Brandão, trata-se de um sobrenome com raízes plausivelmente toponímicas, extraído que pode ter sido da denominação da vila de Paços de Brandão, na comarca de Santa Maria da Feira.
É possível que a família que adotou esta designação seja de muito remota antiguidade. Dizendo alguns genealogistas que o seu fundador foi Fernão Brandão, contemporâneo de Henrique de Borgonha.
A João Brandão Sanches, aliás um legítimo Brandão e que foi feitor de Portugal na Flandres do séc. XVI, parece ter sido dada carta de armas novas, usadas pôr ele seus descendentes.
Já com os verdadeiros Brandões nada tinha a ver Duarte Brandão, famoso aventureiro português do séc. XV e XVI.
De origem judaica, passou a Inglaterra pôr, segundo reza a lenda, ter assassinado um homem em Portugal.
De extrema bravura, depressa conquistou as boas graças do Rei Eduardo IV, que o fez cavaleiro da Jarreteira, passando a dominar-se Sir Edward Brampton, ao mesmo tempo que recebia o governo da ilha de Guernesey.
Em 1476 encontrava-se na França, e pôde emprestar a Dom Afonso V elevadas somas quando o rei de Portugal ali foi para se avistar com Luís XI de França. Ao tomar o partido de Ricardo II de Inglaterra, jogaria porém na carta errada, e a vitória da facção contrária forçou-o a retira-se para Portugal, onde foi bem acolhido pôr João II.
Só em 1500, alcançando o perdão de Henrique VII, pôde voltar à Grã-Bretanha, onde ainda viveria o suficiente para ver um filho ser armado cavaleiro da Jarreteira em Winchester pôr aquele mesmo monarca.
Deixou geração em Portugal, que continuou a usar o apelido Brandão, e na Inglaterra, que prosseguiu a linhagem dos Brampton.