AFRANIO MELLO (Itapetininga/SP) |
Afrânio Mello respondeu:
Melo, Mello, sobrenome de origem portuguesa. Deriva este nome de uma alcunha e a família que o adotou por apelido é da mais remota e nobre ascendência.
Deriva ela, com efeito, de Dom Soeiro Reimondes, o Merlo - ou «melro» -, (contemporâneo dos reis Dom Afonso III e Dom Dinis) que era o chefe de linhagem dos «de Riba de Vizela» e, por esta via, da dos «da Maia».
Vindo para o Sul, fundou na Beira a vila de Merlo, depois Melo, sendo dela senhor, bem como de Gouveia.
Do seu casamento com Dona Urraca Viegas, filha de Dom Egas Gomes Barroso e de sua mulher Dona Urraca Vasques de Ambia, teve descendência na qual se fixaria o nome Melo.
Mantem-se, na atualidade, o uso por parte de várias famílias, da grafia Mello. Na impossibilidade de saber com exatidão quem assim assina ou está registado e também por uma questão de uniformidade de critérios, adotamos aqui a grafia moderna, isto é., Melo.
Do latim merulu, melro, através da suposta forma merlo, que com assimilação do r ao l deu Mello, simplificada para Mello. Cortesão acha pouco plausível que tenha origem em Mello, lugar de Jerusalém ao pé do monte Sião, citado no Livro dos Reis, II. (Antenor Nascentes, II, 197). Procede esta família de D. Pedro Fornaris, contemporâneo do conde D. Henrique de Borgonha (pai do 1.º rei de Portugal). O solar desta família é a vila de Melo, na província da Beira. Dela descendem os duques de Cadaval e outros titulares. Pedro Fornaris teve assento na Vila de Guimarães, distrito de Braga, e dela tomou o apelido de Guimarães, bem como os seus descendentes. Mais tarde, seu descendente Mem Soares Guimarães, ao comprar o senhorio da vila de Melo (a 4 léguas da cidade de Guarda), de Gonçalo de Sá - começou a usar o sobrenome Melo. Também usaram os desta família o apelido Riba de Visela, porque moraram junto a este rio, o qual corre por trás da terra de Santa Catarina (Antenor Nascentes, II, 64). Ilha da São Miguel: sobre a história desta família e sua passagem pela Ilha de São Miguel, escreveu no ano de 1717, o padre Antonio Cordeiro, em sua História Insulana das Ilhas a Portugal Sugeytas, Livro V - Da fatal Ilha de S. Miguel, Capítulo XVII - De alguns homens famosos, & familias que vieram povoar a Ilha de São Miguel; Título I - Dos Velhos, Cabraes, Mellos, & Travassos, Soares de Albergaria, & Souzas [Antonio Cordeiro - História Insulana, Livro V, Ilha de São Miguel]. Ilha Terceira: sobre a história desta família e sua passagem pela Ilha Terceira, escreveu no ano de 1717, o padre Antonio Cordeiro, em suaHistória Insulana das Ilhas a Portugal Sugeytas, Livro VI - Da Real Ilha Terceira, Cabeça das Terceiras, Capítulo XX - Dos Borges, Costas, Abarcas, Pachecos, & Limas, Velhos, & Mellos, & de outros, Homens Costas [Antonio Cordeiro - História Insulana, Livro VI, Ilha Terceira]. Ilha da Graciosa: sobre a história desta família e sua passagem pela Ilha Graciosa, escreveu no ano de 1717, o padre Antonio Cordeiro, em sua História Insulana das Ilhas a Portugal Sugeytas, Livro VII - Das Ilhas de S. Jorge, e Graciosa, Capítulo IX - Dos outros Capitães Donatarios da Graciosa, & dos Ferreyras, & Mellos que da Graciosa passaram à Terceyra, & de seus Regios troncos, & Ascendentes[Antonio Cordeiro - História Insulana, Livro VII, Ilha da Graciosa]. Brasil: No Rio de Janeiro, entre as mais antigas, a de Belchior de Melo, que deixou geração, do seu cas. no Rio, em 1618, com Antônia de Noronha; e de Antônio de Melo Coelho, que deixou geração, do seu cas. no Rio, em 1618, com Luzia Froes, fal. no Rio, em 1658 (Rheingantz, II, 581). Rheingantz registra mais 13 famílias com este sobrenome, nos sécs. XVI e XVII, que deixaram numerosa descendência no Rio de Janeiro. Em Minas Gerais, entre outras, estabelecida em Pilar de Ouro Preto, registra-se a de Antônio José de Melo, nat. de Lisboa, que deixou geração, em Pilar, de seu cas., c.1755, com Joana Felizarda da Silva, do Rio de Janeiro. Em Pernambuco, entre as mais antigas, a de Cristóvão de Mello, que deixou geração de seu cas., c.1536, com Felipa de Mello (Borges da Fonseca, I, 9). No Acre, cabe registrar o pernambucano Manoel Nicolau de Mello, listado entre os primeiros povoadores do Vale do Purus, em 1852, que se estabeleceu nas margens do lago «Ayapuá» (Castelo Branco, Acreania, 159). Importante família da Bahia, procedente de José Francisco de Melo, que deixou geração do seu cas., c.1835, com Maria Rosa Moreira da Silva. Entre os descendentes do casal, cabe registrar: o filho, almirante Custódio José de Mello [09.06.1840, BA - 15.03.1902, RJ]. Praça de Aspirante na Academia de Marinha [1857]. Cristãos-Novos: Sobrenome também adotado por judeus, desde o batismo forçado à religião Cristã, a partir de 1497. Família de origem judaico-sefardita, expulsa da Península Ibérica, em fins do século XV, migrada para o Marrocos, norte da África, de onde passou, no século XIX, para a Amazônia [Brasil] (Abrahyam Ramiro Bentes, 159). Nobreza Titular: Antônio Cândido Melo, por Decreto de 16.05.1888, foi agraciado com o título de barão de Toropí. Heráldica: I - um escudo em campo de ouro, com seis bilhetas deitadas, de vermelho, cada uma carragada de um besante de prata (Armando de Mattos - Brasonário de Portugal, II, 27).; II - um escudo em campo de ouro, fretado de corrêas de vermelho, repassadas umas por outras de seis peças, três em banda e outras três em contrabanda. Timbre: dois braços armados de prata, com as mãos abertas e as palmas para frente, atados pelos pulsos com uma correia vermelha. Foram passadas outras Armas, para os ramos Corrêa Aguiar, Corrêa Barahem e os Corrêas de Belas. Século XVI: I - Antônio Correia Baharem, fidalgo da casa real. Filho de Jorge Correia, neto de Pedro Correia, bisneto de Gonçalo Correia. Brasão de Armas datado de 23.04.1544. Registrado na chancelaria de D. João III, Livro XLI, fl. 15: um escudo esquartelado, no 1º e no 4º quartéis, as armas da família Correia: em campo vermelho, uma águia de preto, armada de prata, estendida, tendo nos peitos um escudo de ouro fretado de vermelho de grossas coticas; e no 2º e no 3º quartéis, as armas da família Melo (v.s.). Elmo:de prata, aberto, guarnecido de ouro. Paquife de ouro e vermelho. Timbre: a mesma águia do escudo com uma correia no bico. Diferença: uma flor-de-lis de prata. [Sanches de Baena, Archivo Heraldico, I, 1]. Século XVII: Antônio Fernandes de Mello - Carta de Brasão de 02.05.1681 - um escudo com as armas da família Melo, descritas acima. Diferença: um trifólio de ouro. Século XVIII: I - Antonio Borges da Silva do Couto - citado acima. Carta de Brasão de Armas, passada a 20.11.1724, registrada no Livro VII do registro dos Brasões da Nobreza de Portugal, fls. 331: um escudo esquartelado: no 1º quartel, as armas da família Souza de Arronches, que são, escudo esquartelado, no 1º e 4º quartéis, as armas do reino de Portugal, com um filete preto; e no 2º e 3º quartéis, em campo vermelho, quatro crescentes de lua de prata; no 2º quartel, as armas da família Corte Real, que são, em campo vermelho, seis costas de prata em duas palas firmadas no escudo, com um chefe de prata com uma cruz chã; no 3º quartel, as armas da família Silva, que são, em campo de prata, um leão rompante vermelho, armado de azul; e no 4º quartel, as armas da família Melo, que são, em campo vermelho, seis besantes de prata entre uma cruz doble de ouro. Elmo:de prata, aberto, guarnecido de ouro. Paquife: dos metais e cores das armas. Timbre: o dos Souza, que é um castelo de ouro. Diferença: uma brica de ouro, com uma merleta preta. Século XIX: I - Alexandrino Antônio de Melo, barão do Cercal. Brasão de Armas datado de 23.08.1853: um escudo partido em pala, na primeira as armas da família Melo, e na segunda, as armas da família Pereira [Sanches de Baena, Archivo Heraldico, I, 10]. Brasil-Heráldico - Século XVIII: I - Alexandre Teotônio de Sousa e Melo, sargento-mor do segundo regimento da guarnição da cidade da Bahia (Salvador). Brasão de Armas datado de 21.01.1790: um escudo partido em pala, na primeira, as armas da família Souza, e na segunda, as armas da família Melo [Sanches de Baena, Archivo Heraldico, I, 10]. Armas As armas dos Melos derivam das dos «de Riba de Vizela» e são: de vermelho, uma cruz dupla ou dobre cruz de ouro, acompanhada de seis besantes de prata; bordadura de ouro. Timbre: uma águia estendida de negro, besantada de prata. Acima o modelo original e abaixo o modelo estilizado. a his�g i ��n��dmília e sua passagem pela Ilha Graciosa, escreveu no ano de 1717, o padre Antonio Cordeiro, em sua História Insulana das Ilhas a Portugal Sugeytas, Livro VII - Das Ilhas de S. Jorge, e Graciosa, Capítulo IX - Dos outros Capitães Donatarios da Graciosa, & dos Ferreyras, & Mellos que da Graciosa passaram à Terceyra, & de seus Regios troncos, & Ascendentes[Antonio Cordeiro - História Insulana, Livro VII, Ilha da Graciosa].
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