GENEALOGIA - JOSÉ LUIZ NOGUEIRA 
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INSTITUTO DE EDUCAÇÃO PEIXOTO GOMIDE
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO PEIXOTO GOMIDE

   1.895 -  Escola Modelo Preliminar de Itapetininga

   1.906 –  Grupo  Escolar  Peixoto  Gomide 

   1.913 – Escola Modelo  Peixoto  Gomide 

 

                     Atualmente: Escola Estadual Peixoto  Gomide.

O conjunto das três escolas de Itapetininga tem história imbricada.  Na gestão de Bernardino de Campos como Presidente do Estado,  tendo Cesário Motta Jr. como Secretário do Interior, em 20 de julho de 1894, foi designada a cidade de Itapetininga para sede de uma Escola Normal,  fato que se deve ao prestígio do chefe político  local, Cel. Fernando Prestes de Albuquerque, e sua aliança com o  senador Peixoto Gomide, que mantinha residência temporária no  município. 

O projeto de Ramos de Azevedo incluía a construção de um edifício  maior (ao centro) para a Escola Normal, dedicada à formação de professores; prédio que seria ladeado por dois outros menores, um  para a Escola Modelo Preliminar e outro para a Escola Modelo  Complementar, que então correspondiam a dois níveis de ensino  elementar criados com a República.

Entretanto, a construção dos  edifícios foi posterior à criação e instalação das instituições de ensino, sendo que a Escola Modelo Complementar não chegou a existir.  A primeira a ser instalada, a 14 de janeiro de 1895,  em prédio  alugado pela Câmara Municipal,  foi a Escola Modelo Preliminar,  sendo nomeado para dirigi­la Antonio Augusto da Fonseca, que então possuía um externato na cidade. 

Em maio de 1896 foi lançada a pedra fundamental do edifício  destinado à Escola Normal, em terreno próximo à estrada de ferro  Sorocabana, mas foi decidida a criação de uma Escola Complementar por ser a instalação dessas escolas menos  dispendiosa que a das normais e por ter sido dada às escolas  complementares a faculdade de formar professores que atuariam  nas escolas preliminares e que receberiam o diploma de “complementaristas”. 

No dia 6 de fevereiro de 1897, quando Campos Salles era presidente do Estado, e Dino Bueno o secretário do Interior, foi criada por decreto a Escola Complementar de Itapetininga e instalada a 29 de março desse mesmo ano, também  em prédio  alugado pela Câmara Municipal.  Em 1899, foram concluídos dois prédios e o terceiro ficou nos  alicerces. A 8 de março de 1900 a Escola Modelo Preliminar e a Escola Complementar foram finalmente alojadas em local construído especialmente para elas.

 Fonte: Arquitetura escolar paulista: restauro, 1998. 3 

A fotografia reproduzida no Anuário do Ensino do Estado de São  Paulo de 1907/1908 mostra, em primeiro plano, o edifício maior da Escola Complementar (atual EE Peixoto Gomide)  e, à sua direita, o  edifício menor da Escola Modelo Preliminar, de esquina com a Rua Dr. Virgílio de Rezende (atual EE Adherbal de Paula Ferreira). 

No entanto, os usos de ambos os prédios variavam muito,  misturando os níveis de ensino e separando a seção  feminina da masculina. O Anuário de 1907/1908, por exemplo, informa que nesse período funcionava no prédio menor a seção masculina da Escola Complementar e da Escola Modelo preliminar, enquanto que no edifício maior estava instalada a seção feminina das duas  escolas. 

Pela lei nº 930, de 13 de agosto de 1904, a Escola Modelo  Preliminar passou a constituir um Grupo Escolar, e por ato do  Secretário do Interior, de julho de 1906, esse grupo passou a se denominar “Peixoto Gomide”, em homenagem ao falecido senador Dr. Francisco de Assis Peixoto Gomide.  Somente em 1911, quando se passou a oferecer o curso normal completo, o terceiro prédio, do lado da Avenida Fernando Prestes,  foi concluído, completando esse conjunto único no Estado, formado  por três prédios num  mesmo terreno, um marco de referência na cidade.  A Escola Normal alterou significativamente a vida cultural da cidade, à medida que passou a receber alunos de diversas  localidades, e também porque, no começo do século XX, ali formaram­se 25% dos professores do Estado. O Anuário de Ensino  de 1913 registra que, até aquele ano, 656 professores (242  homens e 414 mulheres) haviam sido diplomados ali. 

Atualmente, as três escolas oferecem vários níveis de ensino:  EE Peixoto Gomide (prédio maior, ao centro)  –  Fundamental –  5ª a 8ª Série, Médio (Geral) e Profissional Normal;  EE Cel. Fernando Prestes (prédio menor, ao lado da Av. Fernando  Prestes)  –  Fundamental –  1 ª  a 4 ª  Série e Fundamental –  5ª a 8ª  Série, Jovens/Adultos  –  Médio Presencial, e Médio (Geral);  EE  Adherbal de Paula Ferreira (prédio menor, ao lado da Rua Dr.  Virgílio de Rezende)  –  Fundamental –  5ª a 8ª Série e Médio  (Geral). 4 

Fonte: Arquitetur a escolar paulista: r estauro, 1998.

Endereços:

EE Peixoto Gomide Av. Peixoto Gomide, 198  – Centro  Itapetininga, SP  – CEP 18200­160  Tel: (15)3271.8486 

EE Cel.  Fernando Prestes  Av. Peixoto Gomide, 250  – Centro  Itapetininga, SP  – CEP 18200­160  Tel: (15)3271.0400 

EE Adherbal de Paula Ferreira Av. Peixoto Gomide, 126  – Centro  Itapetininga, SP  – CEP 18200­160  Tel: (15)3271.0418 

BIBLIOGRAFIA:

CORRÊA, Maria Elizabeth Peirão;

NEVES, Helia Maria Vendramini e

MELLO, Mirela Geiger de.  A r q u it e tu r a   e s c o l a r   p a u l i s ta :  1 8 9 0 ­  1 9 2 0 .  São Paulo: FDE­Diretoria de Obras e Serviços, 1991. 

FERREIRA, Avany De Francisco, CORRÊA,  Maria Elizabeth Peirão e

MELLO, Mirela Geiger de.  A r q u it e tu r a   e s c o l a r   p a u l i s ta :  r e s ta u r o .  São Paulo: FDE, 1998.  SÃO  PAULO  (Estado). Inspectoria Geral do Ensino.  A n n u a r i o   d o  En s i n o   d o   Es ta d o   d e   Sã o   P a u l o . São Paulo: Typ. Augusto  Siqueira & C., 1907­1908. 

SÃO  PAULO  (Estado). Directoria Geral da Instrucção Publica.  A n n u a r i o   d o   En s i n o   d o   Es ta d o   d e   Sã o   P a u l o . São Paulo: Typ.  Siqueira, 1908­1909.  SÃO  PAULO  (Estado). Directoria Geral da Instrucção Publica. 

A n n u a r i o   d o   En s i n o   d o   Es ta d o   d e   Sã o   P a u l o . São Paulo:  Typ.  Siqueira, 1913.  SÃO  PAULO  (Estado). Directoria Geral da Instrucção Publica.  A n n u a r i o   d o   En s i n o   d o   Es ta d o   d e   Sã o   P a u l o . São Paulo: Typ.  Augusto Siqueira & C., 1915. 

SÃO  PAULO  (Estado). 3 ª  Conferência Nacional de Educação. 7 de Setembro de 1929.  Es ta d o   d e   S.  P a u l o .  Ed ifí c i o s   e s c o l a r e s .  S.n., 1929.

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Neste ano de 2015 a Escola Estadual Peixoto Peixoto, através de uma equipe de professores, alunos e coordenadores lançaram um livro que conta a história desta tão famoso escola onde eu estudei fazendo o curso ginasial.

Escola Peixoto Gomide completa 120 anos de ensino

por Everton Dias - Jornal Correio de Itapetininga

  

Segundo a professora, o livro resgata a história vivida pelos alunos e professores nestes 120 anos. “Procuramos por pessoas que viveram e podem contar isso para as outras pessoas. Há um valor imensurável de cultura e história dentro dessa escola que também serviu como banco de sangue e hospital na Revolução de 1932”, conta a professora que leciona há 14 anos na escola.

A escola, criada em julho de 1894, pelo governador da época, Bernardino de Campos, influenciado pelo senador Peixoto Gomide e o político Fernando Prestes, constituiu-se nestes mais de cem anos, numa referência de ensino e evidenciou Itapetininga no cenário paulista e brasileiro. Foi a primeira do interior de São Paulo e idealizada partir de um projeto em estilo neorromântico do renomado arquiteto Ramos de Azevedo. O prédio foi tombado pelo patrimônio histórico em 1987. “A história da escola está intimamente ligada à própria história da cidade que teve um impulso após a sua criação com a atração de estudantes de todas as partes do pais que desejam ser professores”, conta a professora e pesquisadora.

Localizada no centro da cidade, a escola fica ao centro de outros dois prédios históricos das escolas Fernando Prestes e Adherbal de Paula. A professora lembra que visitaram a escola pessoas notáveis, como Getúlio Vargas, Armando Sales de Oliveira, o maestro Villa-Lobos, os governadores Jânio Quadros, Prestes Maia, Ademar de Barros e outras personalidades ilustres da época.

Na época de sua criação, Itapetininga possuía uma população de 13.278. Segundo a professora, graças à Escola Normal, o município ficou conhecido como “Terra das Escolas” e “Atenas do Sul Paulista”. Segundo o jornalista Galvão Júnior, autor que escreveu diversos artigos sobre a escola na época, a cidade de Itapetininga desfrutou prestígio no Estado: “abrigava a segunda escola normal do Estado, criada após a mais importante escola normal do país, a Caetano de Campos; e na década de 1940 já era sede da Delegacia Regional de Ensino”, escreveu.

A tradição e o prestígio da escola, segundo o autor, eram reconhecidos pelos próprios professores do estabelecimento que fizeram constar em atas elogios, bem como recomendações de que os problemas internos não comprometessem a imagem da escola. A última turma do magistério foi formada em 1999.

Como o número de escolas preliminares era superior à quantidade de professores necessários para fazê-las funcionar e como a escola normal da capital, não conseguia formar o número de professores suficientes para atender a demanda, governador Bernardino de Campos criou a Escola Normal em Itapetininga. “Atendendo a isto criou a segunda Escola Normal do Estado e a colocou na zona sul do Estado, em Itapetininga, onde parecia mais fácil e acessível à frequência dos candidatos ao magistério”, diz o jornalista Galvão Júnior.

A Escola Normal na cidade de Itapetininga foi criada pelo Decreto nº. 245 de 20 de julho de 1894, assinado pelo Presidente da Província, Bernardino de Campos, mas começou a funcionar somente em 1911.

 

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