Sobrenome de origem italiana.

Trazido por um Dionísio Maricondi, que emigrou para os Açores (Antenor Nascentes, II, 363).

Família originária da Itália estabelecida inicialmente na Ilha de São Miguel, de onde passou à São Paulo, fixando-se em Pindamonhangaba (SP), com ramificações no Paraná e Rio de Janeiro.

Teve princípio em Dionysio Marcondes [c.1688, Veneza, Itália - ?]. Foi para Portugal, de onde emigrou para a Ilha de São Miguel. Casado com Maria Vieira. Foram pais do Capitão Antônio Marcondes do Amaral [c.1713, Ilha de São Miguel - 1786, Pindamonhangaba, SP].

Veio para o Brasil como Mestre de uma embarcação, denominada São Boaventura, tendo sofrido naufrágio nas praias de Bajuró (Rio Grande do Sul). Salvando-se deste naufrágio, passou para a Capitania de São Paulo, estabelecendo-se em Pindamonhangaba, onde deixou vasta descendência de seus dois casamentos:

1º, com Maria Madalena de Jesus, filha de Carlos Cardoso Carbal;

2º, com Ana Joaquina de Sá, filha de Lourenço de Sá.

Entre os seus descendentes (CB, Famílias de Barra Mansa).

Linha de Batina: Monsenhor Ignácio Marcondes de Oliveira Cabral [1783-1863], neto do citado Capitão Antônio Marcondes do Amaral, e bisneto de Dionysio Marcondes. Ordens de Presbítero [1800]. Vereador. Membro do Conselho Geral da Província. Deputado Provincial [SP] e Geral [SP-1857].

Deixou numerosa descendência, por via de sete filhos naturais, reconhecidos e legitimados por Carta Imperial, conforme testamento (Washington Marcondes - Monsenhor Ignácio, ASBRAP, I, 213).

Linha Natural: o Sargento-Mor Manuel Marcondes de Oliveira Melo [1776-1863], barão com honras de grandeza de Pindamonhangaba, citado adiante, deixou uma filha natural chamada Inácia Portes (Anuário Genealógico Brasileiro, III, 258).

Nobreza Titular:

I - Sargento-Mor Manuel Marcondes de Oliveira Melo [1776, São Paulo, SP - 06.08.1863, Pindamonhangaba, SP], 2.º comandante da Imperial Guarda de Honra do Príncipe regente [1822]. Um dos testemunhos do Grito do Ipiranga. Guarda-Roupa honorário do Imperador [doc. 1826]. Tomou parte na Revolução de 1842. Foi agraciado, sucessivamente, com os títulos de barão de Pindamonhangaba [Dec. De 15.11.1846]; e barão com honras de grandeza de Pindamonhangaba [Dec. de 11.10.1848]. Filho de Inácio Marcondes do Amaral e de Ana Joaquina de Oliveira. Não deixou sucessão dos seus dois casamentos: o primeiro, a 15.02.1817, em Pindamonhangaba, com Maria Justina do Bom Sucesso, filha do barão de Paraibuna, da família Varela Lessa (v.s.), de São Paulo; o segundo, em 31.07.1827, em Taubaté, com a viúva Maria Angélica de Siqueira, viúva do Capitão Rafael José Machado, filha do Capitão-Mor Miguel Martins de Siqueira e de Francisca Leme de Siqueira;

II - Manuel Inácio Marcondes Romeiro, foi agraciado, a 31.01.1877, com o título de barão de Romeiro. Foi casado, em primeiras núpcias, com Mariana Marcondes César, sua prima; e, em segundas núpcias, com Mariana Marcondes de Oliveira César, outra prima, que foi baronesa de Romeiro;

III - Zeferina Marcondes dos Santos [- 21.09.1936, Rio, RJ], que, por seu casamento, a 24.12.1874, no Rio [RJ], na importante família Carneiro Leão (v.s.), do Rio de Janeiro, tornou-se a baronesa de Paraná.

 ( Fonte: Dicionário das Famílias Brasileiras,  Carlos Eduardo Barata, Antônio Henrique Cunha Bueno, 1999)

Vamos registrar aqui um email que recebemos de Frederico Marcondes Machado Filho, descendente do Dionísio, no qual ele afirma que o sobrenome seria MARCONE. Enviou uma imagem do registro matrimonial com a dona Maria Vieira, a qual vemos abaixo e ao lado uma transcrição feita por ele desse documento.