Prestes, sobrenome de origem portuguesa.
O nome provém provavelmente do francês antigo prévostes preposto do rei, francês atual Prévot, o qual teria origem no latim praepositus.
Nas décadas de João de Barros e nas de Diogo do Couto foi registrado como Prestes.
Existe uma citação a respeito da lenda de João Prestes ao qual se prenderia a origem deste sobrenome familiar, porem não possuímos dados a respeito de tal lenda.
Muitas famílias, especialmente espanholas, deste nome provaram a sua nobreza nas Ordens de Santiago, Calatrava, Alcântara, Montesa, (nascido em corporações para lutar contra os mouros, pela Reconquista da península ibérica e garantir a ordem, proteger os peregrinos e impotente), Carlos III e São João de Jerusalém (a ordem religiosa militar fundada no século XI); inúmeras vezes na Chancelaria Real de Valladolid e Granada, na Sociedade Real de Midshipmen e a Real Audiencia de Oviedo.
Registra-se Benedito Pereira Prestes, nascido em 23.03.1903, Araçariguama, São Paulo, Brasil e falecido em 21.07.1986, Jundiaí, São Paulo, Brasil; casou-se por volta de 1923. Filho de João Pereira Prestes, nascido em 1851 e falecido em 24.12.1962, Indaiatuba, São Paulo, Brasil e Olívia Maria Isabel, nascida em 1881 e falecida em 19.03.1933, Cabreúva, São Paulo, Brasil. Teve os seguintes filhos: Francisco Prestes, nascido em 8.1.1925 e falecido em 11.6.1925,Jorge Prestes, nascido em 25.10.1934 e falecido em 11.08.1977 e Valdemar Prestes (filho do segundo casamento), nascido em 9.3.1937 e falecido em 11.6.1938.
Registra-se Florêncio Ribeiro Borges, nascido em 1866, Santa Catarina, Brasil e falecido em 6.10.1916; casou-se com Cândida Maria Palhano Prestes, nascida em 1868; filha de Manoel Palhano Prestes, nascido em 1842 e Tomazia Maria Palhano, nascida em 1846. Ele filho de Pedro Ribeiro Borges, nascido em 1836 e Inocência Maria Ribeiro, nascida em 1835 e falecida em 29.07.1916. Tiveram um filho Affonso Palhano Prestes, nascido em 1892, Santa Catarina, Brasil; casou-se com Cândida Ribeiro de Souza em 01.06.1911, ela nascida em 1893 e falecida em 4.1.1930.
Registra-se Jerônimo Prestes, nascido em 1803, Itapetininga, São Paulo, Brasil; casou-se com Anna Francisca, nascida em 1807. Tiveram uma filha: Gertrudes Prestes, nascida em 15.8.1829, em Itapetininga.
Registra-se tenente José Coelho de Oliveira Prestes, nascido por volta de 1790, Cotia, São Paulo, Brasil; casou-se com Maria de Anhaia Leite em 1817, ela nascida por volta de 1798; filho de Agostinho Coelho de Cerqueira, nascido por volta de 1765, São Paulo, Brasil e Ana de Oliveira Prestes, nascida por volta de 1770, São Paulo, Brasil; neto paterno de Antônio Coelho de Cerqueira. nascido por volta de 1740, São Paulo, Brasil e Antônia da Rocha, nascida por volta de 1745, São Paulo, Brasil; neto materno de Domingos de Oliveira Ramos Prestes, nascido por volta de 1740, São Paulo, Brasil e Izabel Lourenço Gamarra, nascida por volta de 1745, São Paulo, Brasil; bisneto paterno de Braz Coelho de Cerqueira, nascido por volta de 1715, Portugal e Helena Carmelo, nascida por volta de 1720, Portugal. Teve os seguintes filhos: Maria Coelho de Oliveira, nascida por volta de 1819; José Coelho de Oliveira, nascido por volta de 1821; Francisco Coelho de Oliveira, nascido por volta de 1823; Antônio Coelho de Oliveira, nascido por volta de 1825; Ana Coelho de Oliveira, nascida por volta de 1827; Gertrudes Coelho de Oliveira, nascida por volta de 1829 e Joaquim Coelho de Oliveira, nascido por volta de 1831.
Registra-se Francisco Xavier de Oliveira Prestes, nascido por volta de 1730, Santo Amaro (atual bairro da cidade de São Paulo), São Paulo, Brasil; casou-se com Úrsula Pires de Lima em 1754, ela nascida em 1737 e falecida em 1799; ele, filho de Agostinho de Oliveira Costa, nascido em 1702, Portugal e falecido em 1773, Santo Amaro. São Paulo, Brasil e Anna da Silveira Dutra, nascida em 1710, Portugal. Teve os seguintes filhos: Francisco Prestes, nascido em 1756; João Pires de Lima, nascido em 1758; Joaquim Mariano de Lima, nascido em 1760; Vicente Ferreira de Oliveira, nascido em 1762; José Joaquim Prestes, nascido em 1764; Antônio Xavier de Lima, nascido em 1766; Salvador Pires Prestes, nascido em 1768;Gertrudes Maria Prestes, nascida em 1770 e Anna Joaquina Prestes, nascida em 1772.
Registra-se Lourenço de Oliveira Prestes, nascido por volta de 1775, Santo Amaro, São Paulo, Brasil; casou-se em primeiras núpcias com Rosa Maria de Jesus em 1802, tiveram uma filha: Maria Lopes Prestes; casou-se em segundas núpcias com Izabel Maria de Jesus, houve descendência desse casamento, porém não foram encontrados os registros. Filho de Lourenço de Oliveira Ramos, nascido por volta de 1745, Santo Amaro, São Paulo, Brasil e Beatriz Maria Moniz, nascida por volta de 1755, Santo Amaro, São Paulo, Brasil; neto paterno de Domingos de Oliveira Ramos Prestes e Izabel Lourenço Gamarra e neto materno de Jerônimo Moniz de Menezes e Anna Coelho.
Em Angatuba-SP temos a origem dos Prestes de Albuquerque que geraram grandes personalidades do cenário político brasileiro, com destaque para Fernando Prestes de Albuquerque e Júlio Prestes de Albuquerque.
Em Itapetininga seus nomes são sempre lembrados, inclusive no Centro Cultural Brazilio Ayres de Aguirre tem todo um memorial da família Prestes de Albuquerque, aberto para visitação pública.
(Genealogia de uma cidade - volume I - Itapetininga-SP - José Luiz Nogueira - páginas 30 à 32 e 113 à 120)
Prestes é um sobrenome com a contração da palavra grega que significa velho, homem respeitável; do sânscrito prabhu: chefe, venerável (Coston, 379; Anuário Genealógico Latino, V, 62).
Família de origem portuguesa estabelecida, inicialmente, em São Paulo, e depois no Rio Grande do Sul. Teve princípio em Manuel da Costa, natural da Freg. de Santo Estevão, Lisboa, Portugal, que deixou numerosa descendência do seu cas., c.1654, com Lúcia Prestes, natural de Lisboa, Portugal. Foram avós de Agostinho de Oliveira da Costa [1683, Lisboa - 1773, Lisboa], que tornou-se o patriarca dos Prestes, no Brasil. Foi casado, em primeiras núpcias, em 1705, com Ana da Silveira Dutra [Lisboa - 1751, Lisboa], filha de José da Silveira Bittencourt, da Ilha do Fayal; em segundas núpcias, com Domingas Ribeiro de Alvarenga [? - 1761]; em terceiras núpcias, com Luzia Vieira da Silva. Entre os descendentes de Agostinho de Oliveira da Costa, cabe registrar:
I - o bisneto Manuel de Oliveira Prestes [c.1754, SP - ?], que tornou-se o patriarca dos Prestes, do Rio Grande do Sul, onde deixou numerosa descendência de seu cas., c.1779, com Silvana Joaquina de Souza, nat. de Viamão, RS;
II - o quarto neto, Dr. Antônio Pereira Prestes [1821, Porto Alegre, RS - 1881, idem], advogado, jornalista, deputado provincial; e
III - Severiano de Freitas Prestes [23.04.1861, RS - 11.09.1896, São Paulo, SP], bacharel em Direito, pela Faculdade de Direito de São Paulo [1879], doutor em direito [1880]. Lente de Legislação Comparada sobre o Direito Privado, 3.ª Cadeira da Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais - RJ. «A S. Paulo voltou em 1893, candidato a concurso na sua Faculdade. Venceu realmente o concurso para a terceira secção (direito romano, história do direito nacional, legislação sobre o direito privado) e foi nomeado, em 29 de Setembro de 1893, professor substituto. Subiu à cátedra da 4.ª secção por dec. de 8 de Agosto de 1895. Redigira, estudante, “República”(1877), em Porto Alegre, depois, “A Reforma”, ao tempo em que advogava nessa cidade, e pouco se demorou no Rio de Janeiro. Deixou teses de concurso, uma dissertação na Revista daquela Faculdade (vol. 2.º) e lições de direito criminal coligidas pelo discípulo Francisco de Castro Júnior.» (Pedro Calmon, História da Faculdade Nacional de Direito, 41);
IV - o sexto neto, o líder político Luiz Carlos Felizardo Prestes [03.01.1898, Porto Alegre - 07.03.1990, Rio, RJ], militar e político. Um dos principais líderes do movimento tenentista. Formou a Coluna Prestes [1925-1927], movimento revolucionário representado por uma marcha guerrilheira que percorreu mais de 24.000 km em território brasileiro, sem interrupções superiores a dois dias em lugar algum, durante 647 dias. Compunha-se de forças retirants derrotadas no movimento paulista de 1924 [Enciclopédia Larousse, 19, 4777].
Retornou ao Brasil em 1935. Preso e condenado em 1936.. Após a dissolução do movimento, Prestes passou à Bolívia, Uruguai e à antiga URSS. Anistiado e solto [1945], assumiu a direção do Partido Comunista. Senador da República, pelo Distrito Federal - RJ. O Congresso Nacional declara ilegal o Partido Comunista cassando os mandatos dos parlamentares [1948]. Reformado pelo Exército [1958]. Teve seus direitos políticos cassados [1964]. Secretário-Geral do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Devido ao golpe militar de 1964, manteve-se na clandestinidade até 1971, quando se exilou na antiga URSS. Com a anistia de 1979, retornou ao Brasil. Em 1991, quinze meses após a sua morte, foi anistiado pelo Exército e promovido a Coronel.
Deixou geração do seus dois casamentos: o primeiro, com Olga Benário, alemã, presa e entregue a agentes do governo nazista, assassinada numa câmara de gás num campo de concentração da Alemanha; e, o segundo, com Altamira Rodrigues Sobral [02.02.1932, Recife, PE -], mais conhecida por Maria do Carmo Ribeiro, nome que teve que adotar, para fugir das perseguições políticas sobre a família Prestes.
Alterou-se, assim, a data de nascimento, para 10.08.1930, Itajubá, MG, a sua paternidade, João Ribeiro, o pai, nascido como João Rodrigues Sobral, líder camponês, filiado ao Partido Comunista, e Mariana Ribeiro, a mãe, nascida como Mariana Ribas Pontes;
V - a sétima neta, Anita Leocádia Prestes, filha do primeiro matrimônio do item IV. Doutora em Economia pelo Instituto de Ciências Sociais de Moscou. Doutora em História Social pela Universidade Federal Fluminense, onde defendeu tese sobre a Coluna Prestes. Escritora e Professora. Professora adjunta deHistória do Brasil no Departamento de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
VI - o sétimo neto, Antônio João Ribeiro Prestes, filho do segundo matrimônio do item IV. Com geração - 4 filhos;
VII - a sétima neta, Rosa Ribeiro Prestes, filha do segundo matrimônio do item IV. Com geração - 4 filhos;
VIII - a sétima neta, Ermelinda Ribeiro Prestes, filha do segundo matrimônio do item IV. Com geração - 2 filhos;
IX - o sétimo neto, Luiz Carlos Ribeiro Prestes, Luiz Carlos Prestes Filho, filho do segundo matrimônio do item IV. Com geração - 2 filhos;
X - a sétima neta, Mariana Ribeiro Prestes, filha do segundo matrimônio do item IV. Com geração - 2 filhos;
XI - a sétima neta, Zóia Ribeiro Prestes [07.11.1962, São Paulo, SP -], filha do segundo matrimônio do item IV. Embora nascida em São Paulo, foi registrada como nascida no Rio de Janeiro, quando seu pai pode sair da semi-clandestinidade. Com geração das suas duas uniões: a primeira, com Guilherme França Reis [29.03.1961, São Paulo, SP -], nascendo Dianne Prestes Reis [01.05.1987, Rio, RJ -], e, a Segunda, com o jornalista Otávio Barata Costa [25.07.1950, Rio, RJ -], filho do jornalista Álvaro Costa e de Rafaela Cecília Barata, procedentes das antigas famílias Moura Costa (v.s.), do Piauí, e Barata Freire (v.s.), do Pará. Desta segunda união nasceu Anna Cecília Prestes Costa [04.11.1997, Rio, RJ -];
XII - o sétimo neto, Iuri Ribeiro Prestes, filho do segundo matrimônio do item IV. Registrado somente com o falso nome da mãe, Ribeiro, devido às peeseguições políticas. Somente, anos depois, registrou-se o sobrenome Prestes. Com geração - 3 filhos. Houve, ainda em São Paulo, outra importante família com este sobrenome, estabelecida em Santos, para onde passou João Baptista Prestes [c.1685, Lisboa -], que deixou numerosa descendência do seu cas. com Teresa de Jesus.
Entre outros, foram avós de Caetano José Prestes [c.1735, SP -], Juiz de Órfãos de Sorocaba [1775], e bisavós de Angela Ferreira Prestes, matriarca da importante família Martins dos Santos (v.s.), de São Paulo.
Sobrenome de antiga família estabelecida no Pará, oriunda da Praça de Mazagão, em África, procedente de um dito Prestes, que deixou geração, estabelecida no Pará. Entre os seus descendentes, registram-se:
I - a filha, Rosa Caetana Prestes, que migrou para o Pará, compondo o grupo 340 famílias que embarcaram para o Brasil, em 1770, estabelecendo-se na nova colônia de Mazagão. Fazia parte do corpo de Cavalaria, grupo familiar n.º 149, encabeçado por seu cunhado, abaixo: recebeu 66$663 rs. de sua praça;
II - a filha, [..] Prestes, que parece ter falecido antes da migração. Deixou geração do seu cas. com Bartolomeu de Macedo, que veio encabeçando o dito grupo 149, recebendo 353$193 da soldo, moradia e tença;
III - o neto, Sebastião José Prestes, filho do casal anterior, que veio acompanhando seus pais, com 135$375 de soldo e moradia; e
IV - José Prestes, irmão do anterior, que veio acompanhando seus pais, com 87$003 de soldo e moradia.