Sobrenome de origem geográfica.
De porto, subst. comum, o porto por excelência. Entende Leite de Vasconcelos que na linguagem familiar e hipocorística a expressão Portucale ou Portocale (Portugale ou Portugal) se aliviou do segundo elemento, ficando só Portu ou Porto, que se tornou o nome da cidade atual, aplicando-se a forma composta ao respectivo território, como mais extenso (Antenor Nascentes, II, 249).
No Rio de Janeiro, entre as mais antigas, registra-se a de Fernão do Porto, cas. no Rio, em 1622, com [??..ria - talvez Maria] Ribeiro Ribeiro (Rheingantz, III, 71).
Ainda no Rio de Janeiro, de origem portuguesa, cabe mencionar a família de Francisco Luiz Porto [c.1641, S. Nicolau, Porto, Portugal- 1717, RJ], natural da cidade do Porto, de onde lhe advém o nome de família.
Passou, em princípios do século XVIII, para a Cidade do Rio de Janeiro, onde deixou geração do seu cas., a 01.09.1668, na Igreja de São José, RJ, com Maria da Rocha Mascarenhas [c.1646, Reis Magos - 26.02.1705, RJ], filha de Francisco Rodrigues Mascarenhas e de Bárbara Vieira, patriarcas desta família Mascarenhas (v.s.), do Rio de Janeiro.
Família de origem portuguesa estabelecida no Rio Grande do Sul, para onde passou Francisco de Oliveira Porto, natural do Porto, Portugal, de onde, provavelmente, tirou o seu sobrenome Porto.
Assinou termo de declaração, a 19.07.1848, onde informa ser católico. Ao registrar sua Carta de Naturalização assinada por D. Pedro II em 14.08.1852, declarou ainda ser casado com uma brasileira e até aquele momento não ter filhos (Spalding, naturalizações, 104).
Linha de Degredo: Registra-se, no Auto-de-fé celebrado no Terreiro do Paço de Lisboa, a 17.08.1664, a condenação de três (3) anos de degredo para o Brasil, de Sara do Porto, cristã-nova, natural da vila de Linhares e moradora na Guarda. Esposa de Simão Rodrigues.
Cristãos Novos:
Sobrenome também adotado por judeus, desde o batismo forçado à religião Cristã, a partir de 1497. (Wolff, Dic.I, 162).
Heráldica: um escudo em campo de prata, com uma cruz florenciada de vermelho.
Timbre: a cruz do escudo (Anuário Genealógico Brasileiro, IX, 298).