GENEALOGIA - JOSÉ LUIZ NOGUEIRA 
CINEMAS DE ITAPETININGA
CINEMAS DE ITAPETININGA

 

 

CINE SÃO PEDRO - Rua Campos Sales

Eu vivi a infância em Itapetininga e me recordo de seus cinemas.

Vim primeiro conhecer o Cine Olana quando ainda estudava no Grupo Escolar Major Fonseca e os professores trouxeram todos os alunos da escola para assistir o filme "A dama e o vagabundo." Um lindo filme e que emocionou toda a criançada.

Depois eu conheci o cine São José na Rua Venâncio Aires. Lá minha mãe me levava todas as semanas, pois a gente acompanhava os seriados que lá passavam. Eram tantos. Superman, Capitão Marvel, Zorro, Dom Del Ouro e tantos outros. Isso já era um ritual.

Algum tempo depois inaugurou na Rua Campos Salles o cine São Pedro, de propriedade da família Samarco. Ficava entre a Rua José Bonifácio e a rua Gal. Glicério. Hoje tem uma grande loja de departamentos nesse local.

Nesse tempo as telas dos cinemas era apenas um quadrado no centro da parede.

Depois inauguraram o CINE APARECIDA. Com uma tela gigante chamada de Cinemascope. 

Começaram apresentando filmes bíblicos. Coloridos. Longas metragem e com intervalo. 

Tinha também um palco onde as vezes tinha shows com esses artistas que vinham de São Paulo.

Isso é apenas um pouco de minha memória.

Hoje em Itapetininga tem um Shoping Center com duas salas de cinema.

 

CINE OLANA

Antes Cine Ideal, depois Cine Olana e depois Cine Itapetininga.

O cinema da rua Monsenhor Soares. Em frente ao prédio do CRI – Clube Recreativo Itapetiningano.

O ano da inauguração foi 1952 e daí a rua Monsenhor Soares, esquina com José Bonifácio (hoje: Calçadão) viu-se diante de um novo cinema, no local onde tinha funcionado muito tempo atrás o Cine Ideal.

A empresa já possuía um outro na rua Venâncio Ayres, o Cine Teatro São José (hoje: Banco do Brasil).

Outro, da mesma empresa, seria inaugurado em 1955, o Aparecida do Sul (que depois transformou-se na fábrica de roupas Magister) cuja inauguração foi com a introdução na cidade, de uma tela (bem maior) e som barulhento, um processo chamado Cinemascope e um filme apresentado era sobre um tempo de Cristo denominado “O Manto Sagrado”, e que ficou quinze dias em cartaz, um tempo enorme para uma cidade como Itapetininga, na época.

Mas o Cine Olana (depois Cine Itapetininga) na rua Monsenhor Soares era a principal atração, situado no coração da cidade, em frente ao Clube Recreativo Itapetiningano (ex-Operario), próximo ao largo dos amores e Clube Venâncio Ayres.

Era o cinema preferido dos adolescentes. Para o jovem itapetiningano ser visto e ficar conhecido, teria que frequenta-lo. A primeira sessão, aos domingos, que começava pontualmente às sete e quinze da noite era o máximo, era o “frisson”. As senhoras da sociedade vestiam roupa especial para a ocasião, os homens caprichavam nos ternos e gravatas, as mocinhas suspiravam ao entrarem na sala cinematográfica e perguntavam: – “Será que ele (o flerte) veio? Será que está guardando um lugar para mim? E se estiver com outra?”.

Elas, as mocinhas, com seus melhores vestidos e eles, os rapazes, com suas primeiras roupas “de gala” adentravam o espaço prontos para sentir um mundo novo e muitas emoções.

E quando as luzes se apagavam na plateia, surgiam na tela, principalmente, os belos rostos femininos e masculinos de Hollywood.

Ah! Quanta ilusão…

Estamos mencionando fatos da década de 1950 e como na época não havia transmissão de televisão em nossa cidade (não haviam ainda receptores de sinais) o mundo delirante estava nos filmes, nos cinemas.

Como os canais de televisão não “pegavam” aqui em Itapetininga, ainda também não havia a TV Globo e suas novelas, assim como a popularidade dos seus artistas. Daí a primazia dos artistas americanos. O cinema brasileiro tinha popularidade quando os filmes eram carnavalescos, graças aos artistas de rádio e os cômicos como Oscarito e Grande Otelo.

Também Mazzaropi e seu sotaque interior-paulista. Os chamados filmes sérios nacionais, já não. Com o tempo surge os franceses e italianos. Mas, na década de 1950, quem dominava eram os americanos. Os artistas norte-americanos eram quem ditavam as modas e ninguém ficava imune a beleza de uma Elizabeth Taylor ou a virilidade de um John Wayne (o eterno “cowboy”).

Ah! O Cine Olana marcou tantas gerações itapetininganas, tantas.

Era um cinema com uma identidade, o “jeito de ser” da cidade.

O filme poderia não ser bom, mas quase ninguém deixava de ir lá.

Era um ritual.

CINE TEATRO SÃO JOSÉ - Rua Venâncio Aires. atualmente tem uma agência do Banco do Brasil neste local

CINEMINHA DO MIMI 

Antonio Arruda Mello, o seu Mimi, chefe de escoteiros e inspetor de alunos do Grupo Escolar Cel. Fernando Prestes de Albuquerque tinha um projetos de filmes de 16 milímetros e na década de 60 improvisou nos galpões da escola um cineminha para aquelas crianças que não tinham condições de ir aos cinemas de nossa cidade, pudessem assistir alguns filmes que ele conseguia com a ajuda de alguns amigos. Durante algum tempo foi conhecido como o "CINEMINHA DO MIMI".

  

CINE APARECIDA DO SUL - Rua Cel. Pedro Dias Batista, 1674 

Um cinema muito bonito inaugurado em 1953. Tinha uma grande tela para apresentar grandes clássicos do cinema em Cinemascope. Tinha também um palco onde aconteciam shows com artistas do Rádio e da Televisão, vindos de São Paulo.

Com a chegada da televisão em nossa cidade as pessoas deixaram de ir ao cinema, ficando em suas casas assistindo filmes na TV, ocorrendo em pouco tempo o fechamento dos quatro cinemas de nossa cidade.

Este prédio foi aproveitado para a instalação de uma fábrica de confecções. Faltou visão empresarial que se adequasse a novos tempos. 

 

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JOSÉ LUIZ NOGUEIRA

 

 

 

 




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