GENEALOGIA - JOSÉ LUIZ NOGUEIRA 
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DOMINGOS JOSÉ VIEIRA
DOMINGOS JOSÉ VIEIRA


                                                       

Domingos José Vieira sob a visão do artista itapetiningano Carlos Ayres

Ensaio genealógico elaborado por José Luiz Nogueira      

 

Domingos José Vieira nasceu na Freguesia de São João de Vieira, no antigo Têrmo de Guimarães, pertencente ao Arcebispado de Braga, no dia 25 de novembro de 1725 em Portugal. 

Ele somente foi batizado no dia 27 de junho de 1726.

Filho de Manoel Vieyra e Esperança Vieyra, ambos da Freguesia de São João de Vieira, atual Vieira do Minho, no norte de Portugal.

Quando veio para o Brasil em 1749 foi levado para trabalhar nas minas de Ouro de Apiaí.

Apiái era um bairro da Villa de Sorocaba, que somente foi elevado a categoria de Villa em 1771, um ano depois de Itapetininga.

Quando o ouro começou a ficar escasso nas minas de ouro de Apiaí, em função de um desabamento que acontecera e com muitos feridos, Domingos José Vieira foi visitar seu compadre Manoel José Braga, no bairro de Tapitininga para contar a situação e ver a possibilidade de se mudar para o bairro de Tapitininga, ainda pertencente à Villa de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba.

Manoel José Braga era outro português que veio junto com ele para o Brasil e foram separados quando foram trabalhar em locais diferentes. A amizade entre eles era muito grande, tanto que se tratavam como compadres.

Quando Domingos José Vieira aqui chegou contando da escassez do ouro em Apiaí, seu compadre o convenceu a vir para cá. Rico, poderia comprar animais e criar para negociar. 

Pelo que pudemos pesquisar nos documentos que nos foram mostrados e que foram fotografados na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro em novembro de 2005, Domingos José Vieira deve ter mudado para o bairro de Tapitininga no final do ano de 1766, considerando que sua filha Anna Nunes Vieira nasceu em Itapetininga em Agosto de 1766.

Essa informação temos em sua declaração por ocasião da contagem da população realizada em Itapetininga em Janeiro de 1767 e ele ter sido pesquisado e respondido as perguntas feitas pelo membro da Militar encarregado da pesquisa. Declarou que tinha uma filha com 5 meses de idade nascida em Tapetininga.

Em nossas pesquisas realizadas no Arquivo Público do Estado de São Paulo, localizamos os microfilmes do Censo efetuado em 1767 onde ele declara a sua idade, o nome e idade da esposa e nomes e idade dos filhos e dos escravos. 

Domingos José Vieira foi um dos primeiros a fixar residência no pouso que havia à beira do Rio Itapetininga, segundo o historiador Antonio Galvão Júnior em seu livro Itapetininga e sua História.

Consta que Domingos dedicou-se à lavoura e agregando companheiros, formando um núcleo populacional.   

Domingos José Vieira casou com Maria Nunes de Siqueira nascida em Minas de Paranapanema, atual Capão Bonito, no dia 11 de agosto de 1750. Ela era filha de Manuel Nunes Pereyra, um português da Vila Real, bispado de Lamego e de dona Anna Rodrigues de SIqueira, da Freguesia de Minas de Paranapanema (Capão Bonito).

Casamento encontrado no microfilme 1154360 - Mat. Sorocaba - Vol. 2 - pág. 105v e 106.

Domingos José Vieira e Maria Nunes de Siqueira tiveram os seguintes filhos:

 

         i.     Anna Nunes Vieira

         ii.     Maria Nunes Vieira

        iii.     Manoel José Nunes Vieira

        iv.     Francisca Nunes Vieira de Siqueira

         v.    José Vieira

         vi.   Roza Nunes Vieira

        vii.    Joaquim José Nunes Vieira

       viii.    Izabel Nunes Vieira (Mãe Céu)

        ix.     Cel. Domingos José Vieira (Filho)

           x.     Maria de Jesus Vieira

          xi.     Gertrudes Nunes Vieira

          XII.    José Vieira - nascido em Itapetininga no dia 11 de outubro de 1780

 

Registro do batisado de Domingos José Vieira.

 

                                               Veja ainda o Testamento de Domingos José Vieira 

 

No CHF de Itapetininga localizamos no microfilme dos Maços de População da Villa de Sorocaba, página 76 que a pesquisa efetuada no bairro de Itapetininga em janeiro de 1767 ele declarou que tinha 42 anos, era casado com Maria Nunes de Siqueira de 30 anos e morava com ele os filhos: Manuel de 8 anos; José de 4 meses; Anna de 10 anos; Maria com 5 anos e Francisca com 3 anos e consta ainda a Anna com 5 meses.

Consultando o arquivo do Estado de São Paulo encontramos a primeira sesmaria a ele concedida pelo governo.


Encontra-se  no livro  21, folhas 139 – verso: Domingos José Vieira e Manuel Baptista Prestes, moradores em Itapetininga.

Duas léguas de terras de testada e légua e meia de sertão na paragem Encruzilhada do Arraial de Paranapanema rio abaixo, uns matos seguindo o mesmo Paranapanema a saber: meia légua que são obrigados a dar para comodo do Porto Real na forma das Reaes ordens, visto alli existir o passo do mesmo rio arrematado, ficando duas léguas de testada e légua e meia de sertão, correndo pela estrada a Encruzilhada, de onde findar a sesmaria de José Pacheco Monteiro.

Outra sesmaria constante no livro 41 – fls 23:

Domingos José Vieira, Capitão - Mor, os herdeiros do Sargento - Mor Manuel Affonso Pereira, Francisco Xavier de Araújo, José de Aguiar e Silva e Bento Vieira de Brito, Capitão Domingos Affonso Pereira, Martins Vaz Carvalho, Joaquim de Anhaia, João José da Silva e João  Francisco, moradores na Vila de Itapetininga.

Meia Légua de terras de testada e duas de sertão no termo da mesma villa, entre o ribeirão Tatieu e as sesmarias do Capão Alto das Pederneiras do Guarapiranga e do falecido Miguel Fernandes Lima, fazendo-se a medição conforme os ventos que derem as pedidas sesmarias.

O período vai de 1721 a 1821 de Concessão de Sesmarias na Capitania de São Paulo.

Ele escolheu um local que era em ponto alto e circundado por dois ribeirões, e ali, já em acordo com o representante do governo, o fazendeiro Simão Barbosa Franco que para cá viera, afim de preparar o local para sua fundação a mando do Capitão General Morgado de Matheus, determinou a construção das primeiras casinhas. Mandaram construir uma igrejinha. Uma igreja que foi inaugurada e marcada pelo sinal do Vigário de Sorocaba, padre José Manoel de Campos Bicudo, no dia 16 de julho de 1768.

Hoje é o centro da cidade de Itapetininga. Praça Duque de Caxias, popularmente conhecida como Praça da Matriz.


Como a Santa do dia era Nossa Senhora do Carmo, Domingos José Vieira, homem bom e religioso, providenciou uma imagem da mesma.
Deveria ser de Nossa Senhora dos Prazeres, mas há quem diga que seria de Nossa Senhora do Carmo, que foi colocada naquela igrejinha e que permaneceu por muitos anos lá.

Auguste Saint-Hilaire, um cientista francês que percorreu grande parte do Brasil, por ocasião de sua visita a Itapetininga em 1820, constatou que a imagem que ornava o altar-mor da primitiva Igreja, não era de Nossa Senhora dos Prazeres, mas sim de Nossa Senhora das Mercês. 

Importante contar aqui que a imagem original ainda existe, foi localizada na nossa Catedral pelo presidente do IHGGI, José Luiz Ayres Holtz, e colocada em exposição na Câmara Municipal de Itapetininga.   

Registro do casamento localizado por Bernadete Ribeiro do CHF Cerrado de Sorocaba, no microfilme do livro de casamentos nð 2 - páginas 105-verso e 106 da Igreja Matriz de Sorocaba:

"Aos onze dias do mês de agosto de mil setecentos e cinquenta, depois de findos os três dias de Annunciação em dias festivos na Vila, licença do Reverendo Doutor Vigário Capitular e não avendo impedimento algum canonico celebrarão nesta Egreja Matriz os Sacramentos do matrimonio DOMINGOS JOSÉ VIEIRA, filho de Manoel Vieyra e de sua mulher Esperança Vieyra da Freguesia de São João João de Vieira, Têrmo de Guimarães, Arcebispado de Braga, com MARIA RODRIGUES, filha de Manoel Nunes Pereyra e de sua mulher Anna Rodrigues, natural da freguesia de Paranapanema e moradora nesta Villa e freguesia a qual celebridade assistio naminha  presença o Reverendo Doutor Vigário Antonio  de Madureira, com presença física e moral, sendo presente as testemunhas que forão: Vicente dos Santos Chaves, Antonio Fernandes Amado, Maria de Almeida Leite, Izabel Maria. Elles assinaram comigo e elas não, por não saberem escrever. Logo receberão as benção nupciais e fiz este termo.Pedro Domingues  -  Vigário "

DOMINGOS JOSÉ VIEIRA aparece na lista dos fundadores de Itapetininga em 5 de novembro de 1770. Teve um filho e um neto com o mesmo nome, o que causa alguma confusão entre os historiadores.

SL - Volume VIII - página 421

Domingos José Vieira consta da lista geral dos habitantes da Villa de Itapetininga. Foi recenseado em 1776 e declarou que morava num sítio com 62 vacas, 6 éguas, galinhas, 13 frangos, com uma plantação de 4 alqueires de milho e 3 alqueires de feijão. O Alferes Domingos José Vieira, declarou ter 46 anos, donde concluímos que nasceu em 1730. Sua mulher Maria Nunes tinha 40 anos naquele dia.

Em 12 de setembro de 1798  Domingos de Meira e sua mulher Jacinta Dias do Prado vendem por 60$000 um sítio em Itapetininga com casa de parede de mão e telhas para Domingos José Vieira. (Livro 02 do Cartório de Protestos de Itapetininga).

Domingos José Vieira faleceu aos 74 anos de idade, em Itapetininga. Deixou viúva e filhos.

(Livro de óbitos de Itapetininga - índice nð 3 - página 31-verso)


Falecimento encontrado no microfilme 1154497 - óbitos Itapetininga (1772-1789) - índice n.3 - pág. 31v. C/ 65 anos, c/c Maria Nunes de Siqueira

 

De acordo com Fábio Barros, autor da maquete de Itapetininga esta seria a casa da família

de Domingos José Vieira, bem próximo ao Ribeirão do Chá.

Veja ainda um vídeo-documentário em que historiadores contam a História de 

Domingos José Vieira e a fundação de Itapetininga.

Clique aqui para assistir o vídeo

 

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