Simão Barbosa Franco nasceu em 1715 em São Martinho de Val de Mouro, Arcebispado de Braga, em Portugal.
Filho de Antonio Pereira Gonçalves e Hilária ou Maria Barbosa Teixeira. Ambos nascidos em 1690
Eles tiveram os filhos:
i - Maria Barbosa da Anunciação nascida em 1740
ii - Thereza de Jesus Barbosa nasceu em 1745
iii - Felippe Barbosa Leme nasceu em 1746. Felippe teve o filho Felippe Néri Barbosa que nasceu em Lages e casou com Ana Maria de Camargo, nascida também em Lages-SC
iv - Antonia Barbosa Leme nasceu em 1748
Após o falecimento de sua primeira esposa, o alferes SIMÃO BARBOSA FRANCO casou novamente em segundas núpcias com Rosa Maria Leite de Sampaio, a última filha de Paschoal Leite Paes e Quitéria de Sampaio em 16 de maio de 1769 em Itu. Rosa nasceu em 1750 em Itu.
Ela faleceu em 20/05/1776 em Lages, Santa Catarina, de acordo com o recenseamento de Lages-SC.
Eles tiveram os seguintes filhos:
José Joaquim nascido em 1769.
Manoel Joaquim nasceu em 1772
Maria Celidonia nasceu em 1773
Maria Egypciaca nasceu em 1775.
Maria Rosa nasceu em 1776.
(SL, VI, 258)Tit Furquins - pág. 258 : "5-12 Rosa Leite de Sampaio, última f.® de Paschoal Leite de Sampaio n. 4-3, casou-se em 1769 em Itu com o alferes Simão Barbosa Franco, natural de S.Martinho de Val de Mouro - Braga, morador na vila de Lages, viúvo de Antonia de Siqueira de Almeida, f.ð de Antonio Pereira Gonçalves e de Maria Barbosa Teixeira; Rosa Leite já era falecida em 1791 e teve pelo inventário de seu pai: 6-1 José Joaquim, com 20 anos. 6-2 Manoel Joaquim, com 17 anos. 6-3 Maria Celidonia, casada. 6-4 Maria Rosa, com 12 anos. 6-5 Maria Egypciaca, com 14 anos, solteira".
A data de falecimento de Maria Rosa foi registrada conforme abaixo:
“Antônio Gonçalves Padilha, morador em Viamão, recebeu sesmaria em 17/05/1773, da cidade de São Paulo, sendo Governador da capitania de São Paulo o Morgado de Mateus, uns campos na Paragem chamada as Lages, fazenda da Nossa Senhora da Natividade, comprada a Manoel Barbosa Franco, acima da Serra a uma parte da estrada que vai da cidade de São Paulo para Viamão e Rio Grande, principiando na paragem chamada Morro da Boa Vista Pequena. Confrontavam pela parte do Sul com a fazenda do Coronel Félix José Pereira, correndo rumo direito ao norte até a porteira do cercado e arranchamento do Padre José Carlos da Silva e que poderá ter de distância duas léguas e meia, pouco mais ou menos, cujo rumo fica servindo de data, sendo o sertão em quadra, com a mesma testada de Leste, principiando nas testadas ou fim dos campos de Simão Barbosa Campos (*nota 36) até entestar no ribeirão chamado as Pelotinhas que dividia os campos de João Antunes Pinto. O suplicante Padilha havia estabelecido nestes campos roças, escravos, gados e bestas. Por não haver ainda Câmara, foi ouvido o Capitão-mor Regente Antônio Corrêa Pinto que deu parecer favorável.”
Fonte primária: Repertório das sesmarias concedidas na vila de Lages, extraída dos Livros de Sesmarias, Patentes e Provisões (depositada na DAESP), reproduzido em: Bogaciovas, Marcelo Meira Amaral, Antigos Proprietários Rurais de Lages, Revista da ABRASP V6 1999. p. 28, com a seguinte nota: (*nota 36)
“Tratava-se do Alferes Simão Barbosa Franco, antigo morador de Lages, que se casou em 1769 em Itu com Rosa Leite de Sampaio (SL, VI, 258), a qual faleceu a 20/05/1776 em Lages, de acordo com o recenseamento de Lages “.
Nos maços de população que consultei nos microfilmes no CHF de Itapetininga localizei na página 76-verso o nome de Simão Barbosa com 46 anos e casado com Antonia de Siqueira de 50 anos e morando no bayrro de Itapetininga, pertencente a Villa de Sorocaba e com os filhos Felipe de 30 anos e Tereza de 18 anos.
Simão Barbosa Franco faleceu em 20/10/1801 em Lages-SC. O seu corpo foi sepultado na Igreja Matriz da Villa de Lages-SC.
Segunda Geração
.Maria Barbosa da Anunciação (Simão Barbosa) nasceu em 1740 em Curitiba-PR. Maria casou com o Coronel Jose Joaquim Mariano da Silva Cesar, filho de Ignácio Xavier Cesar e Escolástica da Silva Bueno, em 1776
i. Alferes Francisco Rodrigues Cesar nasceu cerca de 1778. Francisco casou com Maria do Ó Leme de Barros.
ii. Manoela Angélica Cesar nasceu cerca de 1780. Manoela casou com Capitão Bento Francisco de Mattos.
iii. Escholástica César nasceu cerca de 1782. Escholástica casou com Bento Corrêa. Sem geração.
iv. Maria Clara Cesar nasceu cerca de 1784. Faleceu solteira.
v. José Joaquim Cesar de Cerqueira Leme nasceu cerca de 1786. Tenente de granadeiros.
SIMÃO BARBOSA FRANCO faleceu no dia 20 de outubro de 1801 em Lages-SC.
Largo da Igreja Nossa Senhora dos Prazeres
(Foto da maquete no Centro Cultural)
SIMÃO BARBOSA FRANCO E A FUNDAÇÃO DE ITAPETININGA
Na segunda metade do Século XVIII, tínhamos duas pequenas povoações. Uma às margens do rio, onde residia Domingos José Vieira e depois habitada por Paschoal Leite de Moraes com sua família e outros forasteiros e outra há mais ou menos uns oito quilômetros do rio, no local onde se acha atualmente a nossa cidade, na qual residiam Domingos José Vieira, parentes e outros povoadores. Domingos José Vieira e Pascoal Leite de Moraes desejavam a criação da Freguesia e Vila em seus respectivos núcleos.
Em 1766 o Simão Barbosa Franco se encontrava na região de Botucatu a mando do Morgado de Mateus, para verificar a possibilidade de instalar Freguesia, transformar em Villa aquela povoação. Não foi feliz em sua tarefa, tendo que desistir e retornar para sua casa que ficava próximo ao Rio Paranapanema.
O capitão-general da Capitania de Sâo Paulo, Dom Luiz Botelho Mourão baixou uma Portaria, a 17 de abril de 1768, em que se ordenava fosse fundada a povoação de Itapetininga, nomeando Simão Barbosa Franco para que tomasse as providências necessárias à fundação da Vila de Itapetininga.
Simão Barbosa Franco procurou primeiro resolver a pendência entre Paschoal Leite de Moraes e Domingos José Vieira, quanto ao local da futura vila.
Conta uma antiga lenda, talvez a primeira de nossa cidade, que ao haver presenteado o representante do governo com a melhor mula que possuía em toda sua imensa fazenda, uma bela mula roana marchadeira, Barbosa Franco decidiu-se favoravelmente pelas terras daquele que o presenteou. Franco talvez até já tinha se decidido pelo local onde está hoje o nosso centro, mas contam que o presente teria ajudado a se decidir, dizendo ser o local escolhido superior a qualquer outro para a localização da freguesia de Itapetininga.
Surgiu aí a primeira lenda Itapetiningana: a Lenda da Mula Roana, a mula marchadeira que decidiu a localização de Itapetininga.
Vamos aqui tentar esclarecer o que realmente aconteceu. Domingos José Vieira era um português de Braga, assim como o Simão Barbosa Franco, também um português de Braga. Quando Simão Barbosa foi ao bairro do Porto visitar as terras de Pascoal Leite de Moraes, somente 3 moradores se manifestaram para que se construísse a igreja naquele local, enquanto nas terras de Domingos José Vieira mais de 10 moradores se manisfestaram que a Freguesia fosse ali instalada. Já tinha uma capela que fora construída por ordem de Domingos José Vieira.
Simão Barbosa Franco escreveu ao Vigário de Sorocaba informando as condições dos dois locais e recebeu ordens do Vigário para que o local onde deveria ser construída a igreja fosse no local com maior número de moradores e em melhor condições geográficas. Só podia ser a de Domingos José Vieira.
O povoado de Domingos José Vieira foi o escolhido, mesmo porque estava em melhor posição geográfica.
O irmão de Simão, Tenente Manoel Barbosa Franco nascido em 1730
Bárbara nasceu em 1747 em Santana da Parnaíba. Ela faleceu em Lages, Santa Catarina. Ele faleceu em 24/09/1780 em Lages, Santa Catarina.