Sobrenome de origem geográfica.
Do latim bárbaro Hungaria, calcado em um suposto hungarus, hungaros, subst. masculino plural.
Povo mongol. Egli deriva de Ugor, nome da antiga pátria, junto ao rio Jugra, cerca das nascentes do Petchora. O povo já aparece sob a forma Ungri em 862 e a terra, sob a forma latina Hungaria. Fabre d’Envieu, com dúvida, prende ao alemão Hunger, fome, por alusão a uma grande fome que teriam experimentado em antigos tempos (Antenor Nascentes, II, 144).
Família de origem húngara que, originalmente tinham como sobrenome Hofbauer, mudando para Hungria, por ocasião da sua migração para o Brasil.
Estabeleceram-se, em Minas Gerais, dois irmãos:
I - João Carlos Hofbauer, depois «Hungria» [1800, Hungria - 1845, Itapetininga, MG].
Veio para o Brasil em 1826, fugindo a perseguições políticas. Casamento em 1833, em Sorocaba, com Antônia Soares de Queiroz, com quem deixou 7 filhos, estabelecidos em Itapetininga,
II - Francisco de Paula Xavier Hofbauer, depois «Hungria» [c.1802 - 1839], que passou ao Brasil, em 1826, junto com seu irmão, estabelecendo-se na Vila de Paraibuna - Juiz de Fora. Em 1830 adquiriu um sítio denominado “Marmello”, hoje “Graminha”, no Caminho Novo das Minas Gerais, divisando com a famosa fazenda do Juiz de Fora. Deixou vasta descendência de seu casamento com Guilhermina Celestina da Natividade [1814, Juiz de Fora - 1858, idem], da família Teixeira de Carvalho.
Ambos, filhos de Francisco Carlos Hofbauer, nat. de Raab - antiga Arabona, dos Romanos - capital do condado do mesmo nome, na Hungria Ocidental, e de Ana Viana (nome já traduzido para o português).
Entre os membros desta família, registra-se o Ministro Nelson Hungria Hofbauer [16.05.1891, Além Paraíba, MG - 1969, Rio, RJ], docente de Direito Penal da Faculdade Nacional de Direito. Ministro do Supremo Tribunal Federal [1951]. Presidente do Tribunal Superior Eleitoral [1959]. Medalha Rio Branco, Rui Barbosa e Teixeira de Freitas.