GENEALOGIA - JOSÉ LUIZ NOGUEIRA 
SIMÃO BARBOSA FRANCO
SIMÃO BARBOSA FRANCO

Simão Barbosa Franco nasceu em 1715 em São Martinho de Val de Mouro, Arcebispado de Braga, em Portugal.

Filho de   Antonio Pereira Gonçalves e  Hilária ou Maria Barbosa Teixeira. Ambos nascidos em 1690 em São Martinho de Val de Mouro, Braga, Portugal.

Simão Barbosa Franco casou em 29 de outubro de 1737 com Antonia de Siqueira de Almeida (neta), filha de Sebastião Félix Bicudo e Maria Assucena de Siqueira na Igreja de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais de Curitiba. Antonia nasceu em 1720 e faleceu em 1769 em Curitiba-PR.

Eles tiveram os filhos:

   i - Maria Barbosa da Anunciação nascida em 1740 em Curitiba-PR. Ela casou com José Gomes Valente, filho de Baltazar Gomes e Antonia Vicente em 25/05/1774 em Lages-SC. José nasceu em 1760 em Fermorela, São Veras, Coimbra, Portugal. Eles faleceram  em Lages-SC

  ii - Thereza de Jesus Barbosa nasceu em 1745 em Curitiba. Ela casou com Manoel Francisco Guimarães. Ele nasceu em 1720. Faleceram em Lages-SC.

   iii -  Felippe Barbosa Leme nasceu em 1746. Felippe teve o filho Felippe Néri Barbosa que nasceu em Lages e casou com Ana Maria de Camargo, nascida também em Lages-SC

   iv -  Antonia Barbosa Leme nasceu em 1748 em Curitiba. Ela casou com Antonio Matheus Lima, filho do alferes Antonio Francisco de Lima e Maria Dias Ferreira em 1773 em Itapetininga. Antonio nasceu em 1750 em Araçariguama, Santana de Parnaíba-SP.

Após o falecimento de sua primeira esposa, o alferes SIMÃO BARBOSA FRANCO casou novamente em segundas núpcias com Rosa Maria Leite de Sampaio, a última filha de Paschoal Leite Paes e Quitéria de Sampaio em 16 de maio de 1769 em Itu. Rosa  nasceu em 1750 em Itu.

Ela faleceu em 20/05/1776 em Lages, Santa Catarina, de acordo com o recenseamento de Lages-SC.

        Eles tiveram os seguintes filhos:

                    José Joaquim  nascido em 1769.

                    Manoel Joaquim nasceu em 1772

                    Maria Celidonia  nasceu em 1773

                    Maria Egypciaca  nasceu em  1775.

                    Maria Rosa nasceu em  1776.

  (SL, VI, 258)Tit Furquins - pág. 258 : "5-12 Rosa Leite de Sampaio, última f.® de Paschoal Leite de Sampaio n. 4-3, casou-se em 1769 em Itu com o alferes Simão Barbosa Franco, natural de S.Martinho de Val de Mouro -  Braga, morador na vila de Lages, viúvo de Antonia de Siqueira de Almeida, f.ð de Antonio Pereira Gonçalves e de Maria Barbosa Teixeira; Rosa Leite já era falecida em 1791 e teve pelo inventário de seu pai: 6-1 José Joaquim, com 20 anos. 6-2 Manoel Joaquim, com 17 anos. 6-3 Maria Celidonia, casada. 6-4 Maria Rosa, com 12 anos. 6-5 Maria Egypciaca, com 14 anos, solteira".

A data de falecimento de Maria Rosa foi registrada conforme abaixo:

“Antônio Gonçalves Padilha, morador em Viamão, recebeu sesmaria  em 17/05/1773, da cidade de São Paulo, sendo Governador da capitania de São Paulo o Morgado de Mateus, uns campos na Paragem chamada as Lages, fazenda da Nossa Senhora da Natividade, comprada a Manoel  Barbosa Franco, acima da Serra a uma parte da estrada que vai da  cidade de São Paulo para Viamão e Rio Grande, principiando na  paragem chamada Morro da Boa Vista Pequena. Confrontavam pela parte do Sul com a fazenda do Coronel Félix José Pereira, correndo rumo direito ao norte até a porteira do cercado e arranchamento do Padre José Carlos da Silva e que poderá ter de distância duas léguas e meia, pouco mais ou menos, cujo rumo fica servindo de data, sendo o  sertão em quadra, com a mesma testada de Leste, principiando nas testadas ou fim dos campos de Simão Barbosa Campos (*nota 36) até entestar no ribeirão chamado as Pelotinhas que dividia os campos de João Antunes Pinto. O suplicante Padilha havia estabelecido nestes campos roças, escravos, gados e bestas. Por não haver ainda Câmara, foi ouvido o Capitão-mor Regente Antônio Corrêa Pinto que deu parecer favorável.” 

Fonte primária: Repertório das sesmarias concedidas na vila de Lages, extraída dos Livros de Sesmarias, Patentes e Provisões (depositada na DAESP), reproduzido em: Bogaciovas, Marcelo Meira Amaral, Antigos Proprietários Rurais de Lages, Revista da ABRASP V6 1999. p. 28, com a seguinte nota: (*nota 36) 

“Tratava-se do Alferes Simão Barbosa Franco, antigo morador de Lages, que se casou em 1769 em Itu com Rosa Leite de  Sampaio (SL, VI, 258), a qual faleceu a 20/05/1776 em Lages, de acordo com o recenseamento de Lages “.

Nos maços de população que consultei nos microfilmes no CHF de Itapetininga localizei na página 76-verso o nome de Simão Barbosa com 46 anos e casado com Antonia de Siqueira de 50 anos e morando no bayrro de Itapetininga, pertencente a Villa de Sorocaba e com os filhos Felipe de 30 anos e Tereza de 18 anos.

Simão Barbosa Franco faleceu em  20/10/1801 em  Lages-SC. O seu corpo foi sepultado na Igreja Matriz da Villa de Lages-SC.

 

Segunda Geração

       .Maria Barbosa da Anunciação (Simão Barbosa) nasceu em 1740 em Curitiba-PR. Maria casou com o Coronel Jose Joaquim Mariano da Silva Cesar, filho de Ignácio Xavier Cesar e Escolástica da Silva Bueno, em 1776 em São Paulo, SP, Brasil. Jose nasceu  cerca de 1730. Ocupou honrosos cargos. Jose e Maria tiveram os seguintes filhos:

    i.  Alferes Francisco Rodrigues Cesar nasceu  cerca de 1778. Francisco casou com Maria do Ó Leme de Barros.

   ii.   Manoela Angélica Cesar nasceu  cerca de 1780. Manoela casou com Capitão Bento Francisco de Mattos.

   iii.   Escholástica César nasceu  cerca de 1782. Escholástica casou com Bento Corrêa. Sem geração.

  iv.   Maria Clara Cesar nasceu  cerca de 1784. Faleceu solteira.

 v.   José Joaquim Cesar de Cerqueira Leme nasceu  cerca de 1786. Tenente de granadeiros.

  

SIMÃO BARBOSA FRANCO faleceu no dia 20 de outubro de 1801 em Lages-SC.

 

 

Largo da Igreja Nossa Senhora dos Prazeres

(Foto da maquete no Centro Cultural)

 

SIMÃO BARBOSA FRANCO E A FUNDAÇÃO DE ITAPETININGA

 

Na segunda metade do Século XVIII, tínhamos duas pequenas povoações. Uma às margens do rio, onde residia Domingos José Vieira e depois habitada por Paschoal Leite de Moraes com sua família e outros forasteiros e outra há mais ou menos  uns oito quilômetros do rio, no local onde se acha atualmente a nossa cidade, na qual residiam Domingos José Vieira, parentes e outros povoadores. Domingos José Vieira e Pascoal Leite de Moraes desejavam a criação da Freguesia e Vila em seus respectivos núcleos.

Em 1766 o Simão Barbosa Franco se encontrava na região de Botucatu a mando do Morgado de Mateus, para verificar a possibilidade de instalar Freguesia, transformar em Villa aquela povoação. Não foi feliz em sua tarefa, tendo que desistir e retornar para sua casa que ficava próximo ao Rio Paranapanema.

O capitão-general da Capitania de Sâo Paulo, Dom Luiz Botelho Mourão baixou uma Portaria, a 17 de abril de 1768, em que se ordenava fosse fundada a povoação de Itapetininga, nomeando Simão Barbosa Franco para que tomasse as providências necessárias à fundação da Vila de Itapetininga.

Simão Barbosa Franco procurou primeiro resolver a pendência entre Paschoal Leite de Moraes e Domingos José Vieira, quanto ao local da futura vila.

Conta uma antiga lenda, talvez a primeira de nossa cidade, que ao haver presenteado o representante do governo com a melhor mula que possuía em toda sua imensa fazenda, uma bela mula roana marchadeira, Barbosa Franco decidiu-se favoravelmente pelas terras daquele que o presenteou. Franco talvez até já tinha se decidido pelo local onde está  hoje o nosso centro, mas contam que o presente teria ajudado a se decidir, dizendo ser o local escolhido superior a qualquer outro para a localização da freguesia de Itapetininga.

Surgiu aí a primeira lenda Itapetiningana: a Lenda da Mula Roana, a mula marchadeira que decidiu a localização de Itapetininga.

Vamos aqui tentar esclarecer o que realmente aconteceu. Domingos José Vieira era um português de Braga, assim como o Simão Barbosa Franco, também um português de Braga. Quando Simão Barbosa foi ao bairro do Porto visitar as terras de Pascoal Leite de Moraes, somente 3 moradores se manifestaram para que se construísse a igreja naquele local, enquanto nas terras de Domingos José Vieira mais de 10 moradores se manisfestaram que a Freguesia fosse ali instalada. Já tinha uma capela que fora construída por ordem de Domingos José Vieira.

Simão Barbosa Franco escreveu ao Vigário de Sorocaba informando as condições dos dois locais e recebeu ordens do Vigário para que o local onde deveria ser construída a igreja fosse no local com maior número de moradores e em melhor condições geográficas. Só podia ser a de Domingos José Vieira.

O povoado de Domingos José Vieira foi o escolhido, mesmo porque estava em melhor posição geográfica.

Examinando o microfilme dos maços de população da Villa de Sorocaba, encontramos no ano de 1767, página 76-verso, localidade ainda não identificada no bairro de Itapetininga, moradia de Simão Barbosa, casado com Antonia de Siqueira com 50 anos e com dois filhos: Filipe de 30 anos e Tereza de 18 anos. 
O Morgado de Matheus era devoto de Nossa Senhora dos Prazeres e pedira a Simão Barbosa Franco que o nome deveria ser Nossa Senhora dos Prazeres, a exemplo do que já teria feito anteriormente em Santa Catarina, quando da fundação da cidade de Lages.
Entre outros estava o filho de Simão Barbosa Franco, que consta como um dos fundadores daquela bela cidade catarinense que recebera, a pedido do Morgado de Matheus, o nome de Nossa Senhora dos Prazeres de Lages.

O irmão de Simão, Tenente Manoel Barbosa Franco nascido em 1730 em São Martinho de Val de Mouro, Braga. Manoel casou com Bárbara Garcia de Barros, filha de Antônio de Oliveira Bernardes e Anna Pires Moreira em 21/02/1773 em Lages, Santa Catarina. 

Bárbara nasceu em 1747 em Santana da Parnaíba. Ela faleceu em  Lages, Santa Catarina. Ele faleceu em 24/09/1780 em Lages, Santa Catarina.

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