GENEALOGIA - JOSÉ LUIZ NOGUEIRA 
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PEREIRA
PEREIRA

 

Sobrenome de origem toponímica, tomado da propriedade da família.

De pereira, subst. Comum - árvore frutífera da família das Rosáceas (Antenor Nascentes, II, 240; Aurélio, Pequeno Dic. Da Ling. Portug., 918).

Da árvore pereira (Anuário Genealógico Latino, IV, 26).

Procede esta família do conde D. Forjaz Bermudez, neto do conde D. Mendo (irmão de Desidério, último rei dos Longobardos, da Itália) e de sua mulher D. Joana de Romais, neta de D. Fruela I, fal. em 768, rei de Astúrias.

Seu descendente Gonçalo Rodrigues Frolaz passou a Portugal, no tempo de D. Sancho I, fal. em 1211, 2.º rei de Portugal. O conde D. Gonçalo Pereira, seu neto, foi um dos grandes senhores portugueses, tão rico e poderoso que num dia fez, de presente, 70 cavalos a fidalgos seus amigos. Foi avô do grande condestável D. Nuno Alvares Pereira, ascendente da dinastia bragantina em Portugal e dos imperadores do Brasil.

O solar da família foi a quinta de Pereira, donde tomaram o sobrenome, junto ao rio Ava, em terra de Vermoim (Anuário Genealógico Latino, I, 75).

Felgueiras Gayo, em seu Nobiliário das Famílias de Portugal, trata da antigüidade desta família, onde informa trazerem por Armas, um escudo em campo vermelho com uma cruz de prata florida e vazia do campo; sendo o primeiro a usá-las, D. Rodrigo Forjaz «o mosso por se achar na batalha de Navas de Tolloza, no anno de 1212 no qual dia apareceu no Céu hua Cruz vermelha semilhante a de Calatrava aberta no meyo, e florida a q.al m.tos Cavalheiros dos q alli se achavão tomarão por Armas; o pr.º q se appellidou Pr.ª foi D. Ruy Gomes Per.ª f.º de D. Gonçallo Rz Palmeira o qual se passou a Portugal no tempo do Rey D. Sancho, e netp de D. Rodrigo Forjaz de Trastamara, e por viver na q.ta de Pr.ª junto ao Rio do Ave em Terra de Vermoim q ficou sendo o Sollar a seus descendentes [..] achou-se com seu Pay em m.tas batalhas e foi Sr, do Castello de Lanhozo.».

Deixou numerosa descendência dos seus dois casamentos: o primeiro, com Inêz Sanches; e o segundo, com Sancha Henriques de Portocarreiro. Entre os descendentes de Rui Gonçalves Pereira, o patriarca desta família em Portugal, registram-se:

I - o neto, D. Pedro Homem, que Felgueiras Gayo dá como o patriarca da família Homem, em Portugal;

II - o quarto neto, D. Pedro Álvares Pereira, Prior do Crato. Mestre de Calatrava-mor na batalha de Aljubarrota, seguindo o partido do Rei D. João I de Castela, em 1385;

III - o quarto neto, o famoso D. Nuno Álvares Pereira [1360-1431], Condestável de Portugal, conde de Barcelos no tempo do Rei D. João I;

IV - a oitava neta, Violante Pereira, matriarca da importante família Sodré Pereira (v.s.), com ramificações na Bahia e no Rio de Janeiro, por seu casamento, por volta de 1499, com Francisco Sodré, neto de Fradique Sodré, patriarca desta família Sodré (v.s.), em Portugal;

V - o nono neto, Manuel Coutinho Pereira, Moço Fidalgo da Casa Real, a quem o Rei D. João III deu 400$000 de Juro e Herdade em satisfação de terras que lhe tomou na Bahia de Todos os Santos, por Padrão de 16.08.1530;

VI - o décimo segundo neto, Coronel Francisco Sodré Pereira [c.1623 - 1669, RJ], patriarca da família Sodré Pereira (v.s.), do Rio de Janeiro;

VII - o décimo terceiro neto, Jerônimo Sodré Pereira [1631, Águas Belas, Lisboa - 1711], patriarca dos Sodré Pereira (v.s.), da Bahia, onde se estabeleceu, por volta de 1661. Mestre de Campo. Moço Fidalgo da Casa Real [1676]. Provedor da Santa Casa de Misericórdia;

VIII - o décimo nono neto, Manuel Pereira, que teve mercê da Carta de Brasão de Armas, datada de 08.08.1641;

IX - a décima nona neta, Inez de Menezes (Pereira), que deixou geração do seu cas. com Jerônimo Fragoso de Albuquerque, descendente de Gaspar Álvaro Fragoso [1553, Lisboa - a.1614], patriarca desta família Fragoso de Albuquerque (v.s.), de Pernambuco;

X - a vigésima primeira neta, Luiza Clara de Portugal, que foi casada com Gomes Freire de Andrade, Capitão-General e Governador do Estado do Maranhão; e

XI - o vigésimo neto, Bernardo Pereira de Berredo, que foi Governador e Capitão-General do Estado do Maranhão.

Além destes antigos Pereiras, Felgueiras Gayo trata de outra família com o mesmo sobrenome, sem, no entanto, estabelecer uma ligação com a anterior. São os Pereira de Penedoso, que principia em Luiz Pereira «graduado pella Universidade de Coimbra, Fidalgo Cav. da Caza Real com moradia de 20 mil reis por Alvara de 1606 e Conselheiro da Fazenda.».

Entre os descendentes deste Luiz Pereira, registra o quinto neto, Miguel Pereira Pinto, Fidalgo da Casa Real. Ouvidor e Intendente Geral. Provedor dos defuntos e ausentes de Mato Grosso e Cuiabá.

Brasil: Em São Paulo, entre as mais antigas, registra-se a família do sapateiro Cristóvão Pereira, fal. 1622, que deixou geração de seu cas., c.1607, com Isabel Martins (AM, Piratininga, 136). Antigüidade: Um dos mais antigos indivíduos com este sobrenome, relacionado com o Brasil, foi o donatário Francisco Pereira Coutinho, O Rusticão, sobre o qual, escreveu o Prof. Gilson Nazareth, em sua Tese de Doutorado «O Imaginário Fidalgo de Uma Sociedade Burguesa [p.100]»: “Moço Fidalgo por alvará de 26.02.1498.

Companheiro de Vasco da Gama e Francisco de Almeida. Veio na armada de Pedro Alvares Cabral na descoberta do Brasil. Em 21.01.1521 foi nomeado Capitão de Goa. Em 1534 recebeu carta de Cavaleiro Conselho de D. João III. Era velho quando tomou posse da capitania a qual veio povoar com 8 navios e se indispôs com os Tupinambás. A população indígena se revoltou e destruiu sua residência em Vila Velha tendo este falecido, então, em 1549, devorado pelos canibais da ilha de Itaparica.

 

Filho de Afonso Pereira, Caçador-mor D’El Rei D. Afonso V e de D. Catarina Coutinho, filha do 2.º Conde de Marialva pelo segundo leito. Daí vem um seu parentesco muito distante com Vasco Fernandes Coutinho. Casado com sua prima Margarida de Lacerda, filha de Reimão Pereira e Isabel Pereira (há autores que contestam o sobrenome e fliação de sua mulher).

Pais de filho único, Manuel Coutinho Pereira, Moço Fidalgo em 18.02.1534. 2.º Capitão Donatário da Bahia. 1.º Administrador do Morgado da Redizima na Bahia. Falecido em 1658. [..]. Não pertence à alta nobreza mas com algum sangue desta. Guerreiro na Índia e do Conselho D’El Rei em Portugal.”

Na Bahia, entre as mais antigas, está a família de Baltazar Pereira [1541, Ponte de Lima - ?], filho de Gabriel Rodrigues Pereira e de Isabel Dias. Comerciante em Lisboa, moço da Câmara Real, passou à Bahia em 1560, por interesses comerciais, onde tornou-se abastado senhor de terras. proprietário do engenho Cruz da Torre, em Cotegipe - o mesmo que pertenceu aos Pereira Soares (v.s.), adquirido por compra, ainda em Lisboa, a Jorge Gomes Lamego. Em 1589 já o engenho era vendido, por 32 mil cruzados, a Antonio Vaz, regressando Baltazar a Lisboa no ano seguinte com esposa e filhos [Afonso Costa - Genealogia Baiana, Catálogo de Jaboatão, n. 393]. O mesmo engenho, depois, foi adquirido de Antonio Vaz, pelos Pereira Soares. Deixou geração de seu cas. com Maria de Melo de Vasconcelos, das famílias Oliveira Carvalhal e Melo de Vasconcelos, da Bahia.

Ainda, na Bahia, com ramificações em São Paulo, cabe registrar a família de José Olympio Pereira [29.03.1868, BA - 19.02.1945, São Paulo, SP], que transferiu sua residência para o Município de Batatais, SP, onde casou com Rita de Oliveira [24.10.1884, Batatais, SP -]. Entre os descendentes do casal, registram-se:

I - o filho, José Olympio Pereira Filho [10.12.1902, Batatais, RJ - 1990, Rio, RJ], importante editor e livreiro, no Rio de Janeiro. Em 1931, inaugurou em São Paulo, a livraria-editora que tem seu nome: José Olympio, transferindo-a, em 1934, para o Rio de Janeiro. Em 1984, vendeu a Editôra, permanecendo, porém, na sua presidência até a sua morte. Deixou geração [dois inco filhos] do seu cas., a 31.12.1933, em São Paulo, com Vera Pacheco Jordão [05.11.1910, Paris, França -], jornalista. Professora assistente de um curso de literatura norte-americana na Universidade do Rio de Janeiro, terceira neta do Tenente Elias Antônio Pacheco e Silva [c.1773 - 1835], patriarca da família Pacheco Jordão (v.s.), de São Paulo;

 II - o filho, Daniel Joaquim Pereira [1914, Batatais, SP - 1991, Rio, RJ], colaborador na Editôra José Olympio, propriedade de seu irmão;

III - o filho, Antônio Olavo Pereira [1913, Batatais, SP -], colaborador na Editôra José Olympio, propriedade de seu irmão;

IV - o filho, Gabriel Atos Pereira [1918, Batatais, SP - 1990, Rio, RJ], colaborador na Editôra José Olympio, propriedade de seu irmão;

V - o filho, Flávio Augusto Pereira [1926, Batatais, SP -], colaborador na Editôra José Olympio, propriedade de seu irmão.

Para o Estado do Piauí, entre outras, registra-se a família do Coronel José Luiz Pereira, natural do Maranhão. Deixou importante descendência do seu cas. com Maria de Jesus Rodrigues de Miranda, natural de Campo Maior, PI. Seus descendentes espalharam-se pelo Piauí, Maranhão, Ceará, Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro. Entre os descendentes do casal, registram-se:

I - o filho, José Luiz Pereira [19.08.1901, Campo Maior, PI - 21.04.1969, Esperantina, PI], funcionário público. Deixou geração do seu cas. com Santilha Sampaio [18.01.1901, Barros, PI - 13.09.1952, Esperantina, PI], filha do Tenente José Vicente de Sampaio, falecido na década de 20, e de Laudelina Roza Coelho de Rezende, falecida na década de 30, no Município de Esperantina, PI, e descendente de antiga e tradicional família do Piauí;

II - o neto, o deputado Themistocles de Sampaio Pereira [12.11.1921, Esperantina, PI -], advogado, formado em Contabilidade pela Escola de Comércio do Rio de Janeiro.

Linha Africana:

Sobrenome também adotado por famílias de origem africana.

Na Colônia do Sacramento, entre outras, registra-se a de Domingos Pereira, «preto forro» [nasc. em Angola], cas., 1765, Colônia do Sacramento, com Maria Ana Josefa dos Prazeres, «preta forra» [nat. Banguela] (Rheingantz,Col., 2).

Cristãos Novos:

Sobrenome também adotado por judeus, desde o batismo forçado à religião Cristã, a partir de 1497. Em Pernambuco, há a família de João Pereira, por parte de sua esposa, Violante Fernandes, filha de Diogo Fernandes, patriarca da família Fernandes (v.s.), de cristãos novos, em Pernambuco (Wolff, Dic., I, 68, 155).

Linha de Degredo:

Registra-se, no Auto-de-fé celebrado na Igreja do Hospital de Todos-os-Santos de Lisboa, a 19.11.1606, a condenação de seis (6) anos de degredo para o Brasil, de Ana Pereira, também conhecida por Durzianna Fernandes, cristã velha, natural de Portalegre e moradora em Água de Moura, termo de Palmela, por ter casado segunda vez (bigamia), estando vivo o primeiro marido». Registra-se a Carta de D. Felipe III, datada de 20.07.1622, endereçada ao regedor Manuel de Vasconcelos, em reposta a outra do dia 5 de julho, tratando do perdão que, pelo Desembargado do Paço, se concedera a José Pereira da pena de morte, que merecia por ter sido encontrado fora do degredo perpétuo no Brasil, em que fora condenado.

 Para estudar esta matéria, nomearia o regedor seis desembargadores que deveriam, por escrito, dar o seu parecer, devendo ser tudo enviado ao rei com o parecer do regedor.

Registra-se, no Auto-de-fé celebrado no Terreiro do Paço de Lisboa, a 15.12.1658, a condenação de cinco (5) anos de degredo para o Brasil, de João Pereira, estudante, solteiro, filho de João Baptista Chaves, de Lisboa, por crime de sodomia (perversão sexual).

Registra-se, no Auto-de-fé celebrado no Terreiro do Paço de Lisboa, a 17.08.1664, a condenação de três (3) anos de degredo para o Brasil, de Isabel Pereira, meia cristã-nova, natural de Campo Maior, onde morava. Esposa de Manuel Lourenço, artilheiro.

 

  Heráldica:

 I - um escudo em campo vermelho, com uma cruz de prata florenciada e vazia.

Timbre: uma cruz florenciada de vermelho, ladeada de duas asas de ouro (Armando de Mattos - Brasonário de Portugal, II, 71);

II - Rodrigo Forjaz de Trastamara - c.1212: as armas dos Pereiras (Felgueiras Gayo, § título);

III - Damião Pereira - Brasão de Armas de 21.10.1532: um escudo com as armas dos Pereiras. Diferença: uma brica de ouro;

IV - Diogo Alves Pereira - Brasão de Armas de 11.10.1543: um escudo com as armas dos Pereiras. Diferença: um trifólio de ouro, picado de verde.

Brasil Heráldico:

V - Eduardo Pereira, natural da cidade de Macau, Proprietário. Desconhecemos se esteve no Brasil. Filho de Antonio Pereira, era fidalgo da Casa de Sua Majestade do Brasil, no século XIX, e de Aurélia Suzana Mendes. Neto paterno do conselheiro Manuel Pereira, também fidalgo cavaleiro da mesma Imperial casa do Brasil, e de Rosa Viana. Eduardo, teve mercê da Carta de Brasão de Armas, datada de 20.05.1859.

Registrado no Cartório da Nobreza, Livro IX, fl. 25: um escudo partido empala: na primeira as armas da família Pereira (v.s.); e na segunda, as armas da família Viana (v.s.) (Sanches de Baena, Archivo Heráldico, I, 156);

VI - Félix Pereira da Piedade, natural da Bahia. Sargento-Mor da cavalaria da cidade de Salvador, BA. Teve mercê da Carta de Brasão de Armas, datada de 17.10.1769. Registrada Cartório da Nobreza, Livro I, fl. 114v: um escudo partido em pala: na primeira, as armas da família Pereira (v.s.); e na segunda, as armas da família Silva (v.s.). Filho do Capitão Gregório Pereira e de Úrsula das Virgens (Sanches de Baena, Archivo Heráldico, I, 163).

 

 

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