Salvador de Oliveira Ayres nasceu em 1768 em Sorocaba - SP.
Filho do Tenente coronel Paulino Ayres de Aguirre e Anna Maria de Oliveira Leme, a filha do Sarutayá.
Ele tinha os irmãos: Américo Antonio Ayres (major), Maria Manuela de Oliveira, Gertudes Eufrosina Ayres, Anna Eufrosina Ayres, Escholástica Maria de Oliveira, Maria Perpétua Ayres e Pedro de OLiveira Leme (licenciado).
Tinha também meio irmãos por parte do pai: Paulino Lourenço Ayres, Maria do Monte Carmello e Antonia Carlota Ayres de Lima.
Casou no dia 17 de novembro de 1793 na Igreja Nossa Senhora dos Prazeres em Itapetininga com Isabel Nunes Vieira, filha do Capitão-mór Domingos José Vieira.
Tiveram os seguintes filhos:
i. Ajudante Manoel Paulino de Oliveira Ayres
ii. Coronel Paulino Ayres de Aguirre (Neto) nasceu em Itapetininga-SP. Ele faleceu no Paraná.
iii. Tte-cel Salvador de Oliveira Ayres (Filho)
iv. Capitão José de Oliveira Ayres nasceu em Itapetininga-SP.
v. Maria do Carmo Ayres nasceu em 1803 em Angatuba. Ela faleceu em 1893.
vi. Anna Maria Vieira Ayres nasceu em Itapetininga-SP. Ela faleceu em 1864 em Itapetininga-SP.
vii. Maria do Monte Carmelo Ayres faleceu em 1869 em Itapetininga-SP.
viii. Perpétua Leocádia Ayres nasceu em 1805 em Itapetininga-SP.
ix. Maria do Rosário Ayres nasceu em 1813 em Itapetininga-SP.
x. Gabriel de Oliveira Ayres nasceu em Itapetininga-SP. Gabriel morreu solteiro. Não deixou descendentes segundo consta no Vol. VIII página 431 da Genealogia Paulistana de Luiz Gonzaga da Silva Leme.
Maços de População - indicações das mais interessantes: la. coluna: (fogos), 2a. coluna:
1 — "O capitão mór Salvador de Oliveira Ayres natural de Villa de Sorocaba — D. Izabel da Conceição Smola, n.a da mesma.
Filhos (8) com os nomes e idades; em baixo: escravos relacionados, além do nome, idade, também a procedência, exemplo: João Angola — Bárbara — Banguela; Manuel Congo.
Depois das colunas indicando cor, idade, estado civil de todos êles, a última é mais interessante pelo fato de mostrar:
"Occupações e Cazualidades:
• "Agricultor colheo: milho, 500 alq.; feijão (nada tem anotado); arroz, 1 alq.; marcou bezerros, 22".
Ao lado anotações do filho, na última coluna: Falta: "Falta o f. Manoel que está em Sorocaba com seo negocio de farinha sêca".
Atendendo a pedido formulado pela Câmara, o Capitão-general Bernardo José de Lorena, em 3 de dezembro de 1789 nomeia o primeiro Sargento-mór da Villa de Itapetininga, Salvador de Oliveira Ayres, neto de Sarutayá.
Consultando o arquivo do Estado de São Paulo encontramos a primeira Sesmaria concedida pelo governo a ele. Encontra-se no livro 25 - folhas 6 e com confirmação no livro 24 - fls 7 verso.
Salvador de Oliveira Ayres de Itapetininga - As sobras das terras e campos que pede do capitão-mór Cláudio de Madureira Calheiros, com suas restingas de matos entre o rio Itapetininga e ribeirão de Capivary que terá duas léguas de testada com outro tanto de sertão entre os ditos rios até a barra, as quais terão principio onde acabar as terras e campos do capitão mor Cláudio de Madureira Calheiros, por este as haver pedido do Registro Velho pela estrada geral até o dito Capivary, três léguas de testada que lhe foram concedidas com uma de sertão e se acham confirmadas há 24 anos.
Em 10 de janeiro de 1806 ele e sua mulher vendem por 200$000 um sítio e terras no bairro do Pinhal para o Vigário José do Amaral Gurgel e Almeida.
Faleceu no dia 20 de abril de 1808, com 2 anos, Justina, filha dos escravos Policarpo e Paulina. Por ter falecido de bexigas, foi sepultada num campo.
Em 18 de novembro de 1811 faleceu com 70 anos, o escravo José, que era casado com Bárbara.
SL - volume VIII - páginas 421 e 422
SL - volume VIII - páginas 419 e 428
No dia 29 de março de 1817 foi vendida para o capitão Salvador de Oliveira Aires a fazenda de Itaiacoca, com os campos e matos a ela pertencentes, e constavam da carta de confirmação régia passada em 11 de junho de 1746 a requerimento de dona Ana de Siqueira e outra carta de confirmação régia passada a 5 de novembro de 1816 a requerimento da mesma dona vendedora.
Entraram na venda os móveis e ferramentas da fazenda, os escravos João, Paulina (mulher dele), Leandro e Caetano, 7 bois carreiros, 93 touros de 3 anos, 156 touros de 2 anos, 92 terneiros de ano, 545 vacas, 198 vitelas de 2 anos, 300 terneiras de ano, 46 ovelhas, 97 éguas, 6 potrancas, 6 potrilhos de ano, 6 pastores, 28 potros de 2 anos, 66 cavalos e éguas de costeio, 74 terneiros de ano.
No dia 1º de abril de 1817 foram vendidos para Domingos Ferreira Pinto os campos e matos do Cambiju, constantes das sesmarias que se achavam em poder do capitão-mór Salvador de Oliveira Aires, comprador de Itaiacoca, pela divisa o ribeirão chamado Natureza até contestar a rumo sueste com o mato grosso. Entraram na venda móveis e ferramentas, os escravos Francisco, Maria (mulher dele), Onofre, Josefa, Domingas, Antônio, Daniel, Grácia, Maria, Venâncio, Joaquim e Joana, 7 bois carreiros, 113 bois de 3 anos, 288 bois de 2 anos, 157 terneiros de ano, 1016 vacas, 36 carneiros, 382 éguas, 20 potrancas, 40 potrilhos, 10 potros, 35 cavalos mansos.
Em 1817 o Cambiju pertencia a Domingos Ferreira Pinto e Itaiacoca ao capitão-mór Salvador de Oliveira Aires, morador no Registro de Curitiba.
No cadastro de 1818 o Cambiju media 7500 x 6000 braças e Itaiacoca 6000 x 6000 braças.
Salvador de Oliveira Ayres faleceu em 1820 em Itapetininga - SP.