GENEALOGIA - JOSÉ LUIZ NOGUEIRA 
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BULHÕES
BULHÕES

 

Sobrenome de origem geográfica.

Firmino Costa tirou de bulha, talvez por semelhança morfológica (Antenor Nascentes, II, 53).

Família originária dos Países-Baixos, do ducado de Bulhom, que deu dois reis a Jerusalém: Godofredo e Balduino de Bulhom, ambos irmãos. Passou a Portugal, na pessoa de Martim de Bulhom, que esteve na conquista de Lisboa, em 1147.

Seus descendentes, fundaram a quinta de Bulhões, que é o seu solar, perto de Lisboa (Sanches Baena, II, XXXIV). Brasil: Numerosas foram as famílias, que passaram com este sobrenome para diversas partes do Brasil, em várias ocasiões.

Não se pode considerar que todos os Bulhões existentes no Brasil, mesmo procedentes de Portugal, sejam parentes, porque são inúmeras as famílias que adotaram este sobrenome pela simples razão de ser de origem geográfica, ou seja, tirado do lugar de Bulhões.

O mesmo se aplica no campo da heráldica; jamais se pode considerar que uma Carta de Brasão de Armas de um antigo Bulhões, se estenda a todos aqueles que apresentam este mesmo sobrenome, porque não possuem a mesma origem.

Sobrenome de alguma famílias do Rio de Janeiro, entre elas: os Ferreira Bulhões, desde o séc. XVI - documentando-se Jorge Ferreira de Bulhões, recebendo a 17.09.1586sesmaria de 3000 pela costa e outro tanto para o sertão, na cabeça da Tijuca, no Rio dos Robalos; os Zuzarte de Bulhões, documentando-se Antônio Zuzarte de Bulhões, casado com Joana Mendes, que tiveram geração, documentada a partir de 1625, na Igreja da Sé; a do Alf. Domingos de Bulhões (1626, RJ - ?), casado, em 1651, RJ, com Isabel Barbosa (1630, RJ - ?) (Rheingantz, I, 271); e a dos Paes de Bulhões, documentando-se João Paes de Bulhões, que em 1647 foi Guarda dos navios e exerceu numerosos outros cargos na cidade do Rio de Janeiro.

Ainda, no Rio de Janeiro, entre as mais importantes, estava a João de Castilho Gois [c.1655 - 1721, RJ], filho de Manuel Dias de Gois e de Eufrásia de Fontes. Deixou numerosa descendência do seu casamento, em 1684, com Mariana de Bulham [c.1657 - 1726, RJ], moradores em Itambi, filha de Sebastião Serrão Freire e de Felipa de Bulhões, citados no título Serrão (v.s.).

Entre os descendentes do casal, registram-se:

I - o bisneto, Sargento-Mor João Soares de Bulhões [1757, São João del Rei, MG - 08.05.1827, Rio, RJ], fazendeiro em Inhomirim [fazenda da Caioaba -mais tarde propriedade da família do autor deste dicionário] e em Jacutinga [engenho da Conceição], ambas na província do Rio de Janeiro. Com geração;

II - a bisneta, Mariana Rita de Bulhões [175? - antes 1812], matriarca da família Oliveira Bulhões (v.s.), do Rio de Janeiro;

III - a terceira neta, Ana Luiza de Bulhões, matriarca da família Bulhões de Carvalho (v.s.), do Rio de Janeiro;

IV - a terceira neta, Maria Amália de Bulhões [1783-1863], matriarca da família Bulhões Ribeiro (v.s.), d Rio de Janeiro;

V - a quinta neta, Elisa Amália de Oliveira Bulhões [1834-1901], matriarca da família Bulhões Pedreira (v.s.), d Rio de Janeiro;

VI - a quinta neta, Justina de Oliveira Bulhões [17.11.1835, Rio, RJ - 12.10.1884, idem], que por seu casamento na família Paes Mendonça (v.s.), de Alagoas, tornou-se a baronesa de Anadia;

VII - a sexta neta, Luiza Bulhões de Azambuja [1854-1931], que foi casada com o Dr. Alfredo Augusto Vieira de Barcelos [1853-1930], que foi Prefeito Interino do Rio de Janeiro [1892-], conforme vai descrito no título da família Vieira Barcelos (v.s.).

Em Pernambuco, entre as mais antigas, está a de Manuel Vieira da Costa, casado, por volta de 1715, com Maria Paes de Bulhões. Ainda, em Pernambuco, a de Zacarias Bulhões, nat. de Viseu, filho de Antônio de Bulhões e de Maria Feyo. Vivia em 1670. Deixou geração de seu casamento com Jerônima da Cunha, filha de Pedro da Cunha de Andrade, patriarca da família Cunha Pereira (v.s.), de Pernambuco.

Na Paraíba, entre as mais antigas, está a de Amador Velho de Bulhões [n.Lisboa], casado com Catarina de Melo Miranda [n.Lisboa]. Passaram à Paraíba, em princípios do séc. XVII.

Francisco Carvalho Franco, em seu Nobiliário Colonial, registra Manuel Gomes de Bulhões, natural da Ilha da Madeira, filho de Luís de Bulhões, que teve mercê de lançamento do hábito da Ordem de Cristo, pelos serviços prestados na Bahia [09.09.1656] (pág. 44).

No Maranhão, entre as mais antigas, registra-se a de Francisco de Oliveira Bulhão, casado, c. 1782, com Rosa Helena Lamagnère, da importante família com este sobrenome, no Maranhão.

 

Heráldica: em campo de prata, uma cruz vermelha, com doze bolotas de ouro e os casculhos de verde, três em cada ponta da cruz. Timbre: uma árvore de sua cor, com bolotas como as do escudo (Sanches Baena, II, XXXIV).

 

 

Encontrei no Armorial Histórico da Casa da Torre de Garcia d’Ávila, página 73, referência 105, sendo a última delas, que o sobrenome integra a Casa da Torre pelo Afonso Lopes Bulhões, esposo de D.Isabel Gramacho, avós maternos de Jerônimo de Albuquerque.

 

É o que tenho.

 

Faça bom uso.

 

Abraços

 

Afrânio Franco de Oliveira Mello
IHGGI / ROL - Jornal On Line

 

Bulhões, consoante alguns genealogistas, a família que fez uso deste sobrenome proviria de um parente de Godofredo de Bouillon, o fundador do reino cristão de Jerusalém, que tivesse vindo com Henrique da Borgonha para a Península e aqui deixasse posterioridade.

 

É esta, uma lenda desprovida da menor verosimilhança.

Sendo muito mais provável que o nome de Bulhão ou Bulhões derivasse da moeda assim designada, senão de uma quinta no termo de Lisboa que também assim se dominava.

Santo António de Lisboa ou de Pádua, o grande doutor e pregador franciscano, chamou-se  Fernão Martins e era filho de um Martim de Bulhão e de sua mulher, que os genealogistas dizem ter sido Dona Teresa Taveira, filha de Paio Soares Romeu e de Dona Sancha Henriques de Portocarreiro. Mas se parece ser verdadeira a filiação paterna do santo protetor de Lisboa, tudo o resto se não encontra minimamente provado documentalmente.

Nem sequer é possível garantir-se que o apelido Bulhões tenha derivado do Bulhão.

 

 

 

Armas

 

 

 

De prata, uma cruz de vermelho solta, maçenetada de doze bolotas de ouro com casculhos de verde.

 

Timbre: uma aspa de vermelho, com seis bolotas do escudo nas pontas de cima, três em cada uma

 

 

 

Títulos, Morgados e Senhorios

 

Barões de Beduído

 

Explicação de algumas punições.

 

 

 

Uso de Hábito Perpétuo: ou sambrenito era uma punição quase sempre utilizada pelos inquisidores. Esta roupa era de uso obrigatório pelos hereges mesmo quando eram libertados. O hábito era um roupão quase sempre da cor preta ou amarela, tendo desenhos de cruz no peito e nas costas. Quando a setença era hábito com insígnias de fogo, vinham todos pintados com labaredas e figuras diabólicas. Quem era condenado a usar essas vestimentas, não conseguiam trabalho, tinham todos os seus bens confiscados, eram ridicularizados e apedrejados, acabavam seus dias mendingando ou morrendo a mingua. Seus descendentes eram considerados infames por várias gerações, não podendo ocupar quaisquer cargos públicos, pertencer a ordens militares ou religiosas.

 

Carocha: era um objeto parecido a uma coroa ou mitra, que era colocada na cabeça de alguns condenados e toda pintada com figuras demoníacas.

 

Galés: era a punição onde o réu era condenado a ficar numa embarcação movida a tração humana. Não havia retorno, a maioria morriam por exaustão. Eram embarcações similares aos que os Romanos e os Vikings usavam.

 

Degredo: o condenado era expulso de Portugal e enviando para as colônias portuguesas sem qualquer perspectiva de melhora. Mas na realidade era a melhor punição, pois muitos acabaram por viajarem para outros países e colônias e com o tempo recuperar um pouco de seus bens.

 

Cárcere: na realidade era uma ida quase sem volta, as condições nas masmorras eram as piores possíveis, a maioria morria nas prisões ou saiam em situação deplorável física, emocional e espiritual. Muitos morriam pouco tempo depois de saírem desses cárceres.

 

Mordaça: o condenado era obrigado a usar uma mordaça na boca e era proibido de falar com qualquer pessoa.  

 

Açoite: o réu era açoitado em praça pública com chicotes

 

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JOSÉ LUIZ NOGUEIRA

 

 

 

 




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