General José Gomes Pinheiro Machado nasceu 8 de maio de 1851 em Cruz Alta-RS.
Filho de Antônio Gomes Pinheiro Machado e Maria Manoela de Oliveira Ayres. Descendente das famílias dos fundadores de Itapetininga.
José Gomes Pinheiro Machado foi um político brasileiro, tendo sido um dos mais influentes da República Velha (1889-1930). Era conhecido como "o condestável da república".
Pinheiro Machado estudou na Escola Militar e aos quinze anos abandonou o curso para lutar, como voluntário e contra a vontade paterna, na Guerra do Paraguai. Deixou o exército em 1868 e permaneceu durante algum tempo na fazenda de seu pai, no Rio Grande do Sul, para se recuperar do desgaste físico sofrido em batalha. Após esse período, viajou para São Paulo, onde se formaria em 1878 pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Senador Federal. Vulto preeminente no Partido Republicano.
Ainda estudante, formou com alguns colegas o Clube Republicano Acadêmico e fundou o jornal A República. Após a sua formatura, casou-se, ainda em São Paulo, com Benedita Brazilina da Silva Moniz e voltou para o Rio Grande do Sul, onde passou a exercer a advocacia na cidade de São Luís das Missões, atual São Luiz Gonzaga, e ainda fundou o primeiro partido republicano daquela província. Ardoroso defensor do estabelecimento da República no Brasil, lançou-se à propaganda com republicanos como Venâncio Aires, Demétrio Ribeiro, Apolinário Porto Alegre, Ramiro Barcelos, Joaquim Francisco de Assis Brasil e Júlio Prates de Castilhos, de quem ficou amigo. José Gomes Pinheiro Machado era casado com Benedita Brazilina Pinheiro Machado, mais conhecida como "Dona Nha-Nhã", desde 5 de agosto de 1876.
No Rio de Janeiro, o casal residia numa das mais belas e famosas residências da então Capital Federal: o Palacete do Morro da Graça, em Laranjeiras, comprado em 1897, e ainda existente. José casou-se com Benedicta Brazilina Pinheiro Machado (Nhá Nhã), filha de Antônio Augusto Araújo Moniz e Eulália da Silva, no dia 5 de agosto de 1876 em São Paulo-SP. Benedicta nasceu 3 de fevereiro de 1856 em São Paulo-SP.
Ela faleceu no dia 19 de julho de 1935 em Rio de Janeiro. Era filha de Antônio Augusto Araújo Moniz, membro da aristocracia brasileira do sudeste deste país, e de Eulália da Silva. Seu pai pertencia a uma parte da família Moniz de Portugal que, no século XVII, fixou residência na vila de São Vicente, tendo entre os seus ascendentes Garcia de Gusmão Moniz, vindo do Algarve, e cavaleiro fidalgo da Casa Real Portuguesa. Em 5 de agosto de 1876 Benedita Brazilina viria a ser casar com José Gomes Pinheiro Machado, então estudante na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, da USP, e que, após a proclamação da república brasileira (1889), e consequente fim do Império do Brasil, da monarquia constitucional vigente até então, e, portanto, da soberania do imperador Dom Pedro II, viria a se tornar um dos políticos mais influentes do Brasil. Em 1878, após Pinheiro Machado ter concluído o curso de direito em São Paulo, mudou-se para São Luís Gonzaga, antiga São Luiz das Missões, ingressando na campanha republicana em curso na província de São Pedro do Rio Grande do Sul e fundando o primeiro clube republicano riograndense nesta cidade, com o incentivo e ajuda da esposa, que se desdobrava entre o apoio às atividades na cidade e os trabalhos de administração das terras da família, a Fazenda Pirajú. Sobre a nova residência da família no Morro da Graça, no bairro de Laranjeiras, Rio de Janeiro, comenta Emil Farhat, em "O JORNAL", de 31 de julho de 1935: “É por demais conhecida a crônica da vida do chefe gaúcho nesse solar. Sua esposa, porém, não odificara o espírito simples e afeito ao trabalho.
As visitas cerimoniosas, ou as dos admiradores populares com que seu marido contava aos milhares, eram recebidas e tratadas afavelmente por ela. Encantavam-na as manifestações dos colegiais no dia do aniversário de Pinheiro Machado”. “D. Nha-Nhã (seu apelido de criança) reunia em si dois tipos diferentes de mulher. Carinhosa e recatada, afastada das grandes festas mundanas, ela possuía, porém, preferência especial pela atividade do marido. E era de vê-la nos dias sombrios dos movimentos armados ou de rebeliões prestes a esencadear-se, a passear pelas ruas no seu carro, buscando conhecer a extensão do perigo, tal como na revolta de João Cândido. Deixava de ser mulher do lar, para ser a heroína que acompanhou Pinheiro Machado na sua vida tormentosa de rei sem trono”.
O solar no Rio, chamado de palacete do Morro da Graça, foi construído no início do século XIX pela família Rozo, e, por volta de 1880, teria sido comprado pelo comerciante Manoel Fernandes da Cunha Graça, que deu seu nome ao morro. Posteriormente, em 1897, foi vendido a Pinheiro Machado. Após 40 anos de casada, amargurada com o trágico desaparecimento do marido, inscreveu no seu mausoléu construído no cemitério da Santa Casa de Misericórdia, em Porto Alegre:[3] "Desoladas, tua esposa e a República lamentam e lamentarão sempre a tua grande falta”.
General José Gomes Pinheiro Machado exerceu tremendo poder na República Velha. Morreu assassinado no Rio de Janeiro. Ele faleceu no dia 8 de setembro de 1915 no Rio de Janeiro.