Albuquerque, sobrenome de origem portuguesa que é um ramo da família de Menezes e esteve ligada, desde a sua origem, às casas reais de Castela e de Portugal, bem como a todas as grandes famílias da Península Ibérica.
Dom Afonso Teles de Menezes, 2º senhor de Menezes e Medelim foi o primeiro povoador de Albuquerque, vila de quem também teve o senhorio.
Casou duas vezes: a primeira com Dona Elvira Girão, tendo a sua descendência usado o sobrenome de Girão. Casou a segunda vez com Dona Teresa Sanches, filha bastarda de Dom Sancho I, e deste casal foi filho Dom João Afonso de Menezes, que sucedeu nos senhorios de seu pai e foi rico-homem e alferes-mór de Dom Afonso III de Portugal, de quem era, aliás, primo co-irmão.
De Dom João Afonso foi filho, entre outros que continuaram o sobrenome de Menezes, Dom Rodrigo Anes Telo de Menezes que foi 3º senhor de Albuquerque.
Sobrenome de origem geográfica. Vila de Portugal.
Do lat. alba quercus, carvalho branco.
Cidade da Espanha, berço da família Albuquerque.
Povoação de Mato Grosso, assim chamada em homenagem ao governador D. Luís de Albuquerque Melo Pereira e Cárceres (Antenor Nascentes, Dic., II, 8).
Da família dos Menezes se originou a dos Albuquerques, considerada uma das mais antigas e distintas de Portugal, porque, segundo os estudos dos grandes linhagistas, comprovadamente proveio, junto a outras tão ilustres, das Casas Reais de Castela e de Portugal.
Descendem do Rei D. Dinis de Portugal, nascido em Lisboa a 9 de Outubro de 1261, e falecido, em Santarém, em 1325. Seu filho, D. Afonso Sanches, foi pelo seu casamento com D. Tereza Martins de Menezes, conde de Albuquerque e Senhor da Vila do Conde, onde fundou o Convento das Freiras de Santa Clara. Um filho deste casal, D. João Affonso de Albuquerque, foi conde de Albuquerque e Senhor de Albuquerque e de Medelhim. Perpetuou em si, e em seus descendentes, o nome Albuquerque - um dos seus senhorios - como forma de nome de família. D. Teresa Martins de Menezes, foi filha de D. João Afonso Tello de Menezes, 4º Senhor da Vila de Albuquerque, e conde de Barcelos, por Carta de 8 de Maio de 1298, e de D. Teresa Sanches (filha bastarda do Rei D. Sancho de Castela).
D. João Afonso foi, por sua vez, filho de D. Rodrigo Annes de Menezes, 3º Senhor da Vila de Albuquerque, que foi filho de D. João Telles de Menezes, Rico Homem e 2ª Senhor de Albuquerque e, finalmente, filho, este último, de D. Affonso Telles de Menezes, Senhor de Valhadolid, Monte Alegre, Medelim, da Vila de Menezes, e das terras de Albuquerque, na Estremadura (Espanha), das quais foi o primeiro povoador. Faleceu no ano de 1230.
Há outras famílias com o sobrenome Albuquerque que devemos considerar distintas, ou por terem geração diferente, ou por não estar provada a sua ligação com o ramo principal. Nos Açores, na ilha de S. Miguel, existiu um indivíduo deste sobrenome, a quem, já no séc. XX, foi concedido o título de conde de Albuquerque; segundo Braamcamp Freire, nem remotamente pertencia à família dos antigos Albuquerque. Os Mousinhos de Albuquerque, outro ramo, entroncavam-se em D. João Afonso, o Ataúde, através de uma genealogia cuja falsidade parece demonstrada definitivamente.
Os Albuquerque da Beira, família aliás, de grande relevo social, também não conseguiram até hoje demonstrar a forma por que pretendem entroncar nos senhores de Albuquerque.
O sobrenome espalhou-se por todo o Portugal, chegando à Índia, e, como aconteceu com todos os nomes das grandes casas, foi adotado, já em época moderna, por servidores ou afilhados. Outras vezes, deve ter sido tomado arbitrariamente; por exemplo, conhece-se o caso de um indivíduo filho de pai incógnito, segundo a sua certidão de óbito, que nasceu em Viseu, viveu em Lisboa e morreu no Porto, cuja mãe se chamava Maria Paes, usou os apelidos de Paes de Albuquerque (Verbo, I, 908; e Gayo, Albuquerque, Tomo II, § 1).
Os Albuquerques passaram à Ilha da Gracioza no 2º quartel do século XIX, na pessoa de Antônio Maria de Albuquerque do Couto e Brito, que aí constituiu família, a qual mais tarde se ramificou na Ilha Terceira (EAS, Nob., I, 77). Brasil: Numerosas foram as famílias, que passaram com este sobrenome para diversas partes do Brasil, em várias ocasiões.
Não se pode considerar que todos os Albuquerques existentes no Brasil, mesmo procedentes de Portugal, sejam parentes, porque são inúmeras as famílias que adotaram este sobrenome pela simples razão de ser de origem geográfica, ou seja, tirado do lugar de Albuquerque.
A mais antiga família Albuquerque estabelecida no Brasil, teve origem em Pernambuco. Duarte Coelho Pereira, 1º Capitão Donatário da Capitania de Pernambuco, chegou ao Brasil em 1535, com sua esposa, D. Brites de Albuquerque (c.1517-1584), e foram patriarcas de um dos ramos da família Coelho de Albuquerque (v.s.). D. Brites, era sobrinha de Jorge de Albuquerque, herói da tomada de Malaca; e filha de Lopo de Albuquerque, chamado «O Bode», conforme vai descrito no título Coelho de Albuquerque. Em sua companhia trouxe seu cunhado Jerônimo de Albuquerque - detalhes abaixo - que deixou “vastíssima” descendência por toda a região norte do país, espalhando-se, posteriormente, por quase todo o Brasil. Logo nos primeiros combates com os índios, perdeu um olho devido a uma frechada. Governou a Capitania, como locotenente, na ausência do sobrinho, Jorge Coelho de Albuquerque. Prestou grandes serviços a Pernambuco na pacificação do gentio. Em vista da larga descendência que deixou na região norte do país, foi cognominado de “Adão Pernambucano”, em alusão a Adão, o que povoou o mundo. De suas inúmeras mulheres deixou cerca de 35 filhos, 125 netos e 220 bisnetos. Indubitavelmente a maior família brasileira.
Não houve, naquele tempo, em São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, outra família que alcançasse tal progressão. Dificilmente, as famílias de mais de 100 anos, em Pernambuco, deixarão de ter “uma gota de sangue dos Albuquerque”.
Teve como esposa, por ordem da Corte portuguesa [sic], a fidalga D. Felipa de Mello, com quem cas. em 1562 - deste casamento descendem os Albuquerque e Mello (v.s.), do nordeste brasileiro. Jerônimo e Brites de Albuquerque, conforme já foi dito, eram filhos de Lopo de Albuquerque, o Bode, e de Ana de Bulhões; e por via do pai, eram quintos netos de D. Fernando Afonso de Albuquerque, Mestre da Ordem de Santiago (Braancamp Freire, Sintra, 212a), Infante [1344], Alcaide-Mor da Guarda [1373], Embaixador do Rei D. João I à Inglaterra e pessoa de grande autoridade (D. Antônio Caetano de Souza - Casa Real, I, 151); e sétimos netos do citado D. Afonso Sanches, conde de Albuquerque, patriarca desta família Albuquerque, conforme se disse no principio deste verbete, e filho do Rei D. Diniz [1261-1325] (D. Antônio Caetano de Souza - Casa Real, I, 148).
Para Minas Gerais, originária das ilhas portuguesas, registra-se a família de José Medeiros de Albuquerque, natural da Ilha Terceira, que veio, em 1761, para Minas Gerais (de onde viera) com sua mulher Mariana Rosa Narcisa, seus sogros João José de Oliveira e Inez Mesquita e 3 filhos: Antônio, José e Maria. Vieram para juntar-se com seu tio João Furtado Leite (Raimundo Belo - Emigração Açoriana para o Brasil). Linha Indígena: Conta-se que Jerônimo de Albuquerque [1514, Portugal - 22.02.1694, à rua de Todos os Santos, em Olinda, PE], cunhado do 1.º Donatário de Pernambuco, ficando prisioneiro dos Tabajaras, esteve prestes a ser devorado quando foi salvo pela filha do régulo Arcoverde, que por ele se apaixonou. Batizou-se logo esta «índia Muira-Ubi» (Arcoverde), no dia de Pentecostes, recebendo, por isso, o nome cristão de Maria do Espírito Santo. Desta união nasceram oito filhos, de quem também descendem, entre outros, os Arcoverde (v.s.), os Albuquerque Lins, os Albuquerque Maranhão, e os Cavalcanti de Albuquerque.
Linha natural: Ainda, o mesmo Jerônimo de Albuquerque, o «Adão Pernambucano», teve, com uma mulher de nome Apolônia, uma filha e, com uma escrava, outra filha. Além disso, com outras mulheres, teve mais onze filhos. Linha Africana: Ainda, o mesmo Jerônimo de Albuquerque, o «Adão Pernambucano», teve com outra escrava, africana, mais duas filhas. Cristãos Novos: Sobrenome também adotado por judeus, desde o batismo forçado à religião Cristã, a partir de 1497. Na Bahia: Diogo d’Albuquerque [Cristão-Novo], morador em Salvador, antes de 1618, casado, meirinho (Wolff, I, 8).
Ramificações: Na descendência do grande e afamado Jerônimo de Albuquerque, o povoador do nordeste brasileiro, há uma enormidade de troncos genealógicos, sobre a qual, nenhuma outra conseguiu fazer sombra. Entre os seus descendentes: Albuquerque Barros, Albuquerque Barros Bastos, Albuquerque Barretto, Albuquerque Câmara, Albuquerque Cavalcanti, Albuquerque Coelho, Albuquerque Coimbra, Albuquerque Diniz, Albuquerque Dinoá, Albuquerque Figueiredo, Albuquerque Lacerda, Albuquerque Lins, Albuquerque Maranhão, Albuquerque Mello, Albuquerque Mello Mattos, Albuquerque Montenegro, Albuquerque Rodrigues, Albuquerque Trindade, Almeida e Albuquerque, Alves de Albuquerque, Alves Cavalcanti, Araújo de Albuquerque, Araújo Bulcão, Araújo Bastos, Araújo Cavalcanti, Arcoverde, Ataíde de Albuquerque, Barbosa de Albuquerque, Barreto de Albuquerque, Barros Cavalcanti, Bezerra Cavalcanti, Bezerra de Góis, Braga Cavalcanti, Brandão Cavalcanti, Brito Cavalcanti, Buarque de Holanda Cavalcanti, Carneiro de Albuquerque, Camboim, Camello de Albuquerque, Cantanhede de Albuquerque, Castro Cavalcanti, Cavalcanti, Cavalcanti de Albuquerque, Cavalcanti de Azevedo, Cavalcanti Bezerra, Cavalcanti de Albuquerque Aragão, Cavalcanti de Albuquerque Wanderley, Cavalcanti Barreto Lins, Cavalcanti da Cunha Rego, Cavalcanti de Freitas, Cavalcanti Ferreira de Mello, Cavalcanti Lacerda, Cavalcanti Mello, Cavalcanti de Morais, Cavalcanti Nóbrega, Cavalcanti Nogueira, Cavalcanti Pessoa, Cavalcanti Pina, Cavalcanti e Sá, Cavalcanti Uchôa, Cavalcanti Vellez, Cisneiros Cavalcanti, Coelho de Albuquerque, Coelho de Carvalho, Cordeiro de Albuquerque, Dantas de Albuquerque, Dantas Cavalcanti, Dinoá, Estellita Cavalcanti, Faria de Albuquerque, Faria Cavalcanti, Feijó de Albuquerque, Ferreira de Albuquerque, Ferreira Cavalcanti, de Albuquerque, Fragoso de Albuquerque, Franca Cavalcanti, Freitas de Albuquerque, Furtado Cavalcanti de Albuquerque, Gomes de Albuquerque, Holanda Cavalcanti, Holanda Cavalcanti de Albuquerque, Jesuíno de Albuquerque, Leitão de Albuquerque, Lima Cavalcanti, Lins de Albuquerque, Lins Cavalcanti, Lumachi, Machado da Cunha Cavalcanti, Marques Lins, Martins de Albuquerque, Medeiros de Albuquerque, Mello Araújo Cavalcanti, Mello Cavalcanti, Monteiro Cavalcanti, Morrisy, Motta de Albuquerque, Moura de Albuquerque, Pedroso de Albuquerque, Pereira da Silva Cavalcanti, Pessoa Cavalcanti, Pires de Carvalho de Albuquerque, Pitta Porto Carreiro, Rocha de Albuquerque, Rodrigues de Albuquerque, Sá de Albuquerque, Sá Barreto, Sá Cavalcanti, Santos Cavalcanti, Serra Cavalcanti, Sequeira Cavalcanti, Silva Cavalcanti, Silveira Lins, Soares de Albuquerque, Soares Cavalcanti, Teixeira de Albuquerque, Teixeira Cavalcanti, Tenório Cavalcanti, Uchôa Cavalcanti, Velho Cavalcanti, Veloso da Silveira e Xavier Cavalcanti de Albuquerque.
Estes numerosos ramos da família de Jerônimo de Albuquerque, foram originados, através de alianças com grande parte das antigas famílias de Pernambuco, entre elas: Accioli, Bandeira de Melo, Barreto Velho, Barros Pimentel, Berenguer, Bezerra, Buarque, Carneiro da Cunha, Carneiro Leão, Cavalcanti, Garcia d’Ávila (BA), Holanda, Lins, Machado Portela, Marinho Falcão, Paes Barreto, Paes de Mendonça (AL), Pessoa, Pires Ferreira, Porto Carreiro, Queiroz Monteiro, Rego Barros, Rocha Pitta, Rodrigues Campelo, Souza Bandeira, Souza Leão, Vieira da Cunha, Vieira de Melo e Wanderley.
Destaques:
I - André de Albuquerque, segundo filho de Jerônimo de Albuquerque e da índia Arcoverde. Foi Alcaide-mor de Iguaraçu e governador da Paraíba em 1595 e 1607-1612. Ainda vivia em 1621.
II - Antônio de Albuquerque, Governador da Paraíba, nomeado a 09.08.1622. Governava, ainda em 1633.
III - Domingos Jesuíno de Albuquerque Júnior [05.07.1855, Sobral, Ceará-], militar. Praça [1870]. 2.º Tenente [1878]. 1.º Tenente [1896]. Capitão [1897]. Tenente-Coronel [1910]. Coronel [1911]. Político. Deputado à Constituinte republicana pelo então Distrito Federal [RJ]. Envolvido no movimento contra Floriano Peixoto, foi preso e desterrado. Um dos fundadores do Partido Republicano Democrata do Distrito Federal [RJ-1897]. Prefeito do Alto Acre [1908];
IV - Euclides Deocleciano de Albuquerque [Aracatí, Ceará - 01.02.1883]. Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais. Nomeado Promotor Público de Maioridade [CE-1866], e depois de Mossoró [CE]. Vice-Presidente da Província do Rio Grande do Norte [Nomeado a 16.02.1878; e nessa qualidade assumiu a Presidência, a 07.02.1879, na qual permaneceu até 14.02.1879]. Deputado à Assembléia Provincial;
V - Félix Antônio Ferreira de Albuquerque, natural da Paraíba. Oficial do Exército. Presidente revolucionário da Província da Paraíba durante a Confederação do Equador, eleito na Feira Velha, empossado a 03.07.1824, onde permaneceu até 21.07.1824. Foi condenado à morte pela Comissão Militar de Pernambuco. Deputado à Assembléia Geral Legislativa, pela Paraíba [03.05.1851 a 13.08.1851];
VI - Francisco José Correia de Albuquerque, sacerdote e político. Deputado à Assembléia Geral Legislativa, por Alagoas [1830-1833];
VII - João Soares de Albuquerque, outro herói da Guerra Holandesa. Tomou parte no combate de Carreira dos Mazombos, hoje Arrombados, em que os holandeses foram completamente destroçados [16.10.1645]. A 05.08.1646, juntamente com Brás Soares, repele um ataque do inimigo em Olinda. Saiu ferido na 2.ª batalha de Guararapes [19.02.1649];
VIII - Joaquim Teixeira Peixoto de Albuquerque, natural de Pernambuco. Bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra [Matrícula em 1820]. Deputado à Assembléia Geral Legislativa, por Pernambuco [1854-1857]. Presidente da Província da Paraíba [Nomeado a 27.02.1838, Posse a 14.04.1838 e Período: 1838 a 12.12.1838];
IX - Manuel Bezerra de Albuquerque [23.08.1843, CE -], fez a campanha do Paraguai, de onde retornou no posto de capitão. reformado em 1883, foi nomeado ajudante de engenheiro da Câmara de Fortaleza. Secretário do Governo Mortais Jardim na proclamação da República.
Tomou parte saliente no movimento que depôs, em 02.1892, o general Clarindo de Queiroz. Professor da Escola Militar do Ceará;
X - Manuel José de Albuquerque [BA - 22.05.1858, Rio, RJ], professor e funcionário público. Matriculado na Universidade de Coimbra [1820]. Deputado à Assembléia Geral Legislativa, pelo Ceará, em quatro legislaturas [1826-1829, 1843-1844, 1853 e 1854];
XI - Manuel Soriano de Albuquerque [08.01.1877, Engenho Frescondim, Água Preta, PE - 05.09.1914, CE]. Bacharel em Direito pela Faculdade do Recife [PE-1899]. Juiz Substituto do Crato [CE-1900]. Fundador do Colégio Leão XIII e do jornal Cidade do Crato. Juiz em Barbalho [CE-1902], onde criou o Jornal do Cariri. Em 1905 entrou para o Corpo Docente da Faculdade de Direito do Ceará, na cadeira de Filosofia do Direito;
XII - Pedro de Albuquerque [- 06.02.1644] - neto de Jerônimo, o «Adão Pernambucano», um dos heróis da guerra holandesa. Resistiu no forte do Rio Formoso, um ataque dos holandeses, onde saiu ferido por uma bala de fuzil [1633]. Saiu prisioneiro dos holandeses, que o soltaram nas Antilhas, de onde seguiu para Portugal. Governador do estado do Maranhão [Posse a 13.07.1643], permanecendo neste cargo até 1644, quando faleceu;
XIII - Salvador Henrique de Albuquerque [24.02.1813, PB - 31.08.1880, PE]. exerceu o magistério primário e secundário em Pernambuco jubilando-se em Olinda. Membro do Conselho de Instrução Pública da província de Pernambuco. Major da Guarda nacional.
XIV - Vespasiano Gonçalves de Albuquerque e Silva [03.03.1852, PE - 10.07.1924, Rio, RJ]. Militar. Engenheiro. Assentou praça a 09.08.1870. Alferes-Aluno [1876]. 2.º Tenente [1877]. 1.º Tenente [1878]. Capitão [1880]. Professor da Escola do Rio Grande do Sul. Major [1889]. Tenente-Coronel [1890]. Lente Catedrático da Escola Militar do Rio Grande do Sul [1890]. Deputado ao Congresso Constituinte [RS-1891], função que resignou. Diretor da Estrada de Ferro Central do Brasil [1893]. Coronel [1894]. Deputado Federal pelo Rio Grande do Sul [1895-1907]. Comandante do distrito militar de Mato Grosso e da 2.ª Brigada de Cavalaria. General-de-Brigada [1908]. General-de-Divisão [1911]. Ministro da Guerra [29.03.1912, onde permaneceu até 15.11.1914], substituindo o ministro da Marinha Belfort Vieira, enquanto esteve enfermo. Ministro do Supremo Tribunal Militar [25.09.1914];
XV - Francisco Sabóia Albuquerque [18.11.1896, Sobral, CE -], engenheiro civil. Diplomado pela Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil [1920]. Engenheiro-Chefe das obras do porto da cidade de Fortaleza; Diretor local das obras da firma Sabóia Albuquerque & Cia. para a construção de um novo ramal da The Great Wester of Brazil Ry. Co. Ltd., na Paraíba. Diretor das Obras da mesma firma com a Cia. Estrada de Ferro de Mossoró. Chefe regional em Pernambuco e Alagoas, do Departamento de Obras Contra as Secas;
XVI - Marcolino de Moura e Albuquerque [21.11.1838, BA - 1908, Rio, RJ], médico. Deputado à Assembléia Geral Legislativa, pela Bahia, em duas legislaturas [1877 e 1878-1881];
XVII - o Cadete José Francisco de Paula e Albuquerque, provido no posto de Alferes de Fuzileiros, para o Corpo de Auxiliares da Capitania de Pernambuco, a 29.07.1789;
XVIII - Catarina de Melo e Albuquerque, bisneta de Jerônimo de Albuquerque e de Maria Arcoverde; foi a matriarca da importante e antiga família Porto Carreiro (v.s.), de Pernambuco;
XIX - José Feijó de Melo e Albuquerque, quinto neto de Jerônimo de Albuquerque e de Maria Arcoverde. Magistrado. Bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra [1756]. Juiz de Fora. Provedor da Fazenda Real e Ouvidor do Grão-Pará. Desembargador. Cavaleiro da Ordem de Cristo;
XX - Pedro de Albuquerque [- 06.02.1644, MA], neto de Jerônimo de Albuquerque com uma índia. Serviu, com grande honra, na guerra contra os holandeses. Governador do Maranhão [Patente de 04.09.1642]. Fidalgo da Casa Real e Cavaleiro da Ordem de Cristo;
XXI - Leonardo de Albuquerque Carvalhosa, neto de Jerônimo de Albuquerque com uma mulher branca. Cavaleiro da Ordem de Cristo e Capitão de Infantaria do Terço do Mestre de Campo André Vidal de Negreiros [Patente de 16.12.1647]. Serviu por 18 anos na guerra contra os holandeses, em Pernambuco;
XXII - Antônia de Albuquerque, filha de Jerônimo de Albuquerque e de Maria Arcoverde. Matriarca da família Leitão de Albuquerque (v.s.), de Pernambuco;
XXIII - Brites de Albuquerque, neta de Jerônimo de Albuquerque e de Maria Arcoverde. Matriarca da família Gomes de Lemos (v.s.), de Pernambuco;
XXIV - Brites de Albuquerque, filha de Jerônimo de Albuquerque e de Maria Arcoverde. Matriarca de um dos ramos da família Lins (v.s.), e das famílias Albuquerque Lins ou Lins de Albuquerque, todas de Pernambuco;
XXV - Joana de Albuquerque, filha de Jerônimo de Albuquerque e de Maria Arcoverde. Matriarca da família Fragoso (v.s.), e Fragoso de Albuquerque, ambas de Pernambuco;
XXVI - Joana Fragoso de Albuquerque, neta de Jerônimo de Albuquerque e de Maria Arcoverde. Matriarca de um dos ramos da família Coelho de Albuquerque (v.s.), de Pernambuco;
XXVII - Paulo de Figueiredo de Albuquerque, quarto neto de Jerônimo de Albuquerque e de Maria Arcoverde. Viveu rico em Igarassu onde foi Capitão de Ordenanças e serviu todos os cargos da República;
XXVIII - Padre Antônio Pereira de Albuquerque, natural da Paraíba, mártir do movimento revolucionário de 1817. Foi vigário do Pilar e depois membro proeminente da junta que, naquele tempo, governou a Paraíba. Com o malogro da revolução, foi preso e condenado à morte pela comissão militar de Pernambuco, e aí foi enforcado a 06.09.1817, sendo seu cadáver arrastado à cauda de um cavalo para o cemitério da matriz do S.S. Sacramento, depois de decepadas as cabeças e as mãos que foram fixadas em postes da vila do Pilar (Almanak da Paraíba, 1899);
XXIX - Francisco Xavier de Albuquerque (Dias de Figueiredo), natural da Paraíba, ativo no movimento revolucionário de 1817. Alferes de Milícias. Prestou valorosos serviços à revolução. Esteve nos cárceres da Bahia até 1821 (Almanak da Paraíba, 1899);
XXX - João de Albuquerque Miriri, natural de Pernambuco, ativo no movimento revolucionário de 1817. Domiciliado na Paraíba no engenho Miriri, de onde lhe provém o último apelido (Almanak da Paraíba, 1899);
XXXI - General Domingos Jesuíno de Albuquerque Júnior [05.07.1854, Sobral, CE - 11.06.1939, Rio, RJ], assentou praça no Exército [15.12.1870] e foi aluno da Escola Militar [RJ], onde tirou o curso de Infantaria e Cavalaria. Capitão de Infantaria do Exército. Tenente de Artilharia [25.05.1878]. Quartel Mestre da Escola de Tiro de Campo Grande [RJ]. Professor da língua nacional na Escola Militar. Ajudante de Ordens do Ministro da Guerra. Abolicionista e político. Deputado à Constituinte de 1891 [RJ]. Oposicionista ao Governo do Marechal Floriano, envolvido no movimento de 1892, preso, reformado e desterrado para Cacuhy.
No Governo Prudente de Moraes, foi, por decisão do Supremo Tribunal Federal, em causa patrocinada pelo advogado Dr. Ruy Barbosa, mandado reverter à 1.é Classe do Exército, sendo promovido a Tenente para a Infantaria [07.01.1896]; a Capitão [15.02.1897]; a Major [25.06.1910]; a Tenente-Coronel [25.07.1910]; a Coronel Graduado [28.06.1911]; a Coronel efetivo [08.07.1911] e finalmente a General. Ajudante de Ordens do Marechal Mallet. Um dos fundadores do Partido Republicano Democrata da então Capital Federal [RJ]. Juiz de Direito do Alto Juruá e Prefeito do Alto Acre [1908];
XXXII - General Fausto Netto de Albuquerque [16.03.1890 -], que seguiu, como seu pai, tio [General Domingos Jesuíno] e demais parentes, próximos, a carreira das armas, onde se destacou em missões técnicas do Ministério da Guerra, missões que desempenhou na França, Itália, Bélgica, Checoslováquia, Polônia, Alemanha e Portugal. General de Divisão. Diretor do Arsenal de Guerra. Praça [1908], Aspirante [1911], 2.º Tenente [1918], 1.º Tenente [1919]. Major [1932]. Tenente-Coronel da Arma de Artilharia [24.05.1937]. Coronel [25.12.1941] e General;
XXXIII - General Dr. Hildeberto de Albuquerque, que fez também a carreira das armas, como seu pai [General Domingos Jesuíno] e formou-se em 1918, em Engenharia Militar;
XXXIV - General Dr. Ministro Jesuíno Carlos de Albuquerque [17.09.1889, Rio, RJ - 09.06.1960], formado em medicina, pela Faculdade de Medicina da Universidade do Rio de Janeiro. Militar, como seus irmãos e pai [General Domingos Jesuíno], foi médico do Exército. Agrimensor pelo Colégio Militar do Rio de Janeiro. Pertenceu ao Corpo de Saúde do Exército. 1.º Tenente [1919]. Capitão [1922]. Major [1933]. Tenente-Coronel do Corpo de Saúde [07.09.1937]. Coronel [25.12.1945] e morreu como General Médico do Exército e foi membro da Academia Nacional de Medicina. Diretor do Hospital da Cruz Vermelha Brasileira. Secretário Geral de Saúde e Assistência da Prefeitura do então Distrito Federal [RJ], na administração do Dr. Henrique Dodsworth. Ministro do Supremo Tribunal de Contas da Prefeitura. Membro da Academia Internacional de História da Ciência;
XXXV - General Gastão de Albuquerque [29.01.1892 -], como seu pai [General Domingos Jesuíno], e seus irmãos também seguiu a carreira das armas: Praça [1911]. Aspirante [1915], 2.º Tenente [1917], 1.º Tenente [1922], Capitão [1928], Major [1934], Tenente-Coronel da Arma de Infantaria [25.12.1939], passando para a Reserva como General de Divisão, procedente da Arma de Engenharia. Tomou parte ativa na Revolução de 22, com os revoltosos, em 30 e em 32, ao lado do Governo, tendo na Revolução Constitucionalista comandado um batalhão;
XXXVI - General Luiz Felipe de Albuquerque [14.09.1896 -], que também foi encaminhado para a carreira das armas, como seus irmãos e seu pai [General Domingos Jesuíno]. Entrou para a Escola Militar [RJ - 02.1917]. Aspirante [12.1919]. 2.º Tenente [1920], 1.º Tenente [1921]. Capitão [1922]. Major [1934]. tenente-coronel da Arma de Engenharia [05.03.1940].
Nobreza Titular:
I - Diogo Velho Cavalcanti de Albuquerque, visconde com honras de grandeza de Cavalcanti - conforme vai descrito no título Cavalcanti;
II - Francisco de Paula de Holanda Cavalcanti de Albuquerque, visconde de Suassuna - conforme vai descrito no título dos Holanda Cavalcanti de Albuquerque (v.s.);
III - Pedro Francisco de Paula Holanda Cavalcanti de Albuquerque, visconde com honras de grandeza de Camaragibe - conforme vai descrito no título da família Holanda Cavalcanti de Albuquerque (v.s.);
IV - Manuel Francisco de Paula de Holanda Cavalcanti de Albuquerque, barão de Muribeca - conforme vai descrito no título da família Holanda Cavalcanti de Albuquerque (v.s.);
V - Antônio Francisco de Paula e Holanda Cavalcanti, visconde de Albuquerque - conforme vai descrito no título da família Holanda Cavalcanti de Albuquerque (v.s.);
VI - Manuel Artur de Holanda Cavalcanti de Albuquerque, barão de Albuquerque, conforme vai descrito no título Holanda Cavalcanti de Albuquerque;
VII - Don José Cavalcanti de Albuquerque y Padierna, marquês de Cavalcanti - conforme vai descrito no título Cavalcanti;
VIII - Antônio Pedroso de Albuquerque, conde de Albuquerque, conforma vai descrito no título Pedroso de Albuquerque (v.s.), da Bahia;
IX - José Júlio de Albuquerque Barros, barão de Sobra - conforma vai descrito no título Albuquerque Barros (v.s.), do Ceará;
X - Duarte de Albuquerque Coelho, conde de Pernambuco - conforma vai descrito no título Albuquerque Coelho (v.s.), de Pernambuco;
XI - Lourenço Cavalcanti de Albuquerque Maranhão, barão com honras de grandeza de Atalaia - conforme vai descrito no título Albuquerque maranhão (v.s.), de Pernambuco; e
XII - Lourenço de Sá e Albuquerque, Visconde de Guararapes - conforma vai descrito no título Sá e Albuquerque (v.s.), de Pernambuco.
Heráldica - (os antigos Albuquerques - D. Afonso de Albuquerque - 1485): um escudo de vermelho, com cinco flores-de-lis de ouro, postas em saltor (ou seja, em X).
Timbre: uma asa de águia de negro, carregada de cinco flores-de-lis de ouro, em saltor. Elmo de prata, aberto, guarnecido de ouro.
Paquife e Virol de vermelho e ouro (EAS, Nob., I, 78); (De Afonso Telss, ditos Albuquerques modernos): um escudo esquartelado, ou seja, dividido em quatro partes: no primeiro e quarto quartel, em campo de prata, cinco escudetes de azul postos em cruz, cada escudete carregado de cinco besantes de prata, postos em sautor - representando a Casa Real Portuguesa; no segundo e terceiro quartel, em campo vermelho, cinco flores-de-lis de ouro, postas em saltor.
Timbre: um castelo de três torres de ouro, sobrepujado por uma flor-de-lis de ouro; outros usam por timbre, a asa de águia de negro, carregada de cinco flores-de-lis de ouro, em saltor. Naquele primeiro e quarto quartel do Brasão dos Albuquerques mais modernos, nem sempre representam as Armas de Portugal antigo.
Por vezes são apresentados com uma bordadura de vermelho, carregada de sete castelos de ouro e com filete negro em barra, atravessando o campo; (dos Senhores de Albuquerque): um escudo de prata, com uma cruz de vermelho carregada de cinco castelos de ouro e acompanhada de vinte escudetes de azul, postos cinco em cada cantão, dispostos em cruz com os dos lados apontados para o centro, e cada um deles, carregado de dez besantes de prata, na distribuição: 3, 2, 3 e 2. (De João de Albuquerque): um escudo cortado: o primeiro, terciado em pala:
I, de vermelho, com uma torre de prata encimada por uma águia voante de negro;
II, de azul com um cruzeiro de ouro; 3.º, de ouro com cinco gralhos de negro; o segundo, com duas palas de ouro, Timbre: a águia do escudo. (Dos Albuquerque - Menezes, segundo Armando de Matos): um escudo esquartelado: no I e IV quartéis, de prata, com cinco escudetes de azul em cruz, cada um carregado de cinco besantes de prata, que é de Portugal-antigo;
II e III quartéis, de vermelho, com cinco flores de lis de ouro, que é de Albuquerque. Timbre: um castelo, de vermelho, aberto e iluminado de ouro, a torre do meio sustendo uma flor-de-lis do escudo; (Dos Albuquerque - Menezes, II Ramo, segundo Armando de Matos): um escudo esquartelado: no I e IV quartéis, de prata, com cinco escudetes de azul em cruz, cada um carregado de cinco besantes de prata, que é de Portugal-antigo; II e III quartéis, de azul, com cinco flores-de-lis de ouro. Timbre: um castelo, de vermelho, aberto e iluminado de ouro, a torre do meio sustendo uma flor-de-lis do escudo.
Brasil:
I - ver Cavalcanti de Albuquerque;
II - ver Albuquerque Coelho;
III - ver Albuquerque Maranhão;
IV - ver Albuquerque Mello; V - D. Octaviano Pereira de Albuquerque [03.07.1866, Cangussú, RS - 03.01.1949, Campos, RJ], ordenado a 16.12.1888. Vigário-geral de Porto Alegre (RS) e de São Paulo (SP). Eleito a bispo do Piauí, a 02.04.1914; sagrado a 11.06.1914; promovido a arcebispo de São Luís do Maranhão a 27.10.1922; transferido para a Diocese de Campos [RJ - 16.12.1935].
Tinha por armas, um escudo esquartelado: no 1.º quartel, em campo verde, o símbolo de Cristo, de negro; o 2.º quartel, em campo de prata, um monograma de Maria, de negro; o 3.º quartel, as armas da Família Pereira - em campo vermelho, uma cruz florenciada de prata, e vazia do campo; e o 4.º quartel, as armas da família Albuquerque - em campo vermelho, cinco flores de lis de ouro [Gardel, Armorial Eclesiástico, 109].