Júlio Prestes de Albuquerque nasceu em Angatuba, distrito de Itapetininga, no dia 15 de março de 1882.

Ele foi batizado no dia 28 de abril de 1882 na Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres em Itapetininga.

Filho de Fernando Prestes de Albuquerque e de Olímpia Sant'Ana Prestes.

Neto paterno do Coronel Manoel Prestes de Albuquerque e de Inácia Francisca Vieira.

Neto materno de José Joaquim Santana e de Generosa da Silveira Santana. 

Estudou as primeiras letras, em sua terra natal e depois em Itapetininga.
Depois de um apurado estudo, matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo, formando-se em 1904.

Júlio casou com Alice Vianna Prestes, filha de Dr. Abílio Vianna e Maria Isabel de Barros Vianna. Alice nasceu no dia 21 de outubro de 1887 em Piracicaba - SP. Ela faleceu no dia 9 de junho de 1940 em Itapetininga-SP.

Júlio e Alice tiveram os seguintes filhos:

       i.   Marialice Prestes de Albuquerque. Casou com Mário Pitombo. Tiveram os seguintes filhos: Julice Prestes Pitombo  que teve os filhos: Teodoro Mendes Neto, Alice Prestes Mendes, Ana Maria Prestes Mendes Caldana e Júlio Prestes Mendes. E Teodoro Pitombo. 

       ii.   Fernando Prestes de Albuquerque Neto nasceu em Itapetininga-SP. Ele faleceu outubro de 1980 em São Paulo-SP. Embora exercesse a função de diretor em várias empresas da Capital, Fernandinho, como era mais conhecido pelos amigos e companheiros de infância, não esquecia sua cidade natal. De uma solidariedade humana inquestionável, participava de todas as campanhas filantrópicas e religiosas. Culto e bem informado, era sempre procurado para sugerir questões relativas ao progresso de Itapetininga. Era casado com dona Maria Antonieta do Amaral Prestes. Faleceu em São Paulo, em outubro de 1980. Tiveram: Maria Antonieta e Alice (gêmeas) e Maria Júlia.

       iii.   Irene Prestes de Albuquerque nasceu  em 1910. Ela faleceu no dia 3 de julho de 1985 com 75 anos no Rio de Janeiro-RJ e foi sepultada em Cemitério São João Batista - Rio de Janeiro. Quando faleceu morava na Rua Santa Clara em Copacabana - Rio de Janeiro. Irene era  casada com Sócrates Ribeiro da Silva. Eles tiveram Bernadete Maria da Silva.

O Dr. Júlio Prestes de Albuquerque advogou por muitos anos na Capital e dedicando-se mais tarde a política. Como político ocupou cargos de grandes responsabilidades como: Deputado Estadual, Deputado Federal, ocupando sempre a cadeira de líder.
Foi eleito Presidente de São Paulo até 1930, foi quando rebentou revolução chefiada pelo Dr. Getúlio Vargas, eleito Presidente do Brasil, não chegou tomar posse, devido ter-se exilado para Portugal.
Quando na Presidência do Estado demonstrou seu dinamismo a capacidade na reorganização do Instituto Butantã, Banco do Estado de São Paulo, construiu o majestoso Palácio da Justiça, aumentou a estrada de ferro e de rodagem.
No seu governo foi construída a estrada de ferro Mayrink à Santos, com mais ou menos 120 km de extensão que veio trazer grandes benefícios a região.

Depois de 5 anos de exílio, volta o Dr. Julio Prestes de Albuquerque ao Brasil, recolhendo-se na fazenda das Araras de sua propriedade.
No da 9 de fevereiro de 1946, faleceu em sua fazenda.
Entre os grandes comentaristas da época, notamos diversos, que por muito tempo, ocuparam as páginas dos jornais da Capital, falando de sua vida.
Diz Dolor de Brito: - Estes versos se aplicam perfeitamente à Julio Prestes, que no seu retiro da Fazenda das Araras, venceu os últimos anos como Spinosa, Grave, Solitário, afastado das vãs ambições e das grosseiras cobiças apenas do mundo interior, das suas idéias e do seu ascediado amor ao Brasil.

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Advogado, bacharelou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo em 1906. Iniciou sua carreira política em 1909, elegendo-se deputado estadual em São Paulo pelo Partido Republicano Paulista (PRP). Reelegeu-se por várias vezes, exercendo o mandato até 1923. No ano seguinte, foi eleito para a Câmara Federal e assumiu a liderança da bancada paulista naquela casa. Posteriormente assumiu a presidência da Comissão de Finanças e a liderança da bancada governista.

Eleito presidente do estado de São Paulo em julho de 1927, em 1929 foi indicado por Washington Luís como candidato do governo à sucessão presidencial a ser definida em março do ano seguinte. Essa indicação, porém, desagradou Minas Gerais, que contava com a indicação de um mineiro para assegurar a alternância entre os dois maiores estados no comando do governo federal. Minas Gerais acabou articulando a Aliança Liberal, chapa de oposição encabeçada pelo gaúcho Getúlio Vargas e tendo como vice o paraibano João Pessoa. A campanha foi bastante acirrada, mas, realizado o pleito, a chapa situacionista foi declarada vitoriosa. Assim que o resultado oficial foi divulgado, Júlio Prestes viajou para o exterior, sendo recebido como presidente eleito em Washington, Paris e Londres.

No Brasil, contudo, os oposicionistas, alegando a existência de fraudes no pleito, prepararam um movimento revolucionário que visava depor Washington Luís antes que a presidência fosse transferida a Júlio Prestes.
O movimento teve início em 3 de outubro e no dia 24 do mesmo mês Washington Luís foi afastado do governo por uma junta militar que, no dia 3 de novembro, entregou o poder a Getúlio Vargas, líder das forças revolucionárias.

Júlio Prestes, que havia retornado ao Brasil, pediu asilo no consulado britânico.

Viveu no exílio até 1934, quando retornou ao Brasil com a reconstitucionalizaçao do país, passando a se dedicar ao cultivo do algodão em Itapetininga.

Voltou à cena política somente em 1945. Foi fundador da União Democrática Nacional (UDN) e membro da comissão diretora desse partido.

A Fazenda Araras

A Fazenda Araras pertencia a Julio Prestes antes dos acontecimentos de 1930. A Fazenda Araras localiza-se ao lado esquerdo da Estrada Velha Itapetininga - Tatuí, alguns quilômetros depois da Penitenciaria do Bairro Capão Alto. Mas o seu retorno do exílio, em 1934, é que promoveu reformas e adaptações, especialmente no velho casarão, onde construiu a majestosa varanda.

http://julioprestes.wordpress.com/a-saga-do-arquivo-julio-prestes-salvando-a-historia-dos-vencidos/

http://julioprestes.wordpress.com/cartas/

Como curiosidade, lembro que desde criança ouvi a história de que, após ganhar as eleições para Presidente da República e do golpe de estado perpetrado por Getulio Vargas, o exército foi prender Julio Prestes que se encontrava no consulado da Inglaterra, junto com o seu cunhado Bernardes Junior que, àquela altura, ainda não era Desembargador.

Quando bateram à porta do Consulado, este pediu alguns minutos ao Comandante da tropa do exército, subiu e voltou todo aparamentado com sua própria farda e disse ao Comandante que ele só prenderia Julio Prestes “over his dead body”. Com isso, o Comandante achou melhor recuar e não prender Julio Prestes, que ficou hospedado no consulado inglês até que o Cônsul o levou de carro até Santos para pegar um navio e seguir para o exílio.

Período de Governo: 1930 - Tipo de eleição: direta - Votos recebidos: 1.091.709 (um milhão noventa e um mil setecentos e nove).

Posse: Não houve - Eleito, proclamado mas não empossado, tendo em vista a eclosão do movimento revolucionário de 24.10.1930, quando a Junta Governativa assume o poder.

Fazenda das Araras (do acervo de Mauro de Mello Leonel - texto encontrado junto à foto)