PROFESSORA CORINA CAÇAPAVA BARTH
Corina nasceu em Tietê no dia 30 de setembro de 1884.
Filha do farmacêutico João Leite Caçapava e de Dona Argentina Ribeiro Caçapava.
Menina ainda, sua família transferiu-se para Itapetininga, onde seu pai estabeleceu-se com farmácia na rua Campos Sales. Aqui cresceu e fez os seus estudos. Aluna brilhante da Escola Normal, diplomou-se com distinção numa das primeiras turmas.
Dirigiu uma revista literária "A Violeta" em que com colegas também cultas e inteligentes, manifestava seus dons de poetisa e escritora.
Casou-se com um médico Dr. Cristóvão da Gama, adotando o nome de Corina Caçapava da Gama. Desse casamento teve os filhos; Jovita, Iolanda, Celso e Gilberto.
Depois de seu casamento deixou por alguns anos o magistério, mas nem por isso cessou de participar de obras culturais ou de beneficência. Colaborava com seu marido em tudo quanto fosse auxilio e assistência a pobres e doentes.
Nas cidades onde residiram seus nomes foram conhecidos como benfeitores do povo, tanto assim que quando faleceu o Dr. Cristóvão, na cidade de Itapetininga o povo fez questão de que repousa-se os seus restos mortais aqui, eregindo-lhe no túmulo com os dizeres "Ao Dr Gama" a gratidão do povo de Itapetininga.
Voltando ao Magistério, dona Corina exerceu o cargo de Inspetora Fiscal de duas Escolas Normais, instalando-as de Santa Cruz de Rio Pardo e de Itararé.
Em 1931, voltou a viver na cidade onde havia crescido e estudado: "Itapetininga" tendo sido nomeada professora de trabalho manuais da Escola Normal Peixoto Gomide.
Sua dedicação, seu amor ao trabalho, seu entusiasmo por todas as iniciativas culturais ou aqueles que pudesse aplicar a bondade de seu coração, pode ser atestado por aqueles que com ela conviveram. Desde essa época sempre pronta para ajudar, a colaborar em tudo quanto a Escola, ou os alunos necessitassem sempre com a boa vontade e com a inteligência com os mesmo carinhos.
Sentia por suas alunas, amizade e interesse e que a fazem compreender os seu problemas e ajudar a resolve-los. Teve inúmeras oportunidade de demostrar os seus dons de oratória e de poetiza, mas tudo fazia modéstia e simplicidade Não distinguia o humilde do poderoso, ao contrário seu interesse humano fazia com que sempre se voltasse para aqueles que mais necessitava de qualquer auxilio. Seu grande coração granjeou-lhe inúmeras afeições entre os humildes.
Mãe dedicada e extremosa, tudo fez, para orientar seus filhos no caminho do dever e da vitória, de suas aspirações, a sua doçura de mulher, aliou-se a força de um chefe de família para ser o esteio dos filhos que criou, pequenos ou quando ficou viúva.
Em Itapetininga casou-se pela segunda vez com o Sr. João Barth.
Provando o quanto dona Corina foi querida pelos seus alunos, devemos lembrar que foi uma turma, por paraninfada, que teve a ideia, ou melhor o gesto comovente de sugerir seu nome ao Sr. Governador do Estado para que fosse dado a um dos grupos escolares de nossa cidade. Foi ainda por iniciativa de uma representante do povo de Itapetininga, a Vereadora Juliana Fabiano Alves, através da Câmara Municipal, que seu nome constasse de uma das ruas de nossa cidade.
Transcrição das palavras com o Governo do Estado, publicou, através do decreto que deu seu nome ao Grupo Escolar de Itapetininga.
Considerando que a Prof. Corina Caçapava Barth constitue de fato, pela elevação de sua carreira, tanto no ensino do lar, modelo edificante de virtudes a serem apontadas a gerações de nossas escolas, como digno honroso exemplo a seguir.
Fica denominado Grupo Escolar Profª Corina Caçapava Barth, o Grupo Escolar de Aparecida do Sul em Itapetininga.
Faleceu em São Paulo, no dia 11 de fevereiro de 1950, tendo sido sepultada no Cemitério do Santíssimo Sacramento em Itapetininga.