Sobrenome de origem geográfica; em seguida, de origem religiosa.

No princípio deveria caber a homens chamados Francisco Xavier, em homenagem ao santo deste nome.

Na origem, um topônimo de proveniência basca: echa, casa, e berri, nova (Antenor Nascentes, II, 322).

Em Minas Gerais, entre outras, registra-se a família de Domingos Xavier Fernandes, natural de São Tiago da Cruz, Portugal, filho de Domingos Rodrigues e Catarina Fernandes. Deixou vasta descendência, do seu cas. na Vila de São José (Tiradentes), MG, em 1716, com Maria de Oliveira Colaço.

Foram os avós de Tiradentes, José Joaquim da Silva Xavier.

Ainda, em Minas Gerais, cabe mencionar a família do Comendador Bernardo Xavier Rebelo, negociante no Rio de Janeiro, sócio da Firma Xavier & Gontijo, cuja filha, Maria Laura Xavier Rebelo [1824, Pitangui, MG -], deixou numerosa descendência em Pitangui (MG), do seu cas. com o Cap. Joaquim José Fernandes.

No Rio de Janeiro, entre outras, de origem portuguesa, encontra-se a família do Sarg.-Mor José Antônio dos Santos Xavier [c.1785, Lamego, Portugal- 1825, RJ], Provedor da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Deixou geração de seu cas., em 1810, RJ, com Luiza Rosa, nat. do Rio.

Família de origem francesa, à qual pertence o cirurgião, Dr. José Carlos Xavier, que passou para Santo Amaro, Bahia, por volta de 1814 (Registro de Estrangeiros, 1808, 317).

Sobrenome de antiga e importante família estabelecida no Pará, oriunda da Praça de Mazagão, em África, procedente do Capitão Luiz Antônio Xavier, que faleceu antes da migração para o Pará, das 340 famílias que embarcaram em 1770, vindo da extinta Praça de Mazagão, na África. Sua esposa, a viúva Catarina de Sena, veio no corpo de Infantaria da 1.ª Companhia, grupo familiar n.º 19, recebendo 19$539 rs. de sua praça. Veio com seis filhos, entre eles:

 I - João Batista Xavier, com 92$461 de soldo e moradia;

II - Pedro Ferreira Xavier, com 92$684, de soldo e moradia;

III - Sebastião Antônio Xavier, com 86$374, de soldo e moradia;

IV - Domingos Antônio Xavier, com 86$183 de soldo e moradia; e

V - Antônio Xavier, com 15$319 de sua praça.

Importante família, de origem portuguesa, estabelecida no Rio de Janeiro, procedente do rico comissário Sargento-Mor José Antônio dos Santos Xavier [1785, Espírito Santo de Carregal, bispado de Lamego - 07.04.1825, Rio, RJ], Provedor da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro [1824-1825]. Ex-Procurador da Câmara e Ministro da Penitência.

Filho de Jerônimo Dias e de Brígida Maria de Jesus. Segundo Vieira Fazenda, um homem de espírito livre de preconceitos e, obedecendo à orientação liberal da época, aboliu a odiosa classificação de dois foros, mantida há séculos na Misericórdia, entre os confrades de uma mesma agremiação toda de igualdade. Deixou numerosa descendência do seu cas., a 19.05.1810, no Rio de Janeiro, com Luiza Rosa, natural da Cidade do Rio de Janeiro, filha de Joaquina da Conceição.

Cristãos Novos:

Sobrenome também adotado por judeus, desde o batismo forçado à religião Cristã, a partir de 1497. [Raízes Judaicas, 411].

Nobreza Titular: Francisca Elisa Xavier, foi agraciada, por Decreto de 02.12.1854, com o título nobiliárquico de baronesa da Soledade.

Heráldica:

De Eduardo Augusto Xavier da Cunha: um escudo em campo azul, com um castelo de prata, entre duas espadas de sua cor.

Timbre: o castelo, encimado pelas duas espadas passadas em aspa (Armando de Mattos, Brasonário, 169).

Veja a Genealogia do Tiradentes em https://jlnogueira.no.comunidades.net/tiradentes-joaquim-jose-da-silva-xavier

Onde Joaquim José da Silva Xavier, o “Tiradentes”, foi enforcado: na cidade de Vila Rica, atual Ouro Preto-MG, ou no Rio de Janeiro, que era a capital do Brasil no período?

Para aumentar a dúvida: duas traves da forca encontram-se no Museu da Inconfidência, em Ouro Preto, e outras duas estão no Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro. 

De acordo com Rui Mourão, diretor do Museu da Inconfidência há 39 anos,  essa confusão só existe porque foram feitos dois processos contra o “Mártir da Inconfidência” ao mesmo tempo,  um no Rio e o outro em Minas.

Mais tarde, com a vinda de desembargadores portugueses ao Brasil, eles acabaram sendo unificados. Ao meio-dia de 21 de abril de 1792, Tiradentes subiu os 21 degraus da forca , localizada na Praça da Lampadosa (atual Tiradentes), no centro do Rio de Janeiro,  para ser executado pelo carrasco Jerônimo Capitânia, sujeito que trocara sua pena de morte por uma de prisão perpétua.