SILVIA PINTO, importante família de abastados proprietários rurais estabelecida em Minas Gerais, ramo da família Rezende, procedente do Capitão Elias Antônio da Silva Rezende, nascido por volta de 1771.
Filho do Capitão José Antônio da Silva e de Maria Helena de Jesus; neto materno de João Rezende Costa, patriarca da família Rezende (v.s.), de Minas Gerais.
Deixou numerosa descendência do seu cas., c.1800, com Ana de Jesus Góes e Lara (SL, IV, 499), filha do Capitão Francisco Pinto Rodrigues e de Ana Maria Bernardes de Góes. Estabeleceram-se em Lagoa Dourada (MG). Entre os descendentes do casal, registram-se:
I – o filho, Protásio Antônio da Silva Pinto [1801, Lagoa Dourada, MG – ?], de quem descende um dos ramos da família Monteiro da Silva (v.s.), de Minas Gerais;
II – o filho, Cap. Gervásio Antônio da Silva Pinto [1801, Lagoa Dourada – ?], gêmeo de Protásio, de quem descende outro ramo dos Monteiro da Silva (v.s.), de Minas Gerais;
III – o filho, José Antônio da Silva Pinto, barão de Bertioga – detalhes adiante; e
IV – o neto, Dr. Astolfo Pio da Silva Pinto [1842-1892], de quem descende o terceiro ramo dos Monteiro da Silva (v.s.), de Minas Gerais;
Na região norte-fluminense, registra-se a família de Antônio Joaquim da Silva Pinto, fazendeiro em Campos, que foi agraciado com o título de barão de S. Fidélis [10.07.1867]. Recebeu Brasão de Armas – detalhes adiante.
Linha Ilegítima: O barão de Bertioga, citado acima e adiante, deixou geração de uma união com Ana Florisbela Cândida de Oliveira, natural de “Olhos d’Água”, freguesia de Brumado, MG. Uma de suas filhas, Rita Ubaldina de Rezende, ficou marcada pela crueldade com os escravos.
Nobreza Titular: José Antônio da Silva Pinto [- 05.05.1870, Juiz de Fora, MG], filho do patriarca, citado acima. Abastado proprietário e fazendeiro em Juiz de Fora. Comendador da Ordem da Rosa e fazendeiro em Matias Barbosa, MG. Muito caritativo e esmoler. Exerceu diversos cargos inclusive o de vereador à Câmara Municipal de Juiz de Fora [1853-1856].
A mesma Câmara, em 25.04.1866, deliberou que fosse prestado ao barão de Bertioga um voto de reconhecimento pelos serviços humanitários de alta caridade que prestou aos enfermos pobres e aos presos da cadeia (Laurênio Lago, Acréscimos e Retificações, 98). Foi agraciado com o título [Dec. 16.05.1861] de barão de Bertioga. Casado com Maria José Miquelina da Silva [- 1863], baronesa de Bertioga, filha de Francisco Santiago e de Clara Maria de Barbosa. Os barões de Bertioga, em 18.11.1859, fizeram doação dos terrenos para construção da Santa Casa de Misericórdia da cidade de Juiz de Fora, havendo legado vários bens à mesma instituição.
Brasil Heráldico: Antônio Joaquim da Silva Pinto, barão de S. Fidélis – citado acima.
Brasão de Armas datado de 25.05.1868. Registrado no Cartório da Nobreza, Livro VI, fls. 99: escudo esquartelado: no 1.º, em campo de goles, 5 crescentes de lua de ouro, postos em aspa; no 2.º, de goles, 2 canas de açúcar de ouro, postas em santor; no 3.º, de prata, um leão rompente de goles, armado de azul; e no 4.º, faixado de 6 peças de ouro e azul. Coroa de barão.
Timbre: um leão de prata com um crescente de lua na espádua esquerda (Sanches Baena, II, 194)