Mais de 500 mil brasileiros têm esse sobrenome.
Sobrenome de origem portuguesa que faz referência à cidade Moura, pertencente ao Distrito de Beja, região do Alentejo.
A palavra em si traz origens relacionadas aos mouros, antigos habitantes árabes do norte da África.
De fato, não é possível remontar a genealogia dessa família em bases documentais anteriores ao século XV, mas registros orais contam que o sobrenome foi adotado por cristãos-novos perseguidos e condenados pela Inquisição.
Descendentes de Bastião de Moura. Quando essa família fugiu da Inquisição Católica (uma das poucas famílias de portugueses de religião judaica que conseguiram isso) em 1498, os parentes nossos que foram para Amsterdã adotaram, aos poucos (até cerca de 1658), o nome Mor.
Os que ficaram por lá são Mor até hoje. São membros da Congregação dos Judeus Portugueses da capital da Holanda. Os que, entre os anos 1658 e 1664 foram para as ilhas britânicas, depois para as Antilhas Britânicas, e depois para as demais possessões britânicas (EUA, Austrália etc.), adotaram o More (não é Moore, mas More). Os Moura – a família era de judeus sefaraditas – dos reinos ibéricos (Castela etc.) viraram Mora, e foram maciçamente batizados como católicos, ainda que pela força: muitos morreram queimados em praça pública acusados de prática de uma religião ilegal, o judaísmo.
Um parente nosso, francês, escreveu uma tese universitária sobre o Mora. Os Moura chegaram ao Brasil – litoral da Bahia – em 1503, no navio de Bastião De Moura, o Espoir d’Honfleur. Ele voltou para Honfleur na França ao final de 1503, e em 1504 passou outra vez pelo mesmo litoral brasileiro, da atual Bahia, e deixou mais parentes nossos.
E depois, seguiu para a Índia, numa missão comercial francesa, a primeira daquele país até a península Índica (somos uma das dez famílias mais antigas do Brasil) mais antigas que a nossa, só as dos descendentes dos marinheiros do navio de Cabral que fugiram em 1500, embrenhando-se na floresta, e as dos descendentes de portugueses que, estranhamente, foram descobertos nas proximidades de onde hoje é Santos, e que ninguém sabe ao certo por que estavam lá – onde devem ter chegado antes de 1500).
Bastião conhecia exaustivamente as rotas oceânicas, não apenas por ser filho de João De Moura, o excepcional navegador português de meados do século XV. Também detinha no cérebro informações de uma família dedicada aos oceanos e mares desde tempos remotíssimos. Naqueles tempos, a pessoa já nascia sabendo que profissão teria, pois inexistiam escolas, e os filhos eram sempre aprendizes da profissão paterna; entre os Moura, quem não era navegador era cartógrafo, e ambos eram igualmente comerciantes.
João De Moura, foi o mais exuberante navegador português de meados do século XV. Foi quem fixou nos mapas as rotas lusitanas pela África. Vasco da Gama valeu-se dos mapas feitos por esse nosso ancestral para contornar a África.
Os Mor/Moura eram portugueses desde o século XII, pois lutaram no exército que criou Portugal no século XIII e, por isso, ganharam uma cidade como prêmio do primeiro rei de Portugal. Entretanto . . . não eram cristãos: eram judeus. Eram judeus de uma família de navegadores do Mediterrâneo, desde os tempos do Império Romano. Anos de pesquisa, revelaram isso.
Registros foram encontrados com nossos parentes que fugiram da Inquisição e foram para Amsterdã, Holanda. São eles: os Mor da Holanda; os More do Reino Unido, dos EUA, da Austrália, da Nova Zelândia e do Canadá; os Mora da Espanha, os Moura de Alexandria, do Egito - que desde 1952 mudaram-se para Israel.
Os Mor eram israelitas da tribo de Judá, do local onde hoje fica a Jordânia. E, por tradição, fomos preponderantemente navegadores e cartógrafos, até o século XVIII. Portanto, Moura, nosso nome, não tem nada a ver com os Mouros. Nada mesmo.
Em tempo: o atual cônsul de Israel em São Paulo é da família Mor, descendente de um herói da formação do atual Estado de Israel.
Na verdade, nosso nome é Mor, do latim Morus nigra, uma árvore do Oriente Médio, um tipo de amoreira.
Descendemos de navegadores portugueses, de Bastião de Moura, o maior navegador português da virada do século XV para o XVI, em cujo navio (seu), o Esperança, ele fugiu da Inquisição com a família, indo para Honfleur, França, porto da Normandia.
Bastião foi o comandante do Espoir (afrancesamento de Esperança) d'Honfleur, o primeiro navio sob bandeira francesa a chegar à Índia, em 1505.
http://algunsdiasdosmouras.blogspot.com/2010/01/origem-dos-de-moura.html
Tem muitas imagens de Brasões na Internet. Esta é uma delas.
Brasão Moura:
De vermelho, sete castelos de ouro, postos um, dois, um, dois e um. Timbre - Um dos castelos do escudo. Significado - O vermelho é conhecido também como goles ou gules, recebendo este nome nas armarias da nobreza geral.
Quando presente nos escudos dos príncipes, passa a ser chamado de marte, enquanto nos brasões dos nobres titulados é chamado de rubi. Este esmalte é associado com o valor e a intrepidez e obrigava os seus portadores a socorrer os injustiçados e oprimidos. A presença do castelo em um brasão de armas significa que o seu portador participou com destaque em tomadas de assalto, ou despojos conquistados.Quando representado de portas abertas indica sucesso na defesa ou tomada.
Nome de raízes toponímicas, dizem alguns genealogistas que ele deriva do da vila do Alentejo, de que os fundadores da família que o adotou por apelido o teriam tirado em comemoração do feito por eles praticado na sua conquista.
Não é possível remontar a genealogia desta família em bases documentais à épocas anteriores ao século XV.
Veja agora o que consta no DICIONÁRIO DAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS
Sobrenome de origem toponímica, tomado da propriedade da família. Vila de Portugal. Do nome visigótico de homem Moura (Antenor Nascentes, II, 208).
Procede esta família de Pedro Rodrigues que no ano de 1107, no tempo de D. Afonso Henriques, 1.º rei de Portugal, ganhou aos mouros a vila de Moura, que ficou sendo o solar desta família e donde tirou o sobrenome. Uniram-se aos Rolins que por isso usam o brasão de armas da família Moura.
Seu neto Vasco Martins Serrão de Moura foi o 1.º senhor de Moura, por mercê de sua parenta a rainha D. Beatriz de Gusmão [-1300], espôsa, em 1253, de D. Afonso III, rei de Portugal, em 1248 (Anuário Genealógico Latino, I, 69).
Brasil: Em Pernambuco, entre as mais antigas, a de Frutuoso de Moura, n. em Pernambuco, que deixou geração, a partir de 1586, com Antônia Docenha (?), nat. de Pernambuco. Ainda em Pernambuco, ver no próximo item D. Felipe de Moura. No Rio de Janeiro, entre outras, registra-se a de Antônio de Moura [c.1656, Castelo de Vide, Alentejo - 1697, RJ]. Capitão. Provedor da Fazenda Real [1687].
Deixou geração do seu cas. no Rio, em 1683, com Bárbara Barreto [c.1659, RJ - 1737, RJ] (Rheingantz, II, 634).
Ainda, no Rio de Janeiro: os Moura da Fonseca e Moura Varela (séc. XVII). Rheingantz registra mais 16 famílias com este sobrenome, nos sécs. XVI e XVII, que deixaram numerosa descendência no Rio de Janeiro.
Em São Paulo, entre as mais antigas, a de Gaspar Rodrigues de Moura, morador em S. Vicente. Entre 1568 e 1570, esteve morando no Rio de Janeiro.
Com geração em S. Vicente (AM, Piratininga, 123).
Ainda, em São Paulo, há uma numerosa família com este sobrenome, originária das ilhas portuguesas, procedente de Gaspar Garcia de Moura, natural da Ilha de Santa Maria, que deixou geração do seu cas., por volta de 1704, com Ana da Glória, natural da mesma Ilha de Santa Maria.
Entre os descendentes do casal, registram-se:
I - a neta, Ana Maria da Conceição [c.1735-], de quem descende a maioria destes Mouras, de São Paulo, por seu cas., em 1758, em Taubaté, SP, com o Capitão-Mor João Francisco Vieira [c.1733 - 1778, Taubaté, SP], filho de Mateus Vieira da Cunha;
II - o bisneto, coronel João Francisco Vieira de Moura [c.1762-], filho do anterior. Deixou geração do seu cas., c.1787, com Maria Francisca do Espírito Santo, filha do capitão Diogo Ferreira da Silva e Francisca da Cunha e Souza;
III - o terceiro neto, padre Lourenço Justino de Moura [c.1788-1840], filho do anterior;
IV - o terceiro neto, Dr. Francisco Honorato de Moura [c.1795-], irmão do anterior. Primeiro paulista formado em Medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Deputado Provincial. Presidente da Câmara Municipal de Taubaté. Delegado de Polícia de Taubaté. Oficial da Ordem da Rosa [1842]. Com geração do seu cas., em 1843, em São Paulo, SP, com Maria Claudina de Almeida [c. 1800 - 1883, São Paulo, SP];
V - o terceiro neto, Joaquim Francisco de Moura [c.1798-], irmão do anterior. Com geração do seu cas., Ana Rosa das Chagas, filha do coronel Miguel Francisco das Chagas;
VI - o terceiro neto, José Olegário de Moura [c.1803-], irmão do anterior. Com geração do seu cas., em 1835, em Pindamnhangaba, com Zeerina Marcondes de Moura;
VII - o terceiro neto, Capitão Bento Vieira de Moura [08.12.1805, Taubaté, SP -], irmão do anterior. Soldado da Guarda de Honra do Imperador D. Pedro I, tendo assistido, no Ipiranga, o grito da Independência. Pertenceu mais tarde à Guarda do Imperador e foi reformado como tenente da 1.ª Companhia do 1.º Esquadrão [18.10.1829]. Cavaleiro da Ordem de Cristo. Com geração dos seus dois casamentos;
VIII - o quarto neto, Dr. José Olegário de Almeida Moura [c.1845-], filho do item IV. Bacharel em Direito. Major do Exército. Auditor de Guerra;
IX - o quarto neto, Dr. Fernando de Almeida Moura [c.1847-], irmão do anterior. Bacharel em Direito;
X - o quarto neto, Dr. Ernesto de Moura [c.1850-], irmão do anterior. Bacharel em Direito. Lente na Faculdade de Direito de São Paulo;
XI - o quarto neto, Dr. José Augusto de Oliveira Moura [c.1841, Taubaté, SP -], filho do item V. Bacharel em Direito, pela Faculdade de São Paulo [1864]. Fazendeiro de Café no Município de Caçapava. Juiz Municipal de Caçapava [1886]. Com geração do seu cas. com Henriqueta Moreira da Costa;
XII - o quarto neto, José Vitoriano de Oliveira Moura [c.1843-], irmão do anteriro. Tenente Reformado do Exército. Cavaleiro da Ordem de Cristo. Cavaleiro da Ordem da Rosa. Medalha da Campanha do Paraguai. Com geracão do seu cas. com Maria Brasileira Freire, natural de Rzende, RJ;
XIII - a quarta neta, Maria Gertrudes de Moura [c.1845-],irmã do anterior. Matriarca dos Moura Andrade (v.s.), de São Paulo;
XIV - o quarto neto, José Francisco de Moura, irmão da anterior. Presidente da Câmara Municipal de Taubaté. Prefeito de Taubaté. Com geração do seu cas. com Escolástica Henriqueta de Moura;
XV - a quinta neta, Maria Angélica de Moura Andrade, filha do item XIII.
Matriarca da família Rizzini (v.s.), de São Paulo.
Família de influentes políticos mineiros estabelecida na Zona da Mata [Minas Gerais], que vai descrita no verbete Moura Bastos.
Família originária do Cantão de Fribourg, Suíça, estabelecida na região serrana do Estado do Rio de Janeiro, para onde passou Joseph Moura [c.1798, Dampierre -], contratado na qualidade de colono para trabalhar na nova Colônia do Morro Queimado, Município de Nova Friburgo, RJ.
Linha Indígena:
Sobrenome também adotado por famílias de origem indígena.
No Rio de Janeiro, entre outras, registra-se a de Domingos de Moura, que deixou geração com Bárbara Fernandes, cuja filha, Ana de Moura [c.1652, RJ - ?], é registrada como «índia» (Rheingantz, II, 635).
Em Pernambuco e Bahia, entre as principais famílias daquelas regiões, a de D. Felippe de Moura, que passou a Pernambuco, em 1556, no tempo em que governava sua tia Brites de Albuquerque, viúva do Donatário Duarte Coelho. Portanto, também era sobrinho do famoso «Adão Pernambucano», Jerônimo de Albuquerque, patriarca desta família no norte do Brasil. Homem de prol, de fidalga linhagem da parte dos Mouras, de Portugal, sobrinho da governadora e de Jerônimo de Albuquerque, teve posses e posições [Afonso Costa - Genealogia Baiana, Catálogo de Jaboatão, n. 191].
Deixou numerosa geração, de seus dois casamentos: 1.º, em PE, com sua prima, Isabel de Albuquerque, filha do mesmo Jerônimo de Albuquerque e da «índia Muira-Ubi» Maria do Espírito Santo Arcoverde; e a 2.º, em PE, com Genebra de Albuquerque, filha de Felipe Cavalcanti, patriarca da família Cavalcanti (v.s.), de Pernambuco, e de Catarina de Albuquerque, também filha da mesma «índia Muira-Ubi» Maria do Espírito Santo Arcoverde. Entre os seus mais ilustres descendentes, está o poderoso marquês de Pombal, Sebastião de Carvalho e Mello, portanto, em sua ancestralidade, estão ameríndios do Brasil.
Ainda, entre os descendentes de Felipe de Moura, registram-se:
I - o filho, D. Francisco de Moura, também notável, com serviços na Flandres e na Índia, ocupando altos postos. Veio em socorro da Bahia, tomada pelos holandeses e foi aí capitão-mor e governador. Muitas distinções lhe concedera o rei. Viveu solteiro e não teve descendentes [Afonso Costa - Genealogia Baiana, Catálogo de Jaboatão, n. 191];
II - o filho, D. Antonio de Moura, que cheou a ser governador de Cabo Verde;
III - o filho, D. Jerônimo de Moura, que esteve em serviço na Índia;
IV - o filho D. Paulo de Moura, de quem descende o citado marquês de Pombal. Depois de viúvo fêz-se religioso franciscano, passando a ser fr. Paulo de S. Catarina, a quem se confiaram várias missões, em Portugal e no Brasil [Afonso Costa - Genealogia Baiana, Catálogo de Jaboatão, n. 192];
V - a filha, Isabel de Moura, matriarca da família Ribeiro de Lacerda (v.s.), da Bahia, por seu casamento;
VI - a filha, Mécia de Moura, matriarca da família Dias da Fonseca (v.s.), por seu casamento;
VII - o neto, Pedro de Moura Pereira [1608-], fidalgo cavaleiro da Casa Real;
VIII - o neto, Felipe de Moura Rolim, Fidalgo da Casa Real, que em 1624 veio em companhia de seu tio D. Francisco de Moura à Bahia, para combater contra os holandeses;
IX - o neto, Manuel de Moura Rolim, capitão de infantaria na Bahia. Fidalgo da Casa Real; e
X - o bisneto, Antonio de Moura Rolim [1658 - 1708, BA], Fidalgo da Casa Real.
Linha Africana:
Sobrenome também adotado por famílias de origem africana. No Rio de Janeiro, entre outras, registra-se a de Francisco de Moura, que deixou geração, por volta de 1655, com Juliana da Costa, «preta forra», por onde corre o sobrenome (Rheingantz, II, 453).
Linha de Degredo: Registra-se, no Auto-de-fé celebrado no Terreiro do Paço de Lisboa, a 10.12.1673, a condenação de três (3) anos de degredo para o Brasil, de Paula de Moura, solteira, natural de Lisboa, onde morava, acusada «por feitiçaria e presunção de ter pacto com o demônio». Filha de Fernão de Moura, escrivão das Sete Casas.
Linha de Degredo e Cristão Novo [com pacto com o demônio]: Registra-se, no Auto-de-fé celebrado no Terreiro do Paço de Lisboa, a 29.10.1656, a condenação de um (1) ano de degredo para o Brasil, de José de Jesus maria, que anteriormente se chamava José de Mouyra, cristão-novo, solteiro, filho de Manuel de Oliveira, «tratante», natural de Montemor o Novo, residente em Lisboa, por fingir revelação «e haver prezunção de ter pacto com o demônio.
Cristãos Novos:
Sobrenome também adotado por judeus, desde o batismo forçadoà religião Cristã, a partir de 1497. (Wolff, Dic.I, 135).
Nobreza Titular: Joaquim Augusto de Moura, foi agraciado, por Decreto de 17.05.1878, com o título de barão de Vila Velna.
Heráldica:
I - um escudo em campo vermelho, sete castelos de prata, abertos de negro, postos 1, 2, 1, 2 e 1. Timbre: um castelo do escudo;
II - Antonio de Moura Borges: um escudo em campo vermelho, seis castelos de prata, abertos e iluminados de azul. Timbre: um castelo do escudo (Armando de Mattos - Brasonário de Portugal, II, 43).