí e seus afluentes. onde começava a surgir uma pequena povoação de mineradores às margens do rio Baependí, aquele casal passou a morar num lugar denominado engenho, onde construiu uma grande casa e onde nasceram seus nove filhos, os quais vieram a constituir uma das maiores famílias brasileiras.
Faleceu em Baependí - MG, onde morava e onde construiu a primeira capela em homenagem à Nossa Senhora do Mont Serrat e cuja imagem foi por ele trazida de Portugal, sendo considerado o fundador daquela cidade.
(a grande família - jbcultura – cláudio fortes)
Ainda para josé guimarães, em 1715, quando morava em sua roça de baependi, foi lançado para o imposto de captação por possuir 5 escravos.
Casado, por volta de 1710, com dona Maria Leme do Prado, nascida entre 1690 e 1704, em lorena, são paulo. falecida em 11 de setembro de 1756, em baependi, minas gerais. filha de antônio da rocha leme e de dona antônia do prado leme, ou de quevedo. neta paterna de cornélio da rocha e de dona maria leme bicudo. j. nogueira itagiba disse, em "trechos de vida", ser: "maria leme do prado, tetraneta de martim lems, de importante família flamenga do condado de flandres. importunados pelas guerras que envolviam o condado, hespanha e hollanda, os filhos de martim lems, imigraram para portugal e dalli para a ilha da madeira, onde se tornaram fidalgos, pelos relavantes serviços prestados ao reino de d. affonso v. o nome de lems foi transformado em leme e lemos"(a grande família - jbcultura – cláudio fortes)
Tiveram:
1. Joana nogueira do prado leme
2. Maria nogueira do prado, falecida em 1755. deixou testamento em baependi. casada com luis pereira dias, natural da ilha terceira. com geração.
3. Ângela isabel nogueira do prado, falecida em 1831 na vila de são carlos, casada, em 1787, com domingos teixeira villela, capitão de baependi, natural de chaves. com geração.
4. Ana de jesus nogueira, casada com antonio de sousa ferreira, que deixou testamento com data de 1791, no sul de minas. com geração.
5. Maria de nazaré prado, nascida em baependi. também se assinava maria nogueira do prado. casada, em 1ª núpcias, em 4 de julho de 1751, em carrancas, minas gerais, com joão Álvares sobreira, natural e batizado na freguesia de são pedro sobreira, bispado do porto, filho de joão Álvares e de dona ana antonia (livro 2 de matrimônios, fls. 2) com geração. casada, em 2ª núpcias, em 1 de abril de 1758, em são joão del rei, com josé rodrigues da fonseca, ou affonseca, nascido em baependi, residente em campanha do rio verde, filho do tenente josé rodrigues de afonseca e de dona ana de madureira. com geração.
6. Clara maria nogueira, falecida em 26 de abril de 1757, em baependi. casada em 1 de novembro de 1752, em baependi, com mateus fernandes da silva, natural de são julião, filho de domingos fernandes e de senhorinha joão.
7. Maria angélica nogueira, falecida em 11 de setembro de 1795, em baependi. deixou testamento em baependi. casada em 13 de julho de 1756, com manoel rabelo leite, nascido em andrelândia e falecido em 10 de dezembro de 1783, em aiuruoca. sem geração.
8. Antonia maria de jesus do prado, casada, em 1759, em baependi, com caetano josé de miranda, filho de dona helena antunes do prado.
9. Nicolau antonio nogueira, patriarca da família nogueira da gama. nascido em 1737.
Falecido em 11 de setembro de 1792. alferes das ordenanças da vila de são joão del rey. serviu os nobres cargos da câmara de são joão del rey.
Em 1771 era escrivão da ouvidoria geral. tocava vários instrumentos e era instruído nas artes liberais. casado, em são joão del rey, com dona anna josefa da gama, matriarca da família nogueira da gama, filha do capitão manoel gomes villas boas, e de dona ignácia quitéria da gama. com geração.