Silveira, sobrenome de origem portuguesa.
Nome de origens toponímicas, haverá mais do que uma família a tê-lo adotado por apelido. Aquela que se encontra documentada desde épocas mais remotas deriva de Vasco Lourenço de Silveira, provavelmente filho de um Lourenço Gonçalves, que morreu antes de Dezembro de 1330, e foi senhor da quinta e paço da Silveira, no termo do Redondo.
Esta família era da nobreza dos escudeiros nobres e a respectiva chefia recaiu na Casa dos Condes da Sortelha.
Alguns nobiliários apontam a origem desta família em Gonçalo Vasques Silveira, fidalgo, senhor da herdade de Silveira em 1378.
Outras fontes indicam Dom Fernando Afonso da Silveira, embaixador em Castela em 1423, casado com D. Catarina Teixeira, camareira-mor da Infanta D. Isabel, e pai de D. João Fernandes da Silveira, primeiro Barão de Alvito, vedor da Fazenda de D. João II.
Guilherme van der Hagen, fidalgo alemão que veio com família, serviçais e pertences para Faial, recebeu armas próprias de D. João II e passou a denominar-se Guilherme Vandraga da Silveira.
Outros Silveiras provêm do Dr. Afonso da Silveira, embaixador em Castela em 1423, estando a sua representação e chefia da família que fundou na Casa dos Barões e Marqueses de Alvito.
Outros Silveiras ainda, radicados nos Açores, descendem do flamengo Wilhelm van der Hagen que traduziu o nome de Hagen para "Vandaraga" e, depois, Silveira.
É uma família que se estende por todas as ilhas dos Açores com excepção da Graciosa, onde os Silveiras aí estabelecidos constituem um ramo dos Silveira do continente.
De silveira, subst. comum - silva, moita de silvas designação de várias plantas medicinais da família das Rosáceas [Antenor Nascentes, II, 282].
Diversas são as origens deste sobrenome.
Entre outras, por adoção feita pelo holandês Wilhem van der Haagen ou Haghe, quando passou à Ilha Terceira (Açores), no século XV, passando a assinar-se Guilherme da Silveira.
Dele descendem milhares de Silveiras e Silveiras Bruns, dos quatro cantos do Brasil.
Este ocorrido, deveras importante e talvez desesperador para alguns, vem mostrar que uma quantidade impressionante de famílias que se assinam Silveira, vêm pagando um bom dinheiro pela aquisição de um desenho do Brasão de Armas, sem saberem que não têm nenhuma relação com a família Silveira, de Portugal, pois são de origem flamenga.
Outro grupo familiar com este sobrenome, procede da herdade e torre de Silveira, da qual era proprietário, junto à vila de Assumar, em Portugal.
Outra família Silveira, procede dos Pestanas e ambas descendem de Giraldo Sempayor, que ganhou Évora aos mouros, no tempo de D. Afonso Henriques, 1.º rei de Portugal, em 1139. O solar desta família é o morgado da Silveira, na província do Alentejo (Anuário Genealógica Latino, I, 88).
Ilha das Flores: sobre a história desta família e sua passagem pela Ilha das Flores, escreveu no ano de 1717, o Padre Antonio Cordeiro, em sua História Insulana das Ilhas a Portugal Sugeytas, Livro IX - Das Ilhas das Flores, e Corvo; & das que se espera descobrir de novo, Capítulo IV - Da qualidade, ou nobreza das famílias que povoàraõ as Flores [Antonio Cordeiro, História Insulana, Livro VIII, Ilha das Flores].
Ilha de S. Miguel: o genealogista português Gaspar Fructuoso, em sua História Genealógica de Sam Miguel [Saudades da Terra], escrita por volta de 1580, dedicou-se ao estudo desta família [Gaspar Fructuoso, Saudades da Terra, p. 40].
Ilha do Fayal: sobre a história desta família e sua passagem pela Ilha do Fayal, escreveu no ano de 1717, o Padre Antonio Cordeiro, em sua História Insulana das Ilhas a Portugal Sugeytas, Livro VIII - Das Ilhas do Fayal, e Pico, Capítulo IV - Dos outros primeyros, & mais nobres Povoadores do Fayal, Utras, & Quadros, Silveyras, & Cunhas, & Boemias [Antonio Cordeiro, História Insulana, Livro VIII, Ilha do Fayal].
Ilha Terceira: sobre a história desta família e sua passagem pela Ilha Terceira, escreveu no ano de 1717, o Padre Antonio Cordeiro, em sua História Insulana das Ilhas a Portugal Sugeytas, Livro VI - Da Real Ilha Terceira, Cabeça das Terceiras, Capítulo XXI - Dos Castellosbrancos, Carvalaes, Lobos, Silveyras, Espinolas, Lemos, & dos Betencores, Dornellas, & outros [Antonio Cordeiro, História Insulana, Livro VI, Ilha Terceira].
Brasil:
Sobrenome de uma família originária das ilhas portuguesas, estabelecida no Rio Grande do Sul, para onde passou Pascoal da Silveira, nasc. por volta de 1720, na Freguesia do Espírito Santo da Feteira, concelho de Horta, Ilha do Faial, bispado de Angra, Arquipélago dos Açores. Filho de Bernardo da Silveira e de Isabel de Faria. Casada, em primeiras núpcias, com Maria do Espírito Santo, natural da mesma freguesia da Feteira.
Sobrenome de uma família de origem portuguesa, estabelecida no Rio de Janeiro, para onde passou o desembargador Dr. Matias da Silveira Botelho nasc. em Leiria, por volta de 1706 e fal. no Rio a 01.01.1756 (22 dias após o enlace) filho de João Gonçalves Dias e de D. Mariana da Silveira. Casado, no Rio (Candelária 6º, 41v) a 10.12.1755 (em casa da noiva) com Antônia Viana de Castro, nasc. no Rio (Candelária 3º, 66) a 30.12.1706 (bat. a 09.01.1707) e fal. no Rio a 04.01.1778. Era dona da chácara, e capela de N. S. da Madre de Deus, no Valongo. Filha do tenente-Coronel Salvador Viana da Rocha, patriarca da Família Viana do Amaral (v.s.), do Rio de Janeiro [Carlos Rheingantz, Primeiras Famílias do Rio de Janeiro, Tomo I].
Sobrenome de uma família de origem portuguesa, estabelecida no Brasil, onde chegou, em 27.01.1884, Manoel Cabral da Silveira, natural de Portugal, 21 anos de idade, com destino à capital do Estado de São Paulo. Veio em companhia de sua esposa, Maria do Carmo da Silveira, natural de Portugal, 18 anos de idade, e das filhas: 1. Ermelinda Rosa, natural de Portugal, 24 anos de idade; 2. Marianna de Jesus, natural de Portugal, 26 anos de idade [Hospedaria dos Imigrantes - São Paulo, Livro 002, p. 003 - 27.01.1884].
SILVEIRA - Sobrenome de origem geográfica.
De silveira, subst. comum - silva, moita de silvas designação de várias plantas medicinais da família das Rosáceas [Antenor Nascentes, II, 282].
Diversas são as origens deste sobrenome. Entre outras, por adoção feita pelo holandês Wilhem van der Haagen ou Haghe, quando passou à Ilha Terceira (Açores), no século XV, passando a assinar-se Guilherme da Silveira. Dele descendem milhares de Silveiras e Silveiras Bruns, dos quatro cantos do Brasil.
Este ocorrido, deveras importante e talvez desesperador para alguns, vem mostrar que uma quantidade impressionante de famílias que se assinam Silveira, vêm pagando um bom dinheiro pela aquisição de um desenho do Brasão de Armas, sem saberem que não têm nenhuma relação com a família Silveira, de Portugal, pois são de origem flamenga.
Outro grupo familiar com este sobrenome, procede da herdade e torre de Silveira, da qual era proprietário, junto à vila de Assumar, em Portugal.
Outra família Silveira, procede dos Pestanas e ambas descendem de Giraldo Sempayor, que ganhou Évora aos mouros, no tempo de D. Afonso Henriques, 1.º rei de Portugal, em 1139. O solar desta família é o morgado da Silveira, na província do Alentejo (Anuário Genealógica Latino, I, 88).
Brasil:
Em Minas Gerais, de origem portuguesa, entre outras, destaca-se a importante família do Dr. José da Silveira e Souza [Tomar - 1793, S. João del Rei], filho de Pantaleão de Souza e de Maria de Nazaré. Advogado, atuante em São João del Rei, onde deixou numerosa descendência de seu cas. com Maria Josefa Bueno da Cunha [ - 1806, S. J. del Rei], neta de Amador Bueno da Veiga. Entre os 10 filhos do casal, destaca-se a poetisa Bárbara Eliodora, que foi cas., em 1781, com o inconfidente Alvarenga Peixoto.
No Rio Grande do Sul, originária das ilhas portuguesas, registra-se a família do Capitão Francisco Pires Casado, que deixou numerosa descendência do seu casamento, por volta de 1722, com Felipa Antônia da Silveira. Alguns dos seus descendentes passaram para o Brasil, entre eles:
I - o filho, o Capitão-Mor de Ordenança Francisco Pires Casado [1724, Ilha do Pico - 06.12.1803, Rio Grande, RS], que deixou numerosa descendência de seu cas., c.1754, no Rio Grande (RS), com Mariana Eufrásia da Silveira [1732, Ilha do Faial - 09.04.1822, Rio Grande, RS], irmã de Mateus Inácio da Silveira, outro patriarca dos Silveira, do Rio Grande do Sul, por seu casamento, por volta de 1750, com Maria Antônia. Os descendentes deste casal Francisco e Mariana, foram aparentados, entre outras, com as seguintes famílias: Rebelo de Paiva, Gomes Viana, Rodrigo de Carvalho, Camará, Ávila e Chaves Barcelos;
II - o filho, o Capitão Inácio Antônio da Silveira [1743, Ilha do Pico - 04.02.1819, Pelotas, RS], que passou para o Rio Grande do Sul, onde deixou numerosa descendência de seu cas., em 1781, Rio Grande (RS), com sua sobrinha, Maurícia Inácia da Silveira [22.09.1758, Rio Grande, RS - 16.12.1821, Pelotas, RS], filha de seu irmão, o Capitão-Mor de Ordenança Francisco Pires Casado, citado acima no item I. Os descendentes deste casal, Inácio e Maurícia, foram aparentados, entre outras, com as seguintes famílias: Martins Viana, Silva Bastos, Oliveira Castro, Aquino, Moreira, Antunes Maciel e Soares de Paiva.
Em São Paulo, entre outras, cabe registrar a família do Governador Antônio Raposo da Silveira [Lisboa, Portugal - 1663, SP], que foi armado Cavaleiro de S. Tiago, por serviços prestados na defesa de um baluarte da fortaleza de Águeda, nas Índias, em 1641, e que recebeu do Rei a propriedade do ofício de Juiz de Órfãos de São Paulo, que deu em dote de casamento a seu genro. Foi Capitão-Mor e Ouvidor da Capitania de São Paulo. Deixou numerosa descendência de seu cas. com Maria Raposo de Siqueira [-1709, SP], neta de Antônio Raposo, patriarca desta família Raposo (v.s.), de São Paulo (SL, III, 5, 336).
Linha Africana: Sobrenome também adotado por famílias de origem africana.
No Rio Grande do Sul, registra-se a de Joaquim Silveira, «preto forro», cas., 25.02.1805, no Rio Grande, RS, com Mariana Gonçalves, «preta forra» (L.º3, fl. 85).
Linha de Degredo: Registra-se a sentença dada, a 31.08.1644, pelo Rei ao Desembargador Francisco Branco da Silveira. Foi condenado em dez (10) anos de degredo para o Brasil, sem beca, mas, como houvera discrepância de opiniões «foi el Rey ... por isso à Rellação e leu esta condenação e não asinou por ser muito tarde e se duvidar se só, ou com Juises».
Cristãos Novos: Sobrenome também adotado por judeus, desde o batismo forçado à religião Cristã, a partir de 1497. Para o Rio de Janeiro, ver a família Vale da Silveira (Wolff, Dic.I, 186).
Nobreza Titular: Manuel Joaquim Silveira, foi agraciado, em 07.05.1868, com o título nobiliárquico de conde de São Salvador. Heráldica:
I - um escudo em campo de prata, com 3 faixas de vermelho. Timbre: um urso de negro, armado de vermelho, sainte de uma capela de silvas de verde, preluzida de prata;
II - Outra forma: um escudo em campo de prata, com 3 faixas de vermelho e bordadura também de prata carregada de um ramo de silva, de verde. Timbre: um urso de negro, armado de vermelho, sainte de uma capela de silvas de verde, preluzida de prata;
III - dos Açores: um escudo partido: primeiro, em campo de ouro, uma árvore de duas copas, de verde, firmada num contra-chefe do mesmo; segundo: em campo negro, um leão de prata, armado, linguado e coroado de ouro;
IV - outra forma: um escudo em campo de ouro, duas coticas onduladas, de vermelho, acompanhadas de 6 flores-de-lis de vermelho, postas 3 e 3.
Timbre: uma pomba de prata (Armando de Mattos - Brasonário de Portugal, II, 129). Século XVI: I - Álvaro da Silveira, morador em Borba.
Brasão de Armas, datado de 23.12.1534. Registrado na Chancelaria do Rei D. João III, Livro X, fl. 26: um escudo em campo de prata, com três faixas de vermelho. Elmo: de prata aberto, guarnecido de ouro. Paquife: de prata e vermelho. Timbre: meio urso preto cortado em sangue sobre uma capela de silvas florida de prata. Diferença: uma flor-de-lis de azul com o pé de ouro. Filho de Francisco da Silveira, e neto de João Álvares da Silveira (Sanches de Baena, Archivo Heráldico, I, 14).