GENEALOGIA - JOSÉ LUIZ NOGUEIRA 
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LOPES DE OLIVEIRA
LOPES DE OLIVEIRA

Manuel Lopes de Oliveira Sobrinho nasceu no dia 15 de janeiro de 1846 em Itapetininga-SP.

Filho do Coronel Antonio Lopes de Oliveira Júnior e de Anna Joaquina de Oliveira, moradores em Sorocaba. Ele tinha 13 irmãos.

Nasceu na Fazenda Bom Retiro em Itapetininga. Ele foi batisado somente dois anos depois.

Eis o termo do seu batismo:

"Manoel - Aos vinte três de Julho de mil oitocentos  e quarenta e oito annos, na Fazenda do Bom retiria o Reverendo Padre Affonço Pereira Chaves , com minha licença baptizou e pos os Santos Oleos a Manoel nascido aos quinze de Janeiro de mil oitocentos quarenta e seis: filho de Antonio Lopes de Oliveira e dona Anna Joaquina de Oliveira. Foram padrinhos: Joaquim Jozé de Oliveira e Maria Joaquina de Oliveira, Solteiros.

                                                           O Vigrð Franc ° de Paula e Medr's "

 

Os padrinhos eram tios maternos do neófito.

Foi-lhe ministrada a instrução por seu cunhado Domingos Alves Martins Carneiro, português, senhor de grande saber e luminosa inteligência, que foi casado com a sua irmã mais velha, Dona Joaquina (Quininha).

Silva Leme com a sua incomparável ciência em coisas de Genealogia, expõe e analisa longamente toda a sua nobre Ascendência, remontando-a aos quinhentistas fundadores de São Vicente, companheiros de Martim Afonso de Souza.

Dotado de aguda e lúcida percepção, poderia o jovem itapetiningano ter cursado os estudos superiores. Em vez disso preferiu dedicar-se à vida comercial, o que fêz desde muito cedo, escolhendo c ramo de fazendas, por atacado.

Por sua conduta sempre irrepreensível, adquiriu lugar saliente entre os negociantes do seu tempo, sendo proverbial a sua intransigente honestidade.

Pertencia a Família de homens empreendedores: Seu pai e seu tio haviam sido os fundadores da primeira fábrica de tecidos de algodão, com teares mecânicos, a vapor, em 1852, como comentou Camargo Aranha; seu pai foi um dos fundadores do hoje florescente " Gabinete de Leitura Sorocabano' e com Maylasky e 0 Barão de Piratininga, da Estrada de Ferro Sorocabana, de cuja primeira Diretoria foi tesoureiro.

Foram os Lopes que levantaram a Igreja do Rosário (hoje de Santa Escolástica) e o imponente Edifício do antigo teatro, onde ora funciona o Paço Municipal de Sorocaba.

Não causaria espécie, portanto, que ele quisesse também mostrar-se empreendedor como os seus, "dinâmico" como agora se diz.

Aos dezoito anos, em 1864, estabeleceu sua casa comercial, em Sorocaba, tendo sido sócio de seu futuro cunhado José Teixeira Guimarães, português, que foi casado com sua irmã Dona Ana Lopes de Oliveira Guimarães (Aninha).

Em 1865 e 1866 foi mesário da Santa Casa de Misericórdia de Sorocaba.

Manuel casou com Francisca de Assis Vieira Bueno, filha de Francisco de Assis Vieira Bueno e Francisca de Paula Camargo de Souza Freire, no dia 19 de maio de1866 em Sorocaba-SP. Francisca nasceu no dia 25 de julho de 1847 em Bragança Paulista-SP. Ela faleceu no dia 13 de Maio de 1937 (89) em São Paulo-SP.

 

Aos dezenove de Maio de mil oitocentos e sessenta e seis, dispensados dos proclamas e mais diligencias que deviam preceder ao Matrimonio, por provisão do Muito Rev Dr Vigario Geral do Bispado, em casa de Dª . Antonia Candida de Camargo, em oratorio particular em minha presença e das testemunhas o Dr. José Maria de Souza , e Domingos Alves Martins Carneiro pelas oito horas da noite se receberão em Matrimonio por palavras de presente e Bençãos nupciaes Manoel Lopes de Oliveira Subrinho filho de Antonio Lopes de Oliveira e de D. Anna Joaquina de Oliveira, com D. Francisca de Assis Vieira Bueno, filha do Dr. Francisco de Assis Vieira Bueno e de D. Francisca de Paula Camargo, já fallecida . O contrahente é natural e baptisado nesta e a contrahente na cidade de Bragança , freguezes desta do que mandei fazer este assento .

                                        O Vigr. Antonio Joaquim de Andr.”

 

Depois de casado, foi montar a sua casa de comércio na Côrte do Rio de Janeiro, onde residia o sogro. Frequentava, porém, constantemente Sorocaba.

 

Manuel e Francisca tiveram os seguintes filhos:

  1. Maria Cândida Bueno Lopes de Oliveira nasceu no dia 15 de março de 1867 em Sorocaba-SP. Ela faleceu no dia 20 de Agosto de 1951 (84) em São Paulo-SP. Maria casou com José Vicente de Azevedo (Conde Romano). José nasceu no dia 7 de Julho de 1859 em Lorena-SP. Ele faleceu no dia 3 de Março de 1944 (84) em São Paulo-SP. Ele era advogado.

     2. Adelina Lopes de Oliveira nasceu no dia 23 de abril de 1868 em Sorocaba-SP.

   3. Abigail Lopes de Oliveira nasceu no dia 29 de junho de 1869 em Sorocaba-SP. Ela faleceu em Sorocaba-SP. Faleceu na infância.

   4. (Baronesa de Bocaina) Rosa Bueno Lopes de Oliveira nasceu no dia 7 de outubro de 1870 em Sorocaba-SP. Ela faleceu em 1954 (83-84) em São Paulo-SP. Rosa casou com Francisco de Paula Vicente de Azevedo (Barão de Bocaina). Francisco nasceu no dia 8 de outubro de 1856 em Lorena-SP. Ele faleceu no dia 17 de Outubro de 1938 (82) em São Paulo-SP. Ele era Médico.

     5. (Manequinho) Manuel Lopes de Oliveira Filho nasceu no dia 14 de março de 1872 em Sorocaba-SP. Ele faleceu em 1938 em São Paulo-SP.

 A 14 de março de 1872, na Côrte, nasceu- lhe o único filho varão e herdeiro do seu nome, Manuel Lopes de Oliveira Filho, o saudoso Manequinho, que foi cientista de renome e jornalista vigoroso, assinando-se, em " O Estado de São Paulo ", com as iniciais " O. F. ", durante mais de vinte anos. Faleceu em São Paulo em 1938 e muito significativo é que êle sempre se tivesse considerado “ sorocabano " ...

 Manuel Lopes de Oliveira morreu inesperadamente.

Contava 65 anos de idade.

Para bem seu, êle seguia o prudente conselho das Letras Sa gradas : "Vigilate quia nescitis diem neque horam " "Vigia, porque não sabes nem o dia, nem a hora".

 Estivera em Guarujá, em visita à filha, a Condessa de Vicente de Azevedo e regressara ao lar, uma casa de aluguel à alameda Nothmann, em São Paulo.

 À noite era dia 18 de junho de 1911, depois de agradável e prolongada palestra com um neto e afilhado (Netinho ) e com a Esposa (a bondosa Dinda, quando já se preparava para deitar- se, estando sozinho, foi acometido por uma síncope cardíaca .

Parara o coração que tanto pulsara! ...

Que tanto pulsara pela Família (marido, pai e avô amantissimo que era), que tanto pulsara pela Pátria (combatendo sempre pelo bem comum e pelas causas que êle julgava nobres).

 Ao seu sepultamento compareceu o que São Paulo possuia de mais escolhido.

No mesmo dia, na Sessão Constituinte do Estado de São Paulo, o Senador José Alves de Cerqueira Cezar fazia inserir em ata um voto de profundo pesar pelo falecimento do "prestigioso republicano"

Todos os jornais da capital publicaram sentidos necrológios, exaltando as virtudes públicas e domésticas do extinto.

Com lágrimas disfarçadas nos cantos dos olhos, eu relia, dias há, o "Correio Paulistano","O Estado de São Paulo", "A Platéia " , o "Diário Popular " e "A Gazeta" e mirava no "Jornal do Comércio (edição de São Paulo ) e no " São Paulo " a efigie serena e boa daquele que vivera e morrera inatacável em qualquer dos seus atos.

Cercado de geral simpatia, em sua memória há ruas com o seu nome em São Paulo e também aqui em Itapetininga.

Pouco deixou aos seus descendentes.

Em nome da Família do Homenageado , agradeço à Prefeitura Municipal e em especial ao nobre Prefeito Francisco Lisboa ; ao-"Clube Venâncio Aires " e ao seu benemérito Presidente, Coronel Antônio Vieira Sobrinho , e a vós todos que aqui acorrestes para reviver a imagem dum itapetiningano eminente que, ao invés de diluir-se com o tempo deve , cada vez mais , firmar-se como exemplo o momento de consôlo que lhe foi proporcionado por vossa magnanimidade, o incentivo e o prêmio da Boa Obra.

Apresentando protestos de eterno reconhecimento "o coração à flor da bôca" faço votos pela crescente prosperidade desta cidade.

Praza a Deus que em Itapetininga continuem, para todo o sempre, a nascer homens capazes, probos, bem intencionados e patriotas, para a felicidade de São Paulo e grandeza do Brasil!

Uma parte do texto desta página é autoria de BUENO DE AZEVEDO FILHO
(Conferência pronunciada em 19 de Janeiro de 1946, no " Clube Venâncio Aires'', a convite
da Prefeitura Municipal de Itapetininga

 

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JOSÉ LUIZ NOGUEIRA

 

 

 

 




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