Sobrenome de origem geográfica.
Do feminino de um possível adjetivo barboso, derivado de barba e sufixo - oso, aplicado a terra que tivesse em abundância plantas em cujo nome entra a palavra barba (Antenor Nascentes, II, 38).
Família que tirou o seu sobrenome da quinta chamada de Barbosa, de que são senhores (Sanches Baena, II, XXIII).
Felgueiras Gayo, principia esta família em D. Sancho Nunes Barbosa, Senhor da Quinta de Barbosa, junto do Paço de Souza, que obteve por casamento [séc. XI], com Tereza Mendes, filha de D. Mem Moniz de Riba Douro e D. Urraca Mendes. D. Sancho, era filho do conde D. Nuno de Cellanova e de D. Gomes Echigues, sendo esta, filha do conde D. Gomes Echigues, que dizem ser o primeiro que usou o sobrenome Souza (v.s.), em Portugal (Gayo, Barbozas, Tomo V, § 1, 12).
Brasil: Numerosas foram as famílias, que passaram com este sobrenome para diversas partes do Brasil, em várias ocasiões. Não se pode considerar que todos os Barbosas existentes no Brasil, mesmo procedentes de Portugal, sejam parentes, porque são inúmeras as famílias que adotaram este sobrenome pela simples razão de ser de origem geográfica, ou seja, tirado do lugar de Barbosa.
O mesmo se aplica no campo da heráldica; jamais se pode considerar que uma Carta de Brasão de Armas de um antigo Barbosa, se estenda a todos aqueles que apresentam este mesmo sobrenome, porque não possuem a mesma origem.
No Rio de Janeiro, entre as antigas, temos a de Bento Barbosa (n.c.1595), casado com Cristina Barbosa (Rheingantz, I, 191).
Rheingantz registra mais 46 famílias com este sobrenome, nos sécs. XVIe XVII, que deixaram numerosa descendência no Rio de Janeiro. Em São Paulo, entre as mais antigas, registra-se, em Guaratinguetá, a família do capitão Diogo Barbosa do Rego, natural de Portugal, que passou ao Brasil em princípio do séc. XVI. Foi casado com Branca Raposo.
Em Pernambuco, entre outras, registram-se: a de Manuel Barboza [n.Viana], casado com Maria da Conceição de Albuquerque (Borges da Fonseca, I, 121); a de Francisco Barbosa [n.Lisboa], casado com Maria de Almeida (Borges da Fonseca, I, 95).
Na Paraíba, entre outras, registra-se a de Fructuoso Barbosa, que veio de Lisboa, nom. em 1573, a governador da capitão da Paraíba. Deixou descendência do seu casamento com Felipa Cardiga. No Ceará, entre outras, registra-se a de Joaquim José Barbosa, casado, por volta de 1810, com Teresa Maria de Castro (falecido 1830), com geração em Sobral.
No Sergipe, registra-se Cosme Barbosa de Almeida, de origem fidalga. Capitão-Mor em Sergipe. Deixou geração do seu cas. com Helena de Castro [c.1582-], filha de Luiz Alves de Espinha, patriarca de um dos ramos da família Espinha (v.s.), da Bahia. Os de Mato Grosso, em grande parte, descendem dos irmãos Antônio, Alexandre e Inácio Gonçalves Barbosa: este, casado com Antônia Izabel Marques, moradores em Franca do Imperador, MT, em 1831, e naturais de Sabará, MG.
No Rio Grande do Sul, entre outras, registra-se a de Antônio José Barbosa [c.792 - 1836], casado, em 1817, RS, com Ana Joaquina de Seixas [c.1797, RS - RS]; a de Dioniso Rodrigues Mendes, casado, c.1745, com Beatriz Barbosa Rangel, estabelecidos em Viamão, RS; e a de José Barbosa da Silva [c.1725, Porto - 1786, Rio Grande, RS], filho de José Moreira dos Santos e de Josefa Barbosa. Deixou geração de seu casamento, c.1751, Rio Grande (RS), com Páscoa do Espírito Santo [c.1725, Col. do Sacramento - 1768, Rio Grande, RS], filha de Manuel da Silva Borges, um dos troncos da família Borges (v.s.), do Rio Grande do Sul.
No Acre, cabe registrar os brasileiros Antônio Barbosa Marinho e Francisco Vilela Barbosa, fundadores, em 1883, do seringal Boca do Chandless, na região do Vale do Purus (Castelo Branco, Acreania, 164).
Linha Indígena: Sobrenome também usado por famílias de origem indígena. Numerosas famílias do Rio Grande do Norte, descendem do Cacique Estevão «Barbosa», Cacique da Aldeia Natal (RN), que deixou uma filha única, havida com Rita da Estrella. Chamou-se esta matriarca riograndense do norte, Francisca Piaba de Cunhahú, que do seu casamento com o português Custódio de Brito Barbosa, semearam aquelas regiões com seus rebentos, de onde saíram os Barbosas, Silva Barbosas, Sá e Souza, alguns Souza Uchôa, Freitas e Silva, alguns Oliveira Maciel, alguns Correia de Araújo, toda a importante família Barreira (v.s.), do Ceará, ligadas aos Cravos, Piquet, Nanãn, Queiroz, Ferreira do Vale, Teles de Menezes (Bahia), Saraiva, etc.
Linha Africana: Sobrenome também usado por famílias de origem africana.
No Rio de Janeiro, entre outras, registra-se a de Cecília Barbosa, "parda forra", que deixou filhos naturais com Antônio Nunes do Amaral [n.RJ]: Bernardo Martins do Amaral [n.1709] e Maria do Amaral Gurgel [n.1711]; a de Mariana Barbosa «preta», que deixou geração, por volta de 1716, com Miguel Guterres Vanzil, por onde segue o sobrenome Barbosa (Rheingantz, II, 348, 549); e a de Francisca Barbosa «crioula forra», que deixou geração, por volta de 1675, com Manuel Carrança (Rheingantz, I, 313).
Na Bahia: a «mulata» Maria Barbosa [parda], natural de Évora - doc. 1619 (Wolff, Dic.I, 20). No Rio Grande do Sul, entre outras, registra-se a família e Cristóvão Barbosa, «pardo forro», casado em 1798, no oratório de Piratini, RS, com Joaquina Maria da Conceição, também «parda forra»; e a de Francisco Barbosa, preto forro, casado em 1771, em Estreito, RS, com Joana da Cunha, preta forra.
Cristãos Novos: Sobrenome também adotado por judeus, desde o batismo forçadoà religião Cristã, a partir de 1497. (Wolff, Dic.I, 29).
Várias foram as famílias com este sobrenome, condenadas por judaísmo: 1609, 1634, 1635 (Raizes Judaicas, 84).
Heráldica: em campo de prata uma banda azul carregada de três crescentes de ouro e entre dois leões batalhantes sanguinhos. Timbre: um leão do escudo nascente armado de prata (Sanches Baena, II, 23).
Barbosa ou Barboza, ilustre e antiquíssima linhagem portuguesa, tem o seu nome raízes toponímicas, visto derivar da quinta e honra de Barbosa, na freguesia se São Miguel das Rãs, perto do Mosteiro de Cete.
O nome Barbosa, indica um lugar onde há muitas barbas de bode ou barbas de velho (uma espécie de planta ).
Os Barbosa procedem de Dom Sancho Nunes de Barbosa, que era descendente do Conde Dom Nuno de Celanova e sobrinho de São Rosendo.
Embora aparentada com todas as grandes linhagens de origens anteriores à fundação da Nacionalidade, a família dos Barbosas sofreu uma grande decadência durante os séculos XIII e XIV, vindo a fixar-se a meio da escala nobiliárquica.
As duas formas de escrita tanto com S ou Z, procedem da mesma linhagem, isto é devido a erro de grafia no momento do registro em cartórios ou em outras repartições públicas.
Do feminino de um possível adjetivo barboso, derivado de barba e sufixo -oso, aplicado a terra que tivesse em abundância plantas em cujo nome entra a palavra barba (Antenor Nascentes, II, 38).
Família que tirou o seu sobrenome da quinta chamada de Barbosa, de que são senhores (Sanches Baena, II, XXIII).
Portugal: o genealogista, magistrado e escritor Cristóvão Alão de Moraes [1632-], em sua valiosa obra Pedatura Lusitana-Hispanica, composta, em 1667, dedica-se ao estudo desta família [Alão de Moraes, Pedatura, I, 1º, p. 145, 210; VI, 2º, p. 195, 313].
Felgueiras Gayo, em seu Nobiliário de Famílias, principia esta família em D. Sancho Nunes Barbosa, Senhor da Quinta de Barbosa, junto do Paço de Souza, que obteve por casamento [séc. XI], com Tereza Mendes, filha de D. Mem Moniz de Riba Douro e D. Urraca Mendes. D. Sancho, era filho do conde D. Nuno de Cellanova e de D. Gomes Echigues, sendo esta, filha do conde D. Gomes Echigues, que dizem ser o primeiro que usou o sobrenome Souza (v.s.), em Portugal (Gayo, Barbozas, Tomo V, § 1, 12).
BARBOZA - Sobrenome registrado, em 1814, pela Intendência Geral da Polícia da Corte, do passageiro espanhol, José Barboza, nobre, de passagem pelo porto do Rio de Janeiro, com destino a Porto Alegre, Rio Grande do Sul (Registro de Estrangeiros, 1808, 40). Há outras famílias com este sobrenome estabelecidas no Estado de São Paulo. Sobrenome de uma família estabelecida no século XIX, na Cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, à qual pertence Rafael Pedro Barboza, que deixou geração do seu cas., por volta de 1890, com Ana Leopoldina Sant’Ana.