GENEALOGIA - JOSÉ LUIZ NOGUEIRA 
DIOGO DE LARA
DIOGO DE LARA

Dom Diogo de Lara nasceu em 1610 em Zamora - Espanha.

Filho de Dom Diogo Ordonez de Lara e de Antonia de Oliveira.

Ele faleceu 22 de outubro de 1665 com 83 anos em São Paulo e foi sepultado em I. dos Carmelitas - C.irm.terceiros.

SL 4-231

SL 4-537

Diogo casou com Magdalena Fernandes Moraes Feijó, filha de Pedro de Morais de Antas e Leonor Pedroso de Alvarenga, em São Paulo-SP. Magdalena nasceu em 1598 em São Paulo-SP. Ela faleceu 18 de julho de 1661 em São Paulo-SP.

SL 4-231

 Irmã de Capitão Pedro de Moraes Madureira; Paulo de Morais; Pascoal de Morais e Policarpo de Morais

 Meia-irmã de Damião de Moraes e Beatriz Rodrigues.

 Foi a mais velha dentre os sete filhos de Pedro de Moraes D'antas e de Leonor Pedroso.

 

Se mostra q Dom DIOGO ORDONHES DE LARA, nal da dta Cidade de Zamora, teve por seu filho legitimo a Dom DIOGO DE LARA, q se passou para o Reino de Portugal, e viverão em [.......] de Tortegrado, da Parochia de S. Antolin da mesma Cidade, em suas cazas proprias, que estão quase arruinadas, junto a muralha, sem embargo do q, ainda se ve na fachada ou fronteira delas as armas de sua nobreza, e q outrossim os dtos pae e filho e seus ascendentes não so são e forão sempre tidos e havidos por Christãos velhos, limpos e de limpo sangue, sem raça nem macula de judeos, mouros, pagãos, penitenciados pelo Sancto Tribunal da Inquisição, nem dos novamte convertidos a nossa Sancta Fe Catholica, mas tambem são nobres e huns dos primeiros Cavalheiros daquela Cidade, em cuja boa fama e reputação forão tidos e havidos os dtos D. DIOGO ORDONHES DE LARA e Dom DIOGO DE LARA seu filho, e na propria se conservão os dtos apellidos, e q assim he publica vos e fama e comum opinião, sem haver couza em contra. [.......]

 

Processo de Habilitação Sacerdotal de seu neto Pedro, em que aparece o nome do pai de Diogo de Lara.

Diogo foi morador da praça de Tortegrado, da freguesia de Santo Antonio e Santo Estevão, da cidade de Zamora. Da Espanha, transferiu-se para o reino de Portugal, e de lá veio ao Brasil.

 

Segundo Pedro Taques, "a alta qualidade e nobreza de sangue dos Laras foram provadas em autos de genere processados na cidade de Zamora, do reino de Castela a Velha, no ano de 1704, perante Dom Bartholomeu Gonzales de Valdivia, provisor e vigário geral do bispado da dita cidade. Sobre esta mesma matéria foram inquiridas sete testemunhas de grande exceção, as quais todas depuseram com a singularidade de conhecimento e tratamento que tiveram com o dito Dom Diogo de Lara até o tempo em que se passara para o reino de Portugal e embarcara para o Brasil. Os autos originais deste processo foram remetidos aos 30 de Abril de 1704 para a câmara episcopal da cidade do Rio de Janeiro".

 

Dom Diogo transferiu-se para o Brasil no início do século XVI, instalando-se na vila de São Paulo.

 

Casou em São Paulo, com Magdalena Fernandes de Moraes, filha de Pedro de Moraes D'antas e de Leonor Pedroso.

 

Diogo faleceu em 1665, em São Paulo.

 

Foi pai de quatro filhos e cinco filhas:

 

1.1. Joaquim de Lara Moraes, que se mudou em 1647 para a Ilha Grande de Angra dos Reis, onde se casou com Cecília Gago de Oliveira, filha de Antonio de Oliveira Gago e de sua segunda esposa, Custódia Moreira.

 

1.2. Marianno de Lara (Frei Alberto do Nascimento). Marianno foi frade carmelita, assumindo o nome de frei Alberto do Nascimento.

 

1.3. João de Lara Moraes, casado com Maria de Góes de Medeiros, filho do português Diogo Rodrigues, nascido em Vila Real, e de Inês de Góes.

 

1.4. Maria de Lara, casada em 24 de Novembro de 1631, em São Paulo, com Lourenço Castanho Taques, filho de Pedro Taques e de Anna de Proença.

 

1.5. Anna de Lara, casada em 1630, em São Paulo, com Francisco Martins Bonilha, filho de André Martins Bonilha e de Justa Maciel. Anna faleceu em 1713. Francisco foi bandeirante e, em 1666, participou de uma entrada rumo ao sertão.

 

1.6. Maria Pedroso, casada com o paulista Tristão de Oliveira Lobo, filho do português Manoel Francisco Pinto e de Juliana de Oliveira.

 

1.7. Isabel de Lara, casada em 8 de Agosto de 1639, em São Paulo, com seu primo, o sertanista Luís Castanho de Almeida, filho do português Antonio Castanho da Silva e de Catharina de Almeida. Luís faleceu em 1671, no sertão, e Isabel faleceu em 1711.

 

1.8. Padre Pedro de Lara de Moraes. Pedro residiu na "Ilha Grande de Angra dos Reis". Na Ilha Grande, Pedro pediu quatro léguas de sesmaria, alegando na petição que iria povoar essa ilha com seu pai e quatro genros. Porém o único que o acompanhou foi seu irmão mais velho, Joaquim de Lara e Moraes.

 

1.9. Emerenciana, nascida em 1641, em São Paulo, SP (batizada em 3 de Junho de 1641). Recebeu dote do pai quando se casou e o marido passou recibo de quitação para o sogro (Testamento de Pedro de Moraes de Antas, IT 14 pag 288)

 

 

Genealogia Paulistana

Luiz Gonzaga da Silva Leme (1852-1919)

Vol IV - Pág. 537 a 568

Tit. Laras

 

Foi progenitor desta família em S. Paulo dom Diogo de Lara, natural de Zamôra, que, vindo a S. Paulo nos primeiros anos do século 17ð, aqui casou com Magdalena Fernandes de Moraes, f.® de Pedro de Moraes de Antas e de Leonor Pedroso (1). Tit. Moraes. Faleceu em 1665 em S. Paulo e teve (C. O. de S. Paulo ) os 8 f.ðs:

 

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Segundo refere Pedro Taques na sua Nobil. Paulistana: "a alta qualidade e nobreza de sangue dos Laras foram provadas em autos de genere processados na cidade de Zamora, do reino de Castela a Velha, no ano de 1704 perante dom Bartholomeu Gonzales de Valdevia, provisor e vigário geral do bispado da dita cidade, a requerimento do capitão-mor Pedro Taques de Almeida no ano de 1703 dirigido ao doutor Jorge da Silveira Souto-Maior, provisor e vigário geral do bispado do Rio de Janeiro.

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Fama de santo

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224

Diogo de Lara

Do processo de puritatis sanguinis de seu neto, o Capitão Mor Pedro Taques de Almeida, constou, em inquirições corridas em abril de 1704, na paróquia de São Antolin da cidade de Zamora, que seu avô Diogo de Lara aliás, Dom Diogo de Lara, era filho de Dom Diogo Ordonhez de Lara, natural da mesma cidade de Zamora,  morador na rua de Tortegrado, em umas casas que estavam quase caídas, sobre a muralha, no reino de Castela a Velha, bispado de Zamora. Por certidão passada a 13 de março de 1720 por Gaspar Gonçalves de Araújo, da cidade do Rio de Janeiro, "Dom Diogo Ordonhez de Lara natural da dita cidade de Zamora teve por seu filho legítimo a Dom Diogo de Lara que se passou para o reino de Portugal e viveram na Praça de Tortegrado, que é da paróquia de S. Antolin da mesma cidade em suas casas próprias que estão quase arruinadas junto a muralha, sem embargo de que ainda vem na fachada, ou fronteira delas as armas de sua nobreza"; eram cristãos velhos e "dos primeiros cavaleiros daquela cidade". Mas não é possível dar crédito a testemunhas ouvidas na Espanha passados mais de cem anos desde que o pai de Diogo de Lara veio para o Brasil.

No referido processo, Diogo de Lara vem de scrito, pelo próprio neto, como natural da vila de São Paulo.

Mesmo que não tivesse nascido em São Paulo, para cá veio de menor idade com seu pai, de igual nome.

Curiosamente, do brasão que se conferiu ao Capitão Mor Pedro Taques de Almeida, Diogo de Lara também constou ser natural da vila de São Paulo, e rendeu ao neto o brasão dos Laras, embora não tivesse provado ser dos legítimos Laras.

Pedro Taques, claro, preferiu a versão mais enobrecedora. Deste seu trabalho sobre os Laras se serviu José Paes Falcão das Neves, ao requerer brasão de armas , passado a 18 de fevereiro de 1795, tendo declarado ser quarto neto de "D. Diogo de Lara, da cidade de Samora em Castela, tronco da família dos Laras da capitania de S. Paulo, sendo o mesmo filho de D. Diogo Ordonhes de Lara, cavaleiro da primeira nobreza da cidade de Samora"

TESE_MARCELO_MEIRA_AMARAL_BOGACIOVAS.pdf

 

 

 

Apêndice A - Fontes

 

 

  1. Luiz Gonzaga da Silva Leme, Genealogia Paulistana (versão revisada por Marta Amato e outros), CD-rom, vol 4 pag 448.
  2. Luiz Gonzaga da Silva Leme, Genealogia Paulistana (versão revisada por Marta Amato e outros), CD-rom, vol 4 pag 448.
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