SOBRENOME FOGAÇA

Sobrenome, primitivamente alcunha.

De fogaça, subst. com. (Antenor Nascentes, II, 350).

Bolo ou presente que se oferece à capela ou à igreja, em festas populares que é, depois, vendido em leilão (Séguier, 549).

Família documentada desde o tempo de D. Afonso Henriques, 1.º rei de Portugal, em 1128. Numa escritura datada de 1133, confirma-se Pedro Fogaça como Rico-Homem (Anuário Genealógico Latino, I, 44).

Felgueiras Gayo principia esta família em Lourenço Anes Fogaça, Embaixador de Portugal na Inglaterra e Aragão, Chanceler-Mor de D. Fernando, Rei de Portugal em 1367 (Gayo, Fogaças, Tomo XIV, § 1, 161).

Brasil:

Em Goiás, registra-se a família do cap. Francisco José Alves Ribeiro Fogaça, nat. da cidade de Goiás, que deixou geração de seu cas., em 1823, em Pirinópolis, com Maria Brígida das Dores (Jarbas Jaime, Pirinópolis, IV, 231).

Antiga família, de origem portuguesa estabelecida em São Paulo, para onde passou José Fogaça de Almeida [Lisboa - 1693], filho de Luiz de Almeida Fogaça e de Angela dos Santos.

Deixou geração do seu cas., em 1672, em Parnaíba, com Isabel de Aguiar Mendonça [- 1685, SP], filha de João Gonçalves de Aguiar, patriarca desta família Gonçalves de Aguiar (v.s.), em São Paulo (Silva Leme, VI, 464).

Cristãos Novos:

Sobrenome também adotado por judeus, desde o batismoforçadoà religião Cristã, a partir de 1497. Para o Rio de Janeiro, ver a família Moura Fogaça (Wolff, Dic., I, 72).

Heráldica: há diversas armas para a família Fogaça

(1.ª): um escudo franchado; no primeiro e último quartéis, em campo vermelho, 5 palas ou bastões de ouro, que alcançam um e outro;

nos dos outros, em campo de ouro, uma fogaça em cada um de azul, realçada de prata. Timbre: um feixe de lenha ardendo - vermelho e ouro;

II - Antônio Fogaça: um escudo em campo de ouro, 3 rosas de sua cor, com os pés e folhas verdes, postas em roquete.

Timbre: um fogacho ardendo (Sanches Baena, II, 70). 

Fogaça, Fogaza, sobrenome de origem portuguesa.

Em português significa pão, bolo grande. Indicando que os primeiros que adotaram esse sobrenome eram fabricantes ou comerciantes desses produtos.

Ignora-se a origem desta família, sabendo-se apenas que no ano de 1133 Pedro Fogaça confirmou a doação feita por D. Afonso Henriques ao mosteiro de D. Romão de Neiva. Só a partir do reinado de D. Afonso IV se conhece a genealogia seguida dos Fogaça. Em tempo deste Rei viveu João Lourenço Fogaça, cujos filhos continuaram o apelido.

Família que pode orgulhar-se de memória histórica de acontecimentos, fatos e pessoas.

Várias fontes bibliográficas confirmam as marcas por ela deixadas na história.

Sinal de nobreza deste apelido é o brasão aqui apresentado, que confirma, através de seus símbolos, numa leitura histórico-heráldica, a certeza de um valor histórico-nobiliário. Uma das famílias portuguesa usa as seguintes armas: Franchado: o primeiro de vermelho, com três palas de ouro; o segundo de ouro, com uma fogaça de sua cor; e assim os contrários.