GENEALOGIA - JOSÉ LUIZ NOGUEIRA 
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NOGUEIRA DA GAMA
NOGUEIRA DA GAMA

 Dicionário das Famílias Brasileiras

Nogueira da Gama - sobrenome de uma antiga e muito importante família de políticos e abastados proprietários rurais de minas gerais. os nogueira da gama, estão entre as grandes famílias da aristocracia rural do império: «outra grande árvore genealógica vindo a crescer nos cafezais valencianos, foi a dos nogueira da gama, nascida com mais um mineiro, de são joão del rei, manuel jac nogueira da gama, doutor em matemáticas pela universidade de coimbra, lente da real academia da marinha de lisboa, marechal de campo, ministro do império e marquês de baependi. casando-se com uma filha do nababo braz carneiro leão, torna-se possuidor de enorme extensão de terras no vale do paraíba, onde a sua sesmaria doada por d. joão vi, tinha cerca de 540 quilômetros quadrados, por ele retalhados e vendidos em fazendas com grandes lucros.» (lamego, aristocracia, p.79).

A origem deste poderoso clã mineiro, remonta à ilha da madeira, onde o mais antigo membro desta família, que pudemos apurar, foi manuel lopes nogueira, homem do século xvii, nascido por volta de 1635, e casado com sebastiana osório, ambos naturais de gouveia, braga. desta última cidade, saiu um dos filhos do casal, antônio nogueira, em direção a funchal, na ilha da madeira, onde casou, na sé, a 30 de janeiro de 1673, com francisca fernandes do vale, ali nascida. um dos filhos do casal madeirense, thomé rodrigues nogueira do Ó, nascido na ilha da madeira, por volta de 1685, emigrou para o brasil, onde foi o genearca deste influente e poderoso clã aristocrático da velha minas gerais. thomé rodrigues, ao chegar ao brasil, provavelmente, em princípios do século xviii, cedo indicava que vinha para prosperar. estabeleceu-se, inicialmente, em são paulo, onde, em janeiro de 1711, recebia a patente de capitão de infantaria da ordenança do distrito de piedade-lorena. trata-se de um importante posto de comando de um batalhão de infantaria, pagos pela câmara ou conselho, do antigo distrito de nossa senhora da piedade do guaipacaré. estas terras foram desbravadas em 1702, foi freguesia em 1718, e elevada, por provisão de a 11 de novembro de 1788, à categoria de cidade, com a denominação de lorena. alguns anos depois, a família nogueira se transferiu para baependi, minas gerais, onde, em 1726, o capitão thomé já era proprietário de terras. «parte do velho casarão de tomé rodrigues, no engenho, em baependi, resiste ainda à ação do tempo e foi visitado e fotografado por seus descendentes waldemar rodrigues de oliveira leal e elzira leal rodrigues, em 17.10.1962. o solar sofreu lamentáveis mutilações, desaparecendo do forro da sala de visitas antigas pinturas que ali se viam. as grossas paredes de taipa dessa construção colonial lá se ostentam, contrastando com sua espessura, a estreiteza das janelas, abertas para risonhas paisagens de entorno.» (oliveira leal, p.29).

A cidade de Baependi, berço dos Nogueira da Gama, foi imortalizada pela família em forma de títulos nobiliárquicos: marquês e conde de baependi. o capitão thomé, fazendeiro influente em baependi, a 19 de janeiro de 1736, foi nomeado guarda-mor de baependi. transferiu-se, depois de 1753, para são joão del rei, onde o encontramos, em 1758, ingressando na irmandade do santíssimo sacramento. Vereador e procurador da câmara municipal de são joão del rei. Casou com maria de leme prado, paulista de nascimento, e descendentes das tradicionais famílias paulistas leme e prado. dos nove filhos do casal, destacamos o alferes das ordenanças, nicolau antônio nogueira, nascido em baependi, por volta de 1737, e falecido, em são joão del rei, a 11 de setembro de 1792. foi sepultado dentro da igreja de nossa senhora do carmo de são joão del rei. por provisão régia de 2 de fevereiro de 1768, foi nomeado para o cargo de escrivão da ouvidoria de são joão del rei e, posteriormente, em 1771, escrivão da ouvidoria geral. já vimos anteriormente a importância destes cargos. o próprio marquês de baependi (5.º presidente do senado), serviu nos escrivão do real erário, em 1808, e da tesouraria-mor do real erário, em 1816. o alferes nicolau antônio nogueira, por seu casamento, realizado em 1762, na capela do rosário de são joão del rei, com ana joaquina de almeida gama, tornou-se o patriarca da família nogueira da gama. seu pai, thomé, o genearca, tornou-se o fundador da família nogueira, no brasil, e, ele, nicolau, tornou-se o patriarca dos nogueira da gama. sua esposa, ana joaquina, era irmã do grande poeta basílio da gama - josé basílio da gama -, batizado a 6 de dezembro de 1741, em são josé das mortes, tiradentes, mg, e falecido, solteiro, a 32 de julho de 1795, em lisboa. para perpetuar a memória dos seus antepassados, lhe foi passada a mercê da carta de brasão de nobreza de fidalguia. patrono da cadeira n.º 4 da academia brasileira de letras. filhos do capitão manuel gomes vilas boas e de inácia quitéria de almeida e gama - ver famílias gama (v.s.), almeida gama (v.s.) e vilas boas (v.s.). aos poucos, vai se esclarecendo este complexo de família senhorial dos nogueira da gama, que têm entre seus antepassados os sesmeiros: capitão thomé rodrigues nogueira do Ó e capitão francisco tavares - o primeiro, quase que proprietário de baependi, em minas gerais; e o segundo, fundador de pati do alferes, no rio de janeiro.

Os Nogueira da Gama, estenderam suas alianças aos principais grupos familiares de sua época, espalhando suas propriedades e suas influências políticas por minas gerais, rio de janeiro e são paulo. esta união pluri-familiar gerava o crescimento de seus domínios e, conforme costume de época, sua indivisibilidade assegurava a sua permanência e a manutenção do seu poder familiar, por diversas gerações. «“tal como no período colonial, os bens móveis, ali, ainda passam para o filho primogênito - como se ele fosse o próprio patriarca em pessoa: - e toda a família tem assim, na indivisibilidade tradicional dos domínios, a impressão material da sua própria unidade, da sua permanência e continuidade no espaço e no tempo» (oliveira viana, i, p.211). sobre a identificação do senhor-patriarcal com suas terras, no caso dos nogueira da gama, suas propriedades foram perpetuadas em seus títulos nobiliárquicos. os seus vastos domínios em baependi, lhe valeram dois títulos: marquês e conde de baependi (ambos presidentes do senado). a marquesa de baependi, francisca mônica carneiro da costa, santificou seu nome ao batizar sua propriedade: fazenda santa mÔnica. esta por sua vês, que coube ao seu terceiro filho, francisco nicolau, ficou eternizada através de seu título nobiliárquico: barão de santa mônica. os irmãos deste último seguiram os mesmos costumes: o mais velho, braz, tornou-se conde de baependi; e o do meio, manuel jac, fazendeiro em juparanã, tornou-se barão de juparanã. entre os descendentes daquele casal tronco dos nogueira da gama, o alferes nicolau antônio nogueira e ana joaquina de almeida gama, cabe-nos registrar: i - o filho, manuel jac nogueira da gama [08.09.1765, são joão del rei, mg - 15.02.1847] - marquês de baependí, detalhes adiante; ii - o filho, dr. antônio joaquim nogueira da gama, que foi estudar na universidade de coimbra, onde matriculou-se no curso de matemática a 13.07.1787 e de medicina a 06.10.1789. por despacho de 13.07.1787, passou de voluntário para aluno obrigado. pouco tempo depois de sua formatura, faleceu, em coimbra, entre 1795 e 1800; iii - o filho, marechal de campo francisco antônio de paula nogueira da gama [1773, freg. n.s. do pilar, são joão del rei, mg - 1838]. tendo assentado praça de soldado, voluntariamente, a 15 de março de 1791, no regimento de cavalaria de primeira linha da capitania de minas gerais. tenente de uma companhia do regimento de cavalaria de dragões da capitania de minas gerais. a 13 de maio de 1822, chegou a brigadeiro graduado. comandante da praça de santos, em 1821, e das armas da província do espírito santo, em 1826. foi reformado no posto de marechal de campo. teve mercê da carta de brasão de armas, detalhes adiante. deixou geração do seu cas., a 07.01.1801, em são joão del rei, com ana bárbara jesuína de albuquerque e melo [1784, são joão del rei, mg -], filha do capitão-mor francisco josé alves e de ana leonarda ludovina de melo; x - a bisneta, helena augusta velasco nogueira da gama [1818, ouro preto, mg - 24.03.1873, rio, rj], matriarca da família cochrane (v.s.), de são paulo e rio de janeiro; iv - o filho, o capitão-mor, depois coronel josé inácio nogueira da gama [14.10.1778 - 10.10.1839], cavaleiro fidalgo da casa imperial. foi casado na poderosa família vale amado, que se destaca com os tostes, entre os desbravadores dos campos mineiros, onde hoje está situado o município de juiz de fora. foram os vale amado, os mais abastados proprietários de terras do seu tempo. casou, em 1800, com francisca maria do vale de abreu e melo [14.05.1786, matias barbosa, mg - 16.06.1881, fazenda são mateus, matias barbosa, mg]. tempos depois do falecimento do coronel josé inácio, sua viúva e administradora da fazenda, foi agraciada, a 17.07.1872, com o título de baronesa de são mateus. utilizou grande parte de sua fortuna em obras de caridade; v - a filha, maria custódia nogueira da gama, que foi casada com dr. mateus herculano monteiro da cunha matos, formado em direito pela universidade de coimbra - onde havia se matriculado a 25.10.1794. serviu as funções de intendente do ouro, tesoureiro e deputado à junta da fazenda real. procurador da coroa em 1819, em minas gerais. descendente de uma das importantes famílias mineiras, os monteiro de barros;  vi - o neto, nicolau antônio nogueira vale da gama [1802-1897], visconde com honras de grandeza de nogueira da gama - detalhes adiante; vii - a neta, ana cândida nogueira de melo e gama, matriarca da família baumann (v.s.), estabelecida em são paulo; vii - o neto, braz carneiro nogueira da costa e gama [1812-1887], conde de baependi - detalhes adiante; viii - a neta, helena augusta velasco nogueira da gama [1818, ouro preto, mg - 24.03.1873, rio, rj], matriarca da família cochrane (v.s.), de são paulo e rio de janeiro; ix - a neta, rosa mônica nogueira vale da gama [1820 - 1904], condessa (2.ª) de baependí, por casamento; x - o neto, inácio josé nogueira da gama, diplomata, cônsul do brasil em luanda; xi - a neta, maria madalena bogueira velasco da gama, matriarca da família moret (v.s.), do estado do rio de janeiro; xii - o neto, manuel jac carneiro nogueira da costa e gama [1830-1876], barão de juparanã - detalhes adiante; xiii - o neto, francisco nicolau carneiro nogueira da costa e gama [1832-1885], barão de santa - detalhes adiante; xiv - a bisneta, francisca jacinta nogueira da gama [1835-1899], condessa de carapebús - detalhes adiante; xv - o bisneto, manuel jac nogueira da gama [08.05.1837, rio, rj - 09.11.1895, idem] proprietário. bacharel em letras, em 1854, pelo colégio pedro ii. bacharel em direito, diplomado em 1859, pela academia de são paulo, aprovado plenamente, colando grau a 18 de novembro de 1859. sobre o perfil do bacharel nogueira da gama, escreveu almeida nogueira (academia de são paulo, 247): «era esta a sua physionomia ao tempo de estudante: estatura mediana, moreno, nariz fino e curto, cabellos castanhos, bigode espesso, olhos pardos e lábios grossos. exprimia-se com certa dificuldade. em s. paulo era conhecido por maneco gama. foi um intemerato , nas praças publicas e nos adros das egrejas, de ganços na vargem do carmo e de cevados no miguel carlos, no braz e na luz. depois de formado, fez breve estada em paris, como addido á legação do brazil... não se é, debalde, filho do sol e neto da lua !...». moço fidalgo com exercício na casa imperial. grã-cruz da ordem de cristo, de portugal, a 4 de fevereiro de 1884. proprietário da fazenda anápolis, na freguesia de santa teresa, em valença, onde serviu como juiz de paz. juiz municipal de vassouras e deputado a assembléia provincial do rio de janeiro. em 1886 seu nome constava da lista dos acionistas do banco do brasil, com 300 cotas.

 

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