GENEALOGIA - JOSÉ LUIZ NOGUEIRA 
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CARVALHO
CARVALHO

Carvalho, sobrenome de origem portuguesa.  Apelido de raízes toponímicas, foi extraído da vila da mesma designação, na diocese de Coimbra, e adotado por Gomes de Carvalho, que viveu em meados do séc. XIII, e que foi pai de Fernão Gomes de Carvalho.

Usava este último por armas em inícios do séc. XIV um escudo carregado por uma caderna de crescentes.

No séc. XVI, de acordo com o Livro do Armeiro-Mor e o "da Nobreza e Perfeição das Armas", usavam as armas que aqui se descrevem.

A origem geográfica, foi tomada ao antigo morgado de Carvalho, em terras de Coimbra, Portugal. De carvalho, do latim quercus - árvore, planta (Anuário Genealógico Latino, IV, 19). A antigüidade desta família pode ser constatada em uma doação feita ao mosteiro de Lorvão em 1131, assinada por Pelagius Carvalis, senhor de toda a terra em que hoje está o morgado de Carvalho, instituído por seu neto D. Bartolomeu Domingues. Deste morgado foi administrador Sebastião José de Carvalho e Melo, primeiro marquês de Pombal, por eleição do Senado da cidade de Coimbra (Antenor Nascentes, II, 66; Anuário Genealógico Latino, I, 25; SB, II, 43).

Portugal: Felgueiras Gayo, principia esta genealogia no citado Pelagius Carvalis [ou Payo de Carvalho], que foi o primeiro com este sobrenome, Fidalgo ilustre do tempo de Dom Afonso Henriques, rei de Portugal em 1128, com quem confirmou o foral da Vila de Cea em 1136. Filho de Moninho Moniz, Padroeiro do Mosteiro de Arnoia, neto de D. Garcia Moniz, Padroeiro de Travanca, bisneto de D. Moninho Viegas e terceiro neto de D. Gonçalo Moniz, Gov. d’Entre Douro e Minho (Gayo, Carvalhos, Tomo IX, Título, 80). Ilha da Madeira: o genealogista Henrique Henriques de Noronha , em sua importante obra Nobiliário Genealógico das Famílias da Ilha da Madeira, composta em 1700, dedicou-se ao estudo desta família [Henriques de Noronha - Nobiliário da Ilha da Madeira, Tomo II, 218, 223, 227]. 

Brasil: Numerosas foram as famílias, que passaram com este sobrenome para diversas partes do Brasil, em várias ocasiões. Não se pode considerar que todos os Carvalhos existentes no Brasil, mesmo procedentes de Portugal, sejam parentes, porque são inúmeras as famílias que adotaram este sobrenome pela simples razão de ser de origem geográfica, ou seja, tirado do lugar de Carvalho. O mesmo se aplica no campo da heráldica. Jamais se pode considerar que uma Carta de Brasão de Armas de um antigo Carvalho, se estenda a todos aqueles que apresentam este mesmo sobrenome, porque não possuem a mesma origem. No Rio de Janeiro, entre as mais antigas, encontra-se a família de Francisco de Carvalho[c.1590 - ?], filho de João de Carvalho [de Lisboa], que deixou descendência, a partir de 1622, com Maria Gracia (Rheingantz, I, 315). Rheingantz registra mais 39 famílias com este sobrenome, nos sécs. XVI e XVII, que deixaram numerosa descendência no Rio de Janeiro. No Acre, cabe registrar Antônio Escolástico de Carvalho, listado entre os primeiros povoadores nas margens do rio Acre, por volta de 1878. Em 1882, estava estabelecido em Antimari (Castelo Branco, Acreania, 183). No Maranhão, entre outras, registra-se a família de Antônio de Carvalho Pinto e Souza, natural de Portugal, filho de Manuel de Souza Corrêa e de Felipa Maria Osório. Deixou numerosa descendência do seu cas., no Maranhão, com Lourença Maria Cantanhede, filha de José Cantanhede e de Francisca Teresa de Abreu - da importante família Cantanhede (v.s.), do Maranhão. Entre os descendentes do casal, registra-se:

I - o filho, Francisco Joaquim de Carvalho, patriarca da família Galvão de Carvalho (v.s.), do Maranhão;

II - o filho, Tenente Raimundo Alexandre de Carvalho, patriarca de um dos ramos da família Baima de Carvalho (v.s.), do Maranhão;

III - o filho, Major Antônio Lourenço de Carvalho, patriarca de um dos ramos da família Baima de Carvalho (v.s.), do Maranhão; IV - a filha, Ana Rosa de Carvalho, que foi patriarca da importante família Leal (v.s.) e Carvalho Leal (v.s.), do Maranhão; V - a filha, Inês Raimunda de Carvalho, que por seu casamento foi a matriarca da família Carvalho Leal (v.s.), do Maranhão;

VI - a filha, Maria Rosa de Carvalho, que por seu casamento tornou-se a matriarca da família Carvalho Reis (v.s.), do Maranhão; VI - o neto, Dr. Ricardo Ernesto Ferreira de Carvalho, natural do Maranhão. Dedicou-se à Agricultura, chegando a realizar estudos, nesta área, na Europa, onde cursou os institutos de agronomia de Grignon, de Gembloux e de Lezardeau.

Em PILAR DO SUL-SP encontramos descendentes da família Carvalho que foram inseridos no livro GENEALOGIA DE UMA CIDADE 

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