GENEALOGIA - JOSÉ LUIZ NOGUEIRA 
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DOMINGOS DE MEIRA
DOMINGOS DE MEIRA

 

Domingos de Meira nasceu em 1722 em Freguesia de Carambo - Portugal.

Ele faleceu no dia 15 de novembro de 1803 em Itapetininga-SP.

Filho dos portugueses Luiz Ribeyro e Marta de Meyra.

Domingos casou com Jacynta Dias do Prado no dia 20 de julho de 1766 na Igreja de Nossa Senhora da Ponte em Sorocaba.

Jacynta nasceu em 1750 em Sorocaba-SP. Ela faleceu em Itapetininga-SP.

Eles tiveram os seguintes filhos:

  1.- Custódia de Meira nasceu em 1765 em Sorocaba (Itapetininga).

  2.-. Bernarda Maria de Meira nasceu em 1766 em Sorocaba-SP. Ela faleceu em Itapetininga-SP.

  3.- Antonio de Meira nasceu em 1767 em Sorocaba (Itapetininga).

  4.- José Manuel de Meira nasceu em 1768 em Sorocaba (Itapetininga).

  5.- Ana Carolina Meira nasceu em Itapetininga-SP e foi batizado no dia 20 de janeiro de 1772 na Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres de Itapetininga. Ela faleceu no dia 31 de janeiro de 1859 em Itapetininga.

  6.- Anna Maria de Meira nasceu em 1770 em Sorocaba (Itapetininga). Ela faleceu no dia 22 de agosto de 1836 em Itapetininga.

  7.- . Gertrudes Maria de Meira nasceu em 1776 em Itapetininga. Ela faleceu no dia 24 de agosto de 1861 em Itapetininga.

  8.- Maria de Meira nasceu em 1778 em Itapetininga. Maria casou com Ignácio Antônio Machado.

  9.- Rosa Maria de Meira nasceu em 1779 em Itapetininga.

10.- Manuel Joaquim de Meira nasceu em Itapetininga - SP e foi batizado no dia 19 de fevereiro de 1780 na Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres em Itapetininga. Ele faleceu no dia 20 de outubro de 1855 em Itapetininga.

11.- Izabel Maria de Meira nasceu em 1784 em Itapetininga.

12.- Joaquina de Meira nasceu em Itapetininga. Ela faleceu em Itapetininga.

 

A família Domingos de Meira e Jacinta Dias do Prado fixou residência no antigo Bairro Tapitininga, pertencente a Vila de Sorocaba, terras que deram origem a Vila de Itapetininga.

Domingos de Meira é mencionado pelo Professor Silvio Vieira de Andrade Filho, em sua obra, Itapetininga, nos atos ligados a fundação de Itapetininga.

Em pesquisas realizadas no Arquivo Público do Estado de São Paulo, foi localizada Carta de Sesmaria concedida a “Domingos de Meyra” na Vila de Itapetininga em 23 de fevereiro de 1782.

“Carta de Sesmaria a Domingos de Meyra morador da Villa de Itapetininga de duzentas braças de terras e um pequeno Capão de Mato no cercado do seo sitio.

Martim Lopez Lobo de Saldanha faço saber aos q esta minha Carta de Sesmaria virem q atendendo amo representar Domingos de Meyra morador da Villa de Itapetininga q Re esta possuindo a vinte anos hum cercado noves sitio que compreende duzentas braças de terras forado rocio incluindo também um pequeno capão de mato q são terras devolutas e q Meyra queria possuir por título Sesmaria pelo que me pedia emandare passar na forma requerida sendo visto o seu requerimento e m q foi ouvida a Comarca da Villa de Itapetininga a quem se não ofereço da vida nem ao D. Procurador da Coroa  ... em virtude da Villa Real ... ao digo Domingos de Meyra duzentas braças de terra e um Capão de mato no cercado de seu Sitio forado rocio com todas as confrontaçoens e sem prejuízo de terceiros, ... pessoa tenha a Mas com declaração ... cultivará e mandará confirmar esta minha Carta de Sesmaria por sua Majestade ... dois anos e não o fazendo se .. denegará mais tempo ... minha de Mas as faltará medir e demarcar judicialmente sendo para esse efeito modificada as partes ... confrontar e será obrigado a fazer os caminhos de sua testada com pontes e e ertivas onde meu ... e descobrindo se nellas rio caudaloso q ... margem de ... meya legua de terras em quadra para a comodidade publica: Nesta Data não procederá sucederem tempo algum pessoa Ecleziástica ou Religião e sucedendo será com o encargo de pagar Dizimo. Por outro qualquer que Vossa Majestade lhe quizer impor de novo e não o fazendo se poderá dar ... denunciar. Como também sendo as mesmas ... o poderá fazer ficando livre e sem encargo algum ou ... para o Sesmeiro. Não compreenderá esta Data veeiros ou minas de qualquer gênero de metal que nella se descobrir reservando também aos ... E faltando qualquer das ditas clausulas por serem conforme as Ordens de Vossa Majestade e ao q dispõem a Ley e foral das Sesmarias ficará privado destas. Pelo que mando aos Ministro e mais pessoas a q o conhecimento desta pertencer dê posse ao S. Domingos de Meira das referidas terras na forma que pede. E por firmeza de tudo .. mandei passar a presente por mim assinada e selada com o sello de minhas Armas q se cumprirá inteiramente como nella se contem e se registrará nos livros da Sesmaria deste Governo e mais partes a q tocas ... duas vias. Dada nesta Cidade de São Paulo. Francisco Pereira Cardozo Bastos a fez aos vinte e tres de fevereiro de mil setecentos e oitenta e dois. O Secretário do Governo José Inácio Ferreira Ribeiro a fez escrever. Martim Lopes Lobo de Saldanha.”

Ainda, nas buscas realizadas junto ao Arquivo Público do Estado de São Paulo, foi localizada outra Carta de Sesmaria concedida à Domingos de Meira, desta feita, tal concessão se deu à Domingos de Meira, Ignácio Leite do Prado (Ignácio Alves do Prado – Ignácio Alvares do Prado) e José Rodrigues de Quevedo todos moradores da Vila de Itapetininga. Transcreve-se:

 “Carta de Sesmaria a Domingos de Meyra, Inácio Alvares do Prado e José Rodrigues de Quevedos de duas Legoas e meya de terras de cumprido e Legoa meya de testada nos arredores da Villa de Itapetininga.

 Martim Lopes Lobo de Saldanha ... faço saber aos q esta minha Carta de Sesmarias virem q atendendo a me representarem Domingos de Meyra, Inácio Alvares do Prado e José Rodrigues de Quevedos moradores da Villa de Itapetininga que rio abaixo da tal Villa se ... huns matos devolutos na mesma paragem hum faxinaes já cultivados por elles q de sua parte os cerca o Ribeyrão da Currução da outra a Sesmaria do Guarda Mor Estanislao de Campos e da outra a Sesmaria de Bento de Camargo cujo meyo teria de cumprimento duzentas legoas e meya e de Largura Legoa e meya pouco mais ou menos q ... Suplicantes queriam possuir por titulo legítimo de Sesmaria por necessitarem dos matos para a cultura de sua lavouras e dos faxinaes para logradouro e criação de seus animais tudo no Distrito ... Villa distante quatro Legoas, pouco mais ou menos: Pelo q me pediam lhes concederem por Sesmaria o q tiver de cumprido desde o Ribeyrão da Currução té a Sesmaria de Bento Camargo e por testada testada o q tiver de largura desde o rio Itapetininga té a Sesmaria do Guarda Mor Estanislao de Campos em cujo meyo entram os referidos matos e faxinaes para situação e logradouro da dita Sesmaria. Tendo visto o seu requerimento em q foi ouvida a camera da Villa de Itapetininga, a quem senão ofereço dúvida nem ao Doutor Procurador da Coroa e Fazenda a quem sede-o vista hey por bem dar de Sesmaria, em nome de sua Majestade / em virtude da Villa Real Ordem de quinze de junho de mil setecentos e onze/ aos ditos Domingos de Meyra, Inacio Alvares do Prado e José Rodrigues de Quevedos as duas Légoas e meya de terras de cumprido e Légoa e meya de testada q pedem em q ve compreendem os matos e faxinaes ou o q tiver entre as paragens e Sesmarias por elles acima referida com as confrontaçoens ... e sem prejuízo de terceiros ou do Direito q tenha alguma pessoa a ellas; com declaração q as cultivaram e mandarão conformar esta minha Carta de Sesmaria por Sua Majestade dentro em dois annos e não o fazendo se lhes denegará mais tempo e antes de tomarem ... as farão medir e demarcar judicialmente sendo para este efeito notificadas as pessoas com quem confrontarem e serão obrigados a fazer os caminhos de sua testada com pontes coletivas onde necessárias forem e descobrindo nellas rio caudaloso que necessite de barca para atravessar ficará reservada de ... margens de...  meya Légua de terras em quadra para a comodidade publica. Nesta data não poderá suceder em tempo algum pessoa Ecleziástica ou Religião e sucedendo será com o encargo de pagar Dízimos e outro qualquer que Vossa Majestade assim quizer impor denovo e não o fazendo se poderá dar a quem o denunciar como também sendo servida ... senhora mandar fun fundar no distrito della alguma Villa e poderá fazer ficando livre e sem encargo algum para o Sesmeiro e não compreenderá esta data veeyros ou minas de qualquer gênero de metal q nella se descobrir reservando também os paos Reaes e faltando qualquer das ditas clausulas por serem ... as Ordens de Sua Majestade ao q dispoem a Ley e Foral das Sesmarias ficarão privadas destas. Pelo q mando ao Ministro e mais pessoas a q o conhecimento desta pertencer dê posse aos ditos Domingos de Meyra, Inacio Alvares do Prado e José Rodrigues de Quevedo das referidas terras com matos e faxinaes na forma por elles pedida na paragem mencionada. E por firmeza de tudo lhes mandei passar a prezente por mim e fixada e sellada com o sello de minhas Armas q se cumprirá inteiramente como nella se contem e se registrará nos Livros da Sesmaria deste Governo e mais ... a que tocar e se passou por duas vias. Dada nesta Cidade de São Paulo. Francisco Pereira Cardozo de Bastos a fez aos vinte de Outubro de mil setecentos e setenta e oito. O Secretario do Governo José Inacio Ribeiro Ferreyra a fez escrever. Martim Lopes Lobo de Saldanha.”

A concessão desta segunda Carta de Sesmaria data de 20 de outubro de 1778 e atribui aos Srs. Domingos de Meira, Ignácio Leite do Prado e José Rodrigues de Quevedo, o pioneirismo no povoamento de parte das matas virgens da antiga Vila de Itapetininga, terras que futuramente compreenderiam consideravel parte do atual município de Angatuba. O povoamento das futuras terras angatubenses foi registrado pela Professora Doutora Maria Aparecida Morais Lisboa em sua obra, Fandango do Miliano:

“Até meados do século XVIII, era uma região mediadora entre o gado do sul e às Minas Gerais, voltada ao atendimento dos tropeiros e mineradores, portanto, entre o couro e o ouro. É o momento da posse por uma população constituída de brancos: fazendeiros, posseiros, grileiros e caboclos, e no emergente da urbanização, aproximadamente 1810, sofre o acréscimo de escravos. Posteriormente ocorre a grande migração de mineiros à Província de São Paulo, e Angatuba não se isenta de receber o produto dessa mobilidade espacial, ocorrendo em seu território famílias do sul de Minas Gerais que juntamente com gaúchos, paulistas, paranaenses, ocuparam e delimitaram suas grandes extensões de terra, gerando núcleos, povoados, bairros, vila e cidade. Era o embrionário Bairro do Ribeirão Grande, depois denominado sucessivamente Bairro do Palmital, Freguesia do Espírito Santo da Boa Vista (1872) e Angatuba (1908), constituído por famílias patriarcais, dentre elas as famílias mineiras: Cyríaco Ramos, Ramos Nogueira, Fernandes, Moura, Ruivo, Meira, Pires, Lemos, e também os Leite de Souza e Soares Leite e Leite de Meira.” (LISBOA, Maria Aparecida Morais. Fandango do Miliano. Editora Ottoni, 2002, 1ª edição, páginas 31 e 32.) (g.n.)

Em 21 de setembro de 1780 o sesmeiro José Rodrigues de Quevedo desiste do domínio e transfere a posse a que tinha direito, ao sesmeiro Domingos de Meira, que passa a ter 2/3 (dois terços) em parceria com Ignácio Leite do Prado com 1/3 (um terço) daquela Sesmaria. As terras compreendidas na “Sesmaria dos Meira”, como ficou conhecida, foram demarcadas judicialmente e a respectiva demarcação homologada judicialmente em 07 de outubro de 1799.

“As divisas do imóvel são agora assim descriptas: - Começando na foz do Ribeirão da Corrupção no rio Itapetininga, sobem por aquelle ribeirão até a foz de um seu afluente e dahi pelo divisor de duas aguas até o ribeirão Grande; por este abaixo até o rio Guarey; por este abaixo até um ponto junto ao seu último afluente da margem esquerda; dahi em linha mais ou menos recta até o ribeirão do Corvo Branco; por este abaixo até o rio Itapetininga e por este acima até o ponto inicial.”

 

Estas terras correspondem ao Leste e Nordeste do atual município de Angatuba. Deve-se observar que o atual município da Campina do Monte Alegre, também teve sua origem em terras de Sesmarias, que assim foram citadas na Tese de Doutorado da Professora Doutora Maria Aparecida Morais Lisboa – A Política dos Coronéis e a Difusão do Ensino Primário em Angatuba (1870 – 1930) – Unicamp – 2008 – Transcreve-se:

 

“As sesmarias registradas a partir de 1800: Sesmaria da família José Antonio Aranha, conhecido “Aranha Velho”, tropeiro que fundou o patrimônio de São Roque, e uma das fazendas, a Campina do Monte Alegre (atual município da Campina do Monte Alegre/SP), cujas terras iam das barrancas do rio Paranapanema, a Sudoeste, até o atual Cemitério São João Batista, em Angatuba/SP; sesmaria que pertenceu à família Meira, criadores mineiros e tropeiros, cujas terras abrangiam desde o Leste e Nordeste do município, limitando-se com terras pertencentes aos municípios de Itapetininga e Guareí; a sesmaria do Aterradinho que pertenceu à família do Coronel Fortunato José de Camargo, tropeiro, ligado à Faxina de Itapeva, aos Campos de Curitiba, cujas terras foram adquiridas do Brigadeiro Raphael Tobias de Aguiar (1850). (Vide Figura 9)” (g.n.)

 Os sesmeiros, Domingos de Meira, Ignácio Leite do Prado e José Rodrigues de Quevedos pleiteiam em 28 de janeiro de 1783 à Rainha de Portugal D. Maria I a confirmação da Sesmaria localizada na Vila de Itapetininga, tal documento poderá ser encontrado no Catálogo de Documentos Manuscritos Avulsos referentes à Capitania de São Paulo – existentes no Arquivo Histórico Ultramarino de Lisboa – Portugal.

 Um dos pioneiros no povoamento de parte das futuras terras Angatubenses, Domingos de Meira faleceu na cidade de Itapetininga em 15 de novembro de 1803. Silente por séculos, os nomes destes personagens que fizeram história por onde passaram, ecoam atualmente através dos mais variados registros históricos:

"...Em 29 de julho de 1824, segundo um documento que se encontra no arquivo do Fórum de Itapetininga, por ocasião da solicitação da medição da fazenda Guareí (termo de Itapetininga) são citados  os confiantes Manuel Nunes Vieira, casado com Maria Rodrigues, e Manuel Joaquim de Meira, marido de Escolástica Maria. São mencionados também os antigos confinantes falecidos Domingos de Meira, casado com Jacinta do Prado, viúva e ainda viva e Inácio Nunes do Prado (Ignacio Leite do Prado) que foi casado com Bernarda Maria, viúva e ainda viva na época..." (g.n.)(Texto extraído da página eletrônica: Genealogia José Luiz Nogueira)

“Em 12 de setembro de 1798  Domingos de Meira e sua mulher Jacinta Dias do Prado vendem por 60$000 um sítio em Itapetininga com casa de parede de mão e telhas para Domingos José Vieira.

(Livro 02 do Cartório de Protestos de Itapetininga).” (g.n.)

(Texto extraído do Ensaio Genealógico de Domingos José Vieira, elaborado por José Luiz Nogueira e disponível na página eletrônica: Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga)

 Luiz Rafael Néry Piedade, São Paulo, 5 de julho de 2014.

DOMINGOS DE MEIRA faleceu em Itapetininga no dia 15 de novembro de 1803.

Falecimento encontrado no livro de óbitos da Igreja Nossa Senhora dos Prazeres de Itapetininga. 

DOMINGOS DE MEIRA aparece nos maços de população de Itapetininga no ano de 1772

morando no fogo nº 13

   13

Domingos de Meira

Jacinta Dias do Prado

Filhos:

Antonio

José

Bernarda

Anna

Custódia

50

32

-

5

4

6

2

7

Possui um sítio em que vive e que rende por ano 

75 alqueires de milho

40 de feijão

  6 de amendoim

  6 de arroz

 5 arrobas de algodão

  3 vacas com 6 crias

  4 éguas

  2 cavalos

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